Os universos paralelos dos falsos Tintins

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O designer Barnaby Attwell começou a lembrar-se de como gostava de ler e reler seus Tintins e, na clara constatação que não haverá novos títulos (seu autor, Hergé, morreu em 1983), só conseguiu encontrar capas paródias de álbuns inexistentes, de conotação sexual, política ou artística, mas sem perseguir os valores originais do maior herói belga da cultura pop. Veja mais outros exemplos aí embaixo:

 

Hipster Tintin

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O ilustrador irlandês Grainne Tynan cogitou umas histórias paralelas do maior herói belga

O que Lourenço Mutarelli achou do filme do Tintim

E assim o velho quadrinista reagiu ao filme de Spielberg:


Vi na Bravo.

Fui assistir ao Tintim…

E aproveitei para escrever para o Divirta-se, do Estadão, sobre minha visita ao estúdio de Peter Jackson, em 2010. Mas o filme de Spielberg, apesar de tecnicamente eficiente (os personagens têm a vida dos desenhos da Pixar e são realistas como os melhores videogames), a história mira principalmente nos velhos fãs e no público infantil, deixando o resultado meio ingênuo e bobo para os tempos atuais.

O maravilhoso mundo de Jackson

“O que você vai fazer na Nova Zelândia?”, me perguntavam todos que sabiam da viagem que fiz em outubro de 2010, quase sempre com a cabeça no infame Jeca Paladium, personagem da extinta TV Colosso que sempre citava o país insular como sinônimo de país improvável.

Mas a maior improbabilidade era o fato deste pequeno país ter conseguido se tornar um dos principais polos cinematográficos do mundo graças ao trabalho de um homem: o neozelandês Peter Jackson. Ele saiu de sua terra natal nos anos 90 para, na década seguinte, transformá-la na sede de seu próprio estúdio de cinema, a Weta, que não pode nem ser considerado um estúdio tradicional de cinema, pois parte do princípio de que a sétima arte deixou de ser uma atividade industrial para ganhar contornos mais próprios ao século digital.

Explico: em vez da produção de um filme seguir os estágios tradicionais – em que um filme começa sendo escrito, para depois ser filmado e, finalmente, ter efeitos especiais inseridos, na Weta essas etapas acontecem simultaneamente. Ao mesmo tempo em que o diretor filma os atores, os roteiristas e produtores encadeiam a história do filme e a equipe que antes era chamada de pós-produção já concebe as criações digitais. É um processo tão detalhado e ensaiado que, quando todas as pontas se unem, os filmes parecem surgir magicamente do nada.

Mas é fruto de planejamentos e estratégias muito bem organizadas. Por isso é fácil criar um ambiente virtual que se prolongue por mais de um filme – como aconteceu com a trilogia ‘Senhor dos Anéis e acontecerá com ‘Avatar’ e com os filmes de Tintim.

O universo já foi concebido e realizado digitalmente no primeiro filme. Para os próximos,basta habitá-lo.

Impressão digital #0080: As Aventuras de Tintim

Minha coluna no Caderno 2 de domingo foi sobre as primeiras boas impressões que o filme do Tintim vem recebendo

O futuro do cinema
Spielberg, Jackson e Tintim

Um amigo meu comentou outro dia, com certo alívio, que estava feliz por ler que as primeiras impressões à adaptação para o cinema das aventuras de Tintim estavam sendo boas. O alívio veio porque assim ele poderia dizer que gostou sem culpa de estar assistindo a um mico filmado, pois gostaria de qualquer jeito. Afinal, o personagem criado pelo belga Hergé é um dos principais nomes do quadrinho europeu e sua adaptação definitiva para o cinema vem sendo aguardada com muita expectativa.

Ainda mais pelo fato da adaptação ter sido encampada pela dupla Steven Spielberg e Peter Jackson. O primeiro dispensa apresentações. O segundo também, mas vale frisar que o trabalho que desenvolveu em seus filmes – principalmente em O Senhor dos Anéis e em King Kong – e no épico 3D de James Cameron, Avatar, funcionou como preparação para o grande desafio que é o novo filme, também gerado na fábrica de ilusões de Jackson na Nova Zelândia, os estúdios Weta, o melhor estúdio de efeitos especiais do mundo hoje.

As Aventuras de Tintim já estreou na Europa, só chega aos EUA no final do ano e no Brasil no meio de janeiro de 2012 e não é o principal passo dos dois diretores em suas carreiras, mas pode determinar o futuro do cinema. Pois utiliza atores apenas na captura de movimento e vozes, mas sem usar suas imagens – estas, todas geradas por computador. Isso já havia sido feito em Avatar, mas os personagens de Tintim são cartuns, e não humanos hiperrealistas.

Assim, os dois podem estar dando o passo definitivo para fundir cinema e animação e concretizar um sonho perseguido há décadas por George Lucas, que queria fazer Guerra nas Estrelas sem precisar filmar ninguém (não conseguiu), e por em prática uma inveja que o velho Hitchcock tinha de Walt Disney – ao resmungar sobre o quanto este último era feliz por poder simplesmente “apagar” um ator quando não gostava dele.

O primeiro trailer do filme do Tintim

Depois dos cartazes, as imagens:

Que achou?

Tintim vem aí

Já apareceram os primeiros cartazes…

Vi no Brainstorm9.

Tintim e os pastéis de nata de Lishboua

Que obsessão é essa?

Vi no Elesbão.