E por falar em psicodelia…

Nova do Supercordas:

Todo Supercordas



Antes da banda existir, eu gravei muitas coisas num porta-estúdio de fita. Primeiro com uma banda ultra-psicodélica chamada ‘Psylocibian Devils’, depois como Bonifrate mesmo e depois me juntei ao Valentino pra gravar como ‘Vitrola Photossintética’. Tudo isso nunca passou dos nossos porões musguentos e mofados até formarmos os ‘Supercordas’. No ano passado meu disco ‘Os Anões da Villa do Magma’ foi lançado pela Peligro e até tenho feito uns showzinhos por aí, com banda (Os Anões) ou só com o violão e o Giraknob nas ambientações. Falando no Giraknob, ele também faz os trabalhos eletroacústicos dele. Tem um disco lançado pela Fronha Records daqui do Rio e algumas faixas a serem lançadas. Nosso mais novo integrante, o Digital Ameríndio, é baterista, mas também um baita de um compositor genial. Em breve vou postar uns discos dele no blog da Shroom Records. O Kauê também faz canções, mas ainda não as lançou. Talvez alguma entre no próximo disco dos Supercordas.

Dica do Marcelo: os Supercordas têm um blog em que despejam toda sua produção, inclusive o que não foi lançado não-oficialmente. E o blog Eu Ovo, de onde eu tirei a aspa acima (do Bonifrate), ainda compilou uma coletânea que encontrou numa pasta “2006 Outtakes Demos Covers Etc” de um usuário do Soulseek chamado supercuerda.

“E no seu sorriso cabe um vendaval de sorrisos…”

O grupo carioca Supercordas acaba de subir duas músicas novinhas em seu MySpace – ato que em décadas passadas era o equivalente ao lançamento de um compacto – e entre o groove indie de “O Céu Sobre as Cabeças” e a baladinha psicodélica de “Índico de Estrelas”, eu fico com a segunda. O lado B dos Supercordas 2010 é irmão de alguns hits do Skank e da Marisa Monte e paira naquela psicodelia beatle de andamento em câmera lenta, flutuando a alguns centímetros do chão. Bem boa.


Supercordas – “Índico de Estrelas

As 300 melhores músicas dos anos 00: 115) Supercordas – “Ruradélica”

Os 100 melhores discos dos anos 00: Air / Supercordas

61) Air – The Virgin Suicides (2000)

62) Supercordas – Seres Verdes ao Redor (2006)

Supercordas na MTV

A MTV faz bem em apostar no Supercordas. A banda psicodélica carioca é uma dessas pequenas jóias escondidas do pop brasileiro desta primeira década do século, que merece ser cultivada com esse cuidado, deixando rolar. Quem avisou das vinhetas (10 ao todo) foi o Vítor, que também as dirigiu.

Brasil Could Be Your Life

…e a Lilian compilou um cassete com músicas brasileiras deste século para a Wild Animal Kingdom, um selo de fitas de Olympia, no estado de Washington, nos EUA. Olha o elenco:

Casino – “Samba Dada”
Verano – “La Fenetre”
Holger – “Brand New T-Shirt”
Superbug – “Summerly Yours”
Nancy – “Inbox Drama”
Supercordas – “e o Sol Brillhou Sobre o Verde”
Lulina – “Subtexto”
Bearhug – “A Storm, A Night Out”
Homiepie – “Snow Underwater”
Os Gambitos – “Dancefloor”

A capa é do Silvano, que também é o Bearhug.

Vida Fodona #163: Um certo clima de psicodelia no ar

WAT digo eu.

Belle & Sebastian – “If You Find Yourself Caught in Love”
George Harrison – “Got My Mind Set On You”
Jorge Du Peixe e Lucio Maia – “Kanibal”
Frank Zappa – “Florentine Pogen”
Olivia Tremor Control – “Jumping Fences”
Supercordas – “E o Sol Brilhou Sobre o Verde”
Syd Barrett – “Baby Lemonade”
Nick Cave & the Bad Seeds – “Get Ready for Love”
Walter Franco – “Cena Maravilhosa”
Serge Gainsbourg – “Cargo Culte”
Van Morrison – “Sweet Thing”
Phoenix – “Lisztomania”
Genesis – “Back in NYC”
Mopho – “O Amor é Feito de Plástico”
Elastica – “S.O.F.T.”
Pavement – “Old to Begin”
Herbert Vianna – “The Scientist Writes A Letter”
Stevie Wonder – “All Day Sucker”

Glue here.

Supercordas 2009

As 50 melhores músicas de 2008: 21) Supercordas – “Mágica”

Dono de um dos melhores discos nacionais de 2006 (só ficou atrás do Kassin, na minha votação), os Supercordas adiaram seu terceiro disco para 2009, mas não passaram por 2008 sem antes deixá-lo com um doce na boca. “Mágica” afasta o mofo celebrado em Seres Verdes ao Redor em uma canção tanto ensolarada quanto mística, usando guitarras e efeitos sonoros para levar o ouvinte a uma utopia primaveril, de psicodelia brasileira setentista, que mescla, sem preconceito, o Clube da Esquina com os Secos & Molhados, os Mutantes menos engraçadinhos com o Raul Seixas mais sério, reverberando melodia, acordes e solos que poderiam ter saído do Magical Mystery Tour, do Pet Sounds, do Odissey & Oracle ou de qualquer banda da Elephant Six. E o que dizer de uma letra que enfileira o rio São Francisco, a Califórnia, o Peloponeso, igarapés espaciais, cápsulas de sonho, formigas e dragões para culminar em “toda a mágica deriva dos elefantes” e desembocar em uma coda que poderia ser tanto da fase de transição do Pink Floyd quanto do final dos Beatles. Nota 10.


Supercordas – “Mágica