Trilogiologia

Invenção desse sujeito aqui.

Cover de capa

E esse blog em que o autor pede para desenhistas recriarem, a seu modo, capas clássicas de quadrinhos? Muito fera.





The Big Picture

Outra imagem pra clicar e ver ampliada: é o mapa da Goon City, uma cidade desenhada na proporção isométrica num projeto do designer Ryan Allen e do povo do fórum Something Awful para salvar a essência da pixel art. Mas melhor do que ampliar a imagem acima é entrar no saite criado para hospedar a cidade virtual e navegar por seus milhões de detalhes. No meio dá pra encontrar a família Dinossauro, fases do Super Mario, um tabuleiro de xadrez humano, o comissário Gordon chamando o Batman, um boquete, o jipe dos Thundercats, Godzilla, a caixa forte do Tio Patinhas, a DeLorean de Marty McFly, Hunter Thompson, a torre Eiffel, um tabuleiro de Banco Imobiliário, o Campo Minado, um show do Rick Astley – e outro do Daft Punk -, King Kong, uma Apple Store, o tabuleiro de Tron, uma filial da Dundler Mifflin, um complexo militar, a mulher de 20 pés, naves do Guerra nas Estrelas, uma pirâmide, um concurso de sósias do Wally, uma casa sitiada pela Swat, um cubo mágico, o grupo vocal do Homer cantando em cima do bar do Moe, a nave do Wall-E, um parque temático Doom, o Tick, Wolverine, um disco voador, a fortaleza da solidão, a Estrela da Morte transformada em cassino, Space Invaders, o Castelo de Greyskull, Pac Man, Muppets, os Beatles, a casa da Família Adams, South Park e Planet Express. Para entrar na Goon City, clique aqui.

E mais Watchmen

Lembra que eu falei do livro do Gibbons? A Aleph vai lançar no Brasil.

O trecho abaixo fala do início das conversas sobre o que se tornaria Watchmen e do primeiro trabalho de Gibbons ao lado de Moore, a história O Homem que Tinha Tudo:

Eu tinha ido a uma convenção em Nova York, em 1973, como fã, mas aquela era minha primeira aparição nos EUA como convidado profissional. Eu continuava sentindo um fã ao encontrar tantas pessoas que eu conhecia anteriormente apenas pelo nome. De lendas como Julius “Julie” Schwartz a contemporâneos como Jerry Ordway.

Na segunda noite do evento, a DC deu uma festa e eu imaginei que aquela seria minha chance de falar com Dick Giordano sobre as linhas gerais de Alan. A conversa foi curta:

“Dick, sobre a proposta de Alan Moore sobre os personagens da Charlton. Eu gostaria de desenhar.”
“E o que o Alan acha disso?”
“Ele quer que eu faça.”
“Ok, Dave. É seu.”

Saindo meio zonzo dessa vitória fácil, topei com Julie Schwartz. E outra breve conversa se sucedeu:

“Então, Dave? Quando você vai desenhar um Superman para mim?”
“Que…? Ah, quando você quiser, Julie. Quem vai escrever?”
“Quem você quer que escreva?”
“Hã, Alan Moore.”
“Ótimo. Pode começar!”

As convenções de quadrinhos não melhoraram muito mais do que Chicago foi para mim naquele ano. Ao passar por Nova York, telefonei para Alan da mesa de Julie. Ele ficou tão entusiasmado quanto eu. Não somente porque podíamos começar o que viria a ser Watchmen, como também pela chance de trabalhar com o Superman sob o manejo editorial de Julie. Nós dois tínhamos crescido na fila de gibis que ele cuidava, e o Supeman era, definitivamente, a jóia da coroa dos personagens de super-heróis.

Essa história mesmo é o melhor tira-gosto do que se pode esperar de Watchmen, levando em consideração que é uma obra escrita com os principais heróis da DC – o Super-Homem, a Mulher Maravilha e Batman – e vai fundo na psicologia do Super. A história acontece no aniversário do Super-Homem, quando Batman, Robin e a Mulher Maravilha encontram o sujeito em estado vegetal com um parasita grudado no corpo. O lance é que esse parasita permite que o hospedeiro possa viver seu coma vivendo seu maior sonho, que, no caso do cara, é que Krypton nunca tenha explodido e que ele pudesse ter uma vida normal. Aí Moore pega dois fios condutores paralelos – o delírio do Super-Homem e a luta dos super-amigos para livrá-los do parasita – e vai contrapondo cena a cena, com o traço preciso, fino e sofisticado de Gibbons. A história é curtinha, mas é uma pequena obra-prima e dá pra baixar aqui.

4:20

Uma sexta-feira, um mashup

E já no clima do terceiro show do Kraftwerk no Brasil…

Essa versão de “Robots” tá num disco de 1992 da Balenescu Quartet, da Romênia. O desenho do Super-Homem (Electric Earthquake) é do Max Fleischer, de 1942.