O fim de Lost por Sandro Cavallote

Acompanho Lost desde seu primeiro episódio. A cada semana uma nova expectativa. Mistérios e mais mistérios. Interpretações ilimitadas e conjecturas inusitadas. Nos primeiros episódios da temporada final eu já estava me preparando para um novo Twin Peaks, um novo Matrix Revolutions. Em seus minutos derradeiros, eu estava com o canto da boca torcido, característico de quando não estou gostando do andamento de um determinado direcionamento.

E ali, Jack na igreja, um simples vitral ao fundo. Meu eu cauteloso e metódico dá lugar ao interpretativo emocional. Foi naquele instante que eu senti que todas aquelas 6 temporadas valeram a pena. E, superinterpretação ou não, me senti aliviado não pelo término, mas sim pela simplicidade no direcionamento dado pelos roteiristas. Uma artifício pobre? Pode até ser, mas longe do desfecho enfadonho que eu imagina que seria.

Enfim. Foi muito bom ser fã de Lost.

* Sandro publicou este texto em seu blog.