“Às vezes, a luz no fim do túnel…”

Autotune the News + Jon Stewart = quase não dá para dar errado.

E é bom pra pensarmos nessa nossa ressaca pós-eleições.

Fernando Collor de Mello

Não faço idéia de quem é tá fazendo esse site Verdades Sobre o Collor, mas continue, por favor!

Simony: o fundo do poço it’s not enough

Depois de se candidatar a alguma coisa, ela segue sua franca decadência. Da Monica Bergamo de hoje:

Chapa quente

Uma caminhada pelo shopping Aricanduva, na zona leste de SP, anteontem, ao lado do candidato a governador Celso Russomanno (PP) provocou uma briga entre a cantora Simony, candidata a deputada estadual pelo PP, e Roberta Maia, filha de Reinaldo Maia, candidato ao mesmo cargo pelo PTC. Roberta acusa Simony de a ter “unhado”. No Twitter, Simony escreveu que foi “ameaçada de morte” por assessores de Maia. A assessoria de Celso Russomanno diz que “não está autorizada a falar sobre o episódio”. A coluna conversou com Simony:

Folha – O que aconteceu no shopping Aricanduva? A Roberta diz que você a unhou.
Simony –
É melhor eu te passar pro meu assessor. Mas vou te falar que eu faço várias agendas com vários candidatos, faço direto com o doutor Paulo [Maluf]. E ontem [anteontem] fui chamada pelo Celso. Ele tem meu rádio, meu avô trabalha com ele há 16 anos. No dia anterior eu fui à Festa do Morango de Atibaia com ele e fui bem recebida por outros candidatos, ganhei até caixa de bombom. O Celso me disse que iríamos caminhar eu, ele e Ronaldo Esper [candidato a federal pelo PTC] pelo shopping.
Achei ótimo, porque é um shopping lotado. Eu nasci na zona leste e a Dirce, minha amiga, mora atrás do shopping. Quando cheguei, vi que ele [Reinaldo Maia] era candidato a deputado estadual, mas vou a vários lugares e nunca tive problema. E só vou quando sou solicitada.

Você discutiu com a Roberta?
Ela me disse que eu não podia ficar lá, porque ela tinha fechado o shopping. E eu disse que não iria sair porque o shopping é lugar público.

A Roberta diz que você a agrediu neste momento.
Ela me agrediu, e eu chamei a polícia. Ela apertou o meu braço, e os seguranças deles ameaçaram meu assessor de morte. Ela me apertou, e eu me defendi. Imagina, nunca fiz esse tipo de baixaria. Aí pedi pelo amor de Deus para pararem com aquilo, que era uma campanha. Eu falei pro Celso dizer que ele havia me convidado, e ele falou que havia lugar pra todos. Depois meu assessor chamou a polícia, mas decidimos não fazer B.O. pra não prejudicar o Celso. Eles falaram que “iam pegar o meu assessor e o meu avô lá fora”. Tivemos que andar com quatro seguranças.

A íntegra da “polêmica” aqui.

Enquanto isso, numa rua de Porto Alegre…

Vi no Aldeia Blogal.

Orgulho de Ana Freitas

De, novo, política. Dessa vez, copy+paste (e, não, você não precisa ver esse vídeo):

Se você viu inteiro numa boa, sem se constranger, provavelmente o texto a seguir é pra você.

De fato, várias coisas nesse vídeo não fazem sentido. A primeira é que 100 reais só é migalha pra gente como eu e você, mas provavelmente não é para quem vive com 400 reais por mês. É tipo um aumento gigante na renda. Não vou entrar em méritos partidários – só digo que, nos países de primeiro mundo, todo mundo acha lindo que o governo dê pensão pras pessoas que não trabalham (é, isso rola). “Olha só que lindo nos países desenvolvidos, lá se o jovem não quiser trabalhar, ele pode viver de pensão”. Aqui, é assistencialismo, é dar dinheiro pra vagabundo que não quer trabalhar (reaça tem essa coisa maravilhosa de achar que no Brasil ninguém gosta de trabalhar, só ele, que geralmente nem trabalha).

A segunda coisa que não faz nenhum sentido é esse clipe dessa música horrível no final é que ele só ajuda a alimentar o espírito babaca de falar que nenhum político presta. Porque o tipo de pessoa que repete isso não percebe que repetir isso é só uma maneira de tirar de si a responsabilidade de achar um que preste (é, é incrível, mas tem gente boa na política). As pessoas que bradam que nenhum político presta não sabem em quem vão votar, não querem saber e também não se lembram em quem votaram na última eleição.

É uma maneira muito eficaz de perpretar justamente o que o vídeo crítica, também, dizer que ‘é só a educação que salva esse país, talvez em duas ou três gerações’. Primeiro, porque é o óbvio do óbvio, mas aqui não tem a intenção de ser óbvio, mas de tirar do ombro da minha e da sua geração a responsabilidade de fazer alguma coisa. E é uma responsabilidade nossa, queira você, o Felipe Neto, eu, ou não.

Tenho orgulho de ter essa menina no meu convívio diário. O resto do texto segue no blog dela, mas aproveito aqui para linkar algo que, pra alguns é óbvio, mas pra maioria, não – o fato de que votar no Tiririca não tem nada a ver com voto de protesto, perceba.

Profissão: político

Não é à toa que o Tiririca tá nessa. O infográfico é da Época.

Twitteiro é vagabundo

Brasil, eleições, internet: inevitável esse tipo de coisa acontecer.

O primeiro debate do Link na Livraria Cultura

Daqui a pouco, ao meio-dia e meia, começa o primeiro Encontros Estadão & Cultura, série de debates que o jornal onde trabalho realiza com a Livraria Cultura. E o caderno que edito (o Link, pra quem não sabe) foi o escolhido para dar início aos trabalhos com três debates que abordam aspectos diferentes de seu universo – nestes três dias falaremos de política 2.0, tecnologia e empreendedorismo e sobre leitura em tempos digitais. A primeira conversa acontece hoje e aborda a política na internet de uma forma mais ampla do que a discussão partidária – mediada pelo Doria, a mesa conta com a participação do Rodrigo Bandeira, criador do site Cidade Democrática, e do analista de mídias sociais Pedro Markun, do Transparência Hack Day. Amanhã e sexta tem outros dois, no último sou mediador – mas estarei nos três dias por lá. O evento é gratuito e acontece na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na avenida Paulista. É só aparecer.

Isso é política

Tá certo que é na Ucrânia, mas não duvide se presenciarmos cenas desse tipo em plenários mais próximos, em breve.

Bê-a-bá de anarquismo

O Tiago dá espaço para o Arthur comemorar os 100 anos da Confederacion Nacional del Trabajo espanhola e falar um pouco sobre um dos assuntos que ele mais é versado, o anarquismo:

Aconteceu de virar um cdf sobre o assunto, conhecer a história das lutas anarquistas de cabo a rabo e fazer uma biblioteca sobre anarquismo/comunismo de esquerda bonita de se ver. E fiz muitos amigos e conheci lendas do meio, como o Maurício Tragtenberg e o Jaime Cuberos (dois autodidatas incríveis) que muito me impressionam até hoje; tanto eles quanto boa parte dos amigos anarquistas que estimo – com os quais não compartilho mais do “nobre ideal”, me sentindo próximo ao autonomismo –, tem uma virtude que é algo que persigo muito: manter relações éticas com o mundo.

O anarquismo pode estar velho, caduco, mas a ética destas pessoas impressiona muito. Isso é motivo de chacota inclusive por parte de muito esquerdista que acredita que os fins justificam os meios sempre. Daí, me parece importante falar sobre os 100 anos da Confederacion Nacional del Trabajo da Espanha, desde sempre, a maior organização anarquista do planeta. Na Guerra Civil espanhola – o que, curiosamente os antiautoritários chamam de Revolução Espanhola – de 1936/39, chegaram a ter dois milhões de associados.

O resto do texto você lê aqui.