Sexta Trabalho Sujo #010: Pélico

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Pélico completa a décima edição da Sexta Trabalho Sujo, mostrando seu novo show no palco do Estúdio Bixiga nesta sexta-feira, 24 de janeiro. A noite gira em torno do lançamento de seu quinto álbum, Quem Me Viu, Quem Me Vê, que ele mesmo considera seu disco mais sincero e direto. Produzido por Dudinha e Regis Damasceno, ele marca o amadurecimento de suas composições de forma simples e crua, mas sem perder a capacidade de introspecção e sua veia sentimental, características de seus dez anos de carreira (mais informações aqui).

Sexta Trabalho Sujo: Janeiro de 2020

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E aí, como foram de virada de ano, tudo certo? Espero que esteja tudo bem porque aqui está tudo pronto para começarmos o ano – a partir desta sexta-feira, quando retomamos as Sextas Trabalho Sujo no Estúdio Bixiga, sempre às 21h. O primeiro show do mês, no dia 10, é de um rapper dono de um dos melhores discos do ano passado, o ótimo Lógos, do MC paulista Nill (mais informações aqui). Dia 17 é a vez do trumpetista Guizado trazer seu groove psicodélico instrumental para o palco do Estúdio Bixiga – e ele está falando em trazer participações especiais (mais informações aqui). Dia 24 é a vez do grande Pelico, que traz seu ótimo Quem Me Viu Quem Me Vê para São Paulo logo após passar o fim de ano em Portugal, mostrando este mesmo disco (mais informações aqui). E fechamos o primeiro mês de 2020 dia 31, com as meninas do Florcadáver (mais informações aqui). Vamos lá?

Pélico inquieto

Foto: Caroline Bittencourt

Foto: Caroline Bittencourt

“Esse disco é um retrato atual da minha vida, consequentemente a situação do Brasil permeia algumas canções, de forma um pouco mais sutil que o primeiro single, mas tem uma indignação, um desconforto pessoal e coletivo”, me explica o cantor e compositor paulistano Pélico, que lança o clipe de sua “Descaradamente”, dirigido por Bruno Galan e que conta com a participação de Negro Léo nos vocais, em primeira mão no Trabalho Sujo. A primeira canção poderia dar uma ideia de um trabalho mais politizado, ainda mais na situação que passamos hoje no país, mas o disco Quem Me Viu, Quem Me Vê, que será lançado nas plataformas digitais no dia 18 de outubro (e que Pélico antecipa a ordem das faixas, abaixo), aborda outros temas, além do explicitado no primeiro single. A escolha da canção é direta: “Ela representa o que de mais urgente eu preciso dizer”, continua, “estamos num momento muito delicado e perigoso da nossa história. É preciso falar, antes que a gente se arrependa de ter ficado calado.”

“Descaradamente” marca o início de uma nova fase na carreira de Pélico. “Depois de 10 anos trabalhando com o mesmo produtor musical, Jesus Sanchez, resolvi trabalhar com novos produtores, além de boa parte da banda ter mudado também”, conta ele explicando que convocou Régis Damascendo e Dudinha para ajudá-lo a parir o disco. “O Clayton Martin gravou todas as baterias, o André Lima gravou pianos e sintetizadores e o Dudinha gravou alguns baixos. Todos eles nunca tinham gravado comigo. Também tem as participações especiais do Negro Leo e do Teago Oliveira, do Maglore.”

A principal mudança, no entanto, não acontece apenas entre as pessoas com quem Pélico agora trabalha, mas principalmente em relação a método. “Pela primeira vez eu compus boa parte do repertório do disco durante o processo de gravação, escrevia de manhã e à noite levava pro estúdio pro Regis e Dudinha ouvirem e na sequencia levantar a base. Isso deu uma cara pro disco, uma crueza e uma urgência que os outros meus três discos anteriores não tem.”

“Acerto de contas”
“Quem me viu, quem me vê”
“Nosso Amor”
“Não Procurava Ninguém”
“Machucado”
“Descaradamente”
“Nunca Mais”
“Louco por Você”
“Pra te Dizer”
“Amanheci”

Quem quer ir no show do Odair José nesta sexta-feira?

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O bardo popular Odair José apresenta seu disco mais recente – o pesado Gatos e Ratos – no Cine Joia nesta sexta-feira, com abertura do Pélico, e me ofereceram cinco pares de ingressos para quem quiser assistir ao show. Para concorrer, basta dizer qual sua música favorita do Odair José que até às 19h eu aviso como retirar os ingressos para o show (mais informações sobre o show aqui).

Pélico na novela

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O cantor e compositor paulistano Pélico comemora a nova fase inaugurada com seu ótimo disco Euforia, lançado no ano passado, com a inclusão da versão que fez para “Não Há Cabeça”, de Ângela Ro Rô, na trilha sonora da novela Velho Chico. A música foi gravada para o tributo à cantora lançado há três anos e ressurge agora o aproximando de um público ainda maior e para aproveitar a oportunidade produziu um clipe para a música, lançado com exclusividade aqui no Trabalho Sujo. Conversei com ele sobre esse momento de sua carreira.

Conta a história de como você gravou essa música: você já conhecia a obra da Angela Ro Rô ou foi conhecer por causa do tributo?
Em 2013 o Zé Pedro e o Marcus Preto me convidaram pra participar do Coitadinha Bem Feito, um disco em homenagem à Ro Rô. Eles me deram uma lista de cinco ou seis músicas dela, aí eu escolhi a “Não Há Cabeça”. Lembro que o Preto me sugeriu a “Não Há Cabeça”, disse que ela tinha muito a ver com o meu trabalho, e isso me deu mais certeza com a escolha da música. Eu conhecia bem o Angela Ro Rô de 79 e o Escândalo de 81. Mas, a partir do tributo, eu mergulhei mais fundo na obra dela. Adoro participar de tributos por conta disso também, você acaba mergulhando no universo do artista.

Como a música foi parar na novela? Alguma música sua já teve esse nível de exposição? Como está sendo a reação dos seus fãs e do novo público?
Sinceramente, eu ainda não sei. Eu acredito que foi uma escolha do diretor da novela, Luiz Fernando Carvalho, sei que ele é bem conectado com a “nova geração” da música brasileira. Minha produtora e eu estamos tentando entrar com contato com ele, em breve termos essa resposta. É a primeira vez que tenho essa exposição. É impressionante, toda vez que a música toca na novela, o WhatsApp e as mensagens no Facebook bombam. A reação dos fãs tá rolando muito bem. Agora, se já existe um novo público por conta da música na novela, acho que vamos sentir essa diferença um pouco mais pra frente.

Você acha que a “nova geração da MPB” – que já tem uns dez anos de estrada – finalmente está rompendo a barreira do grande público?
Caramba, é verdade, essa “nova geração” já tem uns 10 anos. Assustei! Então, eu acredito que aos poucos e mesmo sem investimentos milionários a gente tá chegando. Mas sei que ainda falta muito pra gente dividir espaço nas rádios e programas de TV mais populares com artistas do sertanejo, do forró… Onde há muito investimento, grana pesada, saca?
Também acho que não é só grana, entre outras coisas, é uma questão de postura artística também. Um artista que não faz um trabalho muito popular não precisa ter medo ou desconfiança de ser ouvido e consumido pelo grande público.

E como chegar no rádio? É a grande barreira?
Já temos espaço em muitas rádios em todo o Brasil, mas o pulo do gato é a gente conseguir, sem ter que pagar aquela graninha, entrar na programação das rádios mais populares. Eu tenho duas músicas gravadas – uma pelo Toni Ferreira e outra pelo Filipe Catto – que tocam muito nas rádios, e vi de perto a importância, principalmente fora das grandes capitais, de se ter uma música tocando diariamente nessas rádios. Muitas pessoas vão aos meus shows por conta disso, pra ouvir essas músicas, olha que nem são cantadas por mim. Ou seja, as rádios populares ainda são uma grande barreira e precisamos chegar nelas com dignidade.

Você já está trabalhando em um novo disco ou vai seguir 2016 com o trabalho do ano passado?
Esse ano continuo trabalhando o Euforia, acabei de estrear o Dos Nós, um novo show, com repertório dos meus três discos e mais releituras, num formato mais intimista – guitarra, violão, sanfona e piano elétrico. E ando compondo pra outros artistas, um trabalho que amo fazer.

Os 75 melhores discos de 2015: 64) Pélico – Euforia

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Lapidando seu pop perfeito.

Scream & Yell celebra Milton Nascimento

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O site do jornalista Marcelo Costa Scream & Yell lança mais um disco-tributo em homenagem a um de seus ídolos, o cantor e compositor Milton Nascimento. A coletânea Mil Tom sai em dois volumes e o primeiro deles reúne nomes como Vanguart, Tono, Letuce, Aláfia, Bruno Souto, Karol Conká e Rashid resgatando pérolas do cancioneiro de Minas Gerais compostas por esse carioca de nascimento. Separei aqui a bucólica versão que a Bárbara Eugênia e o Pélico fizeram pra “Paula e Bebeto”, mas dá pra ouvir e baixar o disco inteiro lá no Scream & Yell.

Vida Fodona #400: As 75 Melhores Músicas de 2013

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Agora sim, 2014 pode começar.

M.I.A. – “Y.A.L.A.”
Lily Allen – “Hard Out Here”
Lana Del Rey – “Young and Beautiful”
Superchunk – “Me & You & Jackie Mittoo”
Disclosure + AlunaGeorge – “White Noise”
Phoenix – “Trying To Be Cool”
Strokes – “Tap Out”
Dorgas – “Hortencia”
Mac Miller – “Objects in the Mirror”
MGMT – “Alien Days”
Charles Bradley – “Victim of Love”
!!! – “One Boy/One Girl”
Rodrigo Amarante – “Maná”
Anitta – “Show das Poderosas”
Cícero – “Fuga nº3 da Rua Nestor”
Glue Trip – “Elbow Pain”
Toro Y Moi – “High Living”
Jagwar Ma – “The Throw”
Chvrches – “The Mother We Share”
Bruno Mars – “Treasure”
M.I.A. – “Bring The Noize”
Suede – “For the Strangers”
Chromeo – “Over Your Shoulder”
Mayer Hawthorne – “Designer Drug”
Lorde – “Tennis Court”
Weeknd – “Belong To The World”
Metronomy – “I’m Aquarius”
The National – “Graceless”
Caxabaxa – “Vizualizada”
Is Tropical – “Dancing Anymore”
Vampire Weekend – “Diane Young”
Paul McCartney – “New”
Daft Punk – “Giorgio By Moroder”
Blood Orange – “You’re Not Good Enough”
Bárbara Eugênia + Pélico – “Roupa Suja”
Holy Ghost! – “Bridge and Tunnel”
Justin Timberlake – “Take Back The Night”
Boogarins – “Lucifernandis”
Jagwar Ma – “Come Save Me”
Arcade Fire – “Reflektor”
Nick Cave & The Bad Seeds – “We Real Cool”
Warpaint – “Love Is To Die”
Daft Punk + Pharrell + Nile Rodgers- “Lose Yourself to Dance”
Of Montreal – “Obsidian Currents”
Robin Thicke + T.I. + Pharrell- “Blurred Lines”
Drake – “Hold On We’re Going Home”
Justin Timberlake – Mirrors – “”
Garotas Suecas – “Bucolismo”
James Blake – “Retrograde”
Arcade Fire – “Porno”
The National – “Sea Of Love”
My Bloody Valentine – “Only Tomorrow”
Arctic Monkeys – “Do I Wanna Know?”
David Bowie – “Love Is Lost (Hello Steve Reich’ remix by James Murphy)”
Pulp + James Murphy – “After You (Soulwax Remix)”
Blood Orange – “Chamakay”
Beyoncé – “Blow”
My Bloody Valentine – “New You”
Unknown Mortal Orchestra – “Swim and Sleep (Like a Shark)”
Daft Punk + Todd Edwards – “Fragments of Time”
Arctic Monkeys – “Why’d You Only Call Me When You’re High?”
Washed Out – “It All Feels Right”
Yo La Tengo – “Ohm”
Arcade Fire – “Afterlife”
Washed Out – “All I Know”
My Bloody Valentine – “In Another Way”
Emicida – “Crisântemo”
Daft Punk – “Get Lucky”
Darkside – “Paper Trails”
Marcelo Jeneci + Laura Lavieri- “Pra Gente Se Desprender”
Unknown Mortal Orchestra – “So Good At Being In Trouble”
Haim – “The Wire”
Lorde – “Royals”

Por aqui.

As 75 melhores músicas de 2013: 40) Bárbara Eugênia + Pélico – “Roupa Suja”

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Vida Fodona #376: Uma boa trilha sonora

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Comemoremos um dia sem trabalho!

Beck – “Make Out City”
Daft Punk + Pharrell Williams – “Get Lucky”
Chic – “Good Times”
Grandmaster Flash & The Furious Five – “The Message”
Bárbara Eugênia + Pélico – “Roupa Suja”
Phoenix – “Bankrupt”
Toro y Moi – “High Living”
Stephen Malkmus & The Jicks – “Real Emotional Trash”
MGMT – “Siberian Breaks”
Memory Tapes – “Safety”
Glue Trip – “Elbow Pain”
Unknown Mortal Orchestra – “From the Sun”
Dumbo Goes Mad – “American Day”
Marcos Valle – “So Nice (Summer Samba)”
Carole King – “So Far Away”
Rita Lee – “Cartão Postal”
Neutral Milk Hotel – “Oh Comely”

Vamos!