Slavoj Žižek e o que está acontecendo no Brasil em junho de 2013

Quando o Žižek (que eu entrevistei no início do ano) visitou o OccupyWallStreet, no Parque Zuccotti, em Nova York, em 2011, deu um discurso que voltou a ser compartilhado principalmente a partir do clima de puro oba-oba que aos poucos pareceu ter se infiltrado pelas brechas do pacifismo da passeata que parou São Paulo na segunda-feira. Publiquei a tradução naquela época e volto a replicá-la aqui mais uma vez:

Não se apaixonem por si mesmos, nem pelo momento agradável que estamos tendo aqui. Carnavais custam muito pouco – o verdadeiro teste de seu valor é o que permanece no dia seguinte, ou a maneira como nossa vida normal e cotidiana será modificada. Apaixone-se pelo trabalho duro e paciente – somos o início, não o fim. Nossa mensagem básica é: o tabu já foi rompido, não vivemos no melhor mundo possível, temos a permissão e a obrigação de pensar em alternativas. Há um longo caminho pela frente, e em pouco tempo teremos de enfrentar questões realmente difíceis – questões não sobre aquilo que não queremos, mas sobre aquilo que QUEREMOS. Qual organização social pode substituir o capitalismo vigente? De quais tipos de líderes nós precisamos? As alternativas do século XX obviamente não servem.

Então não culpe o povo e suas atitudes: o problema não é a corrupção ou a ganância, mas o sistema que nos incita a sermos corruptos. A solução não é o lema “Main Street, not Wall Street”, mas sim mudar o sistema em que a Main Street não funciona sem o Wall Street. Tenham cuidado não só com os inimigos, mas também com falsos amigos que fingem nos apoiar e já fazem de tudo para diluir nosso protesto. Da mesma maneira que compramos café sem cafeína, cerveja sem álcool e sorvete sem gordura, eles tentarão transformar isto aqui em um protesto moral inofensivo. Mas a razão de estarmos reunidos é o fato de já termos tido o bastante de um mundo onde reciclar latas de Coca-Cola, dar alguns dólares para a caridade ou comprar um cappuccino da Starbucks que tem 1% da renda revertida para problemas do Terceiro Mundo é o suficiente para nos fazer sentir bem. Depois de terceirizar o trabalho, depois de terceirizar a tortura, depois que as agências matrimoniais começaram a terceirizar até nossos encontros, é que percebemos que, há muito tempo, também permitimos que nossos engajamentos políticos sejam terceirizados – mas agora nós os queremos de volta.

Dirão que somos “não americanos”. Mas quando fundamentalistas conservadores nos disserem que os Estados Unidos são uma nação cristã, lembrem-se do que é o Cristianismo: o Espírito Santo, a comunidade livre e igualitária de fiéis unidos pelo amor. Nós, aqui, somos o Espírito Santo, enquanto em Wall Street eles são pagãos que adoram falsos ídolos.

Dirão que somos violentos, que nossa linguagem é violenta, referindo-se à ocupação e assim por diante. Sim, somos violentos, mas somente no mesmo sentido em que Mahatma Gandhi foi violento. Somos violentos porque queremos dar um basta no modo como as coisas andam – mas o que significa essa violência puramente simbólica quando comparada à violência necessária para sustentar o funcionamento constante do sistema capitalista global?

Seremos chamados de perdedores – mas os verdadeiros perdedores não estariam lá em Wall Street, os que se safaram com a ajuda de centenas de bilhões do nosso dinheiro? Vocês são chamados de socialistas, mas nos Estados Unidos já existe o socialismo para os ricos. Eles dirão que vocês não respeitam a propriedade privada, mas as especulações de Wall Street que levaram à queda de 2008 foram mais responsáveis pela extinção de propriedades privadas obtidas a duras penas do que se estivéssemos destruindo-as agora, dia e noite – pense nas centenas de casas hipotecadas…

Nós não somos comunistas, se o comunismo significa o sistema que merecidamente entrou em colapso em 1990 – e lembrem-se de que os comunistas que ainda detêm o poder atualmente governam o mais implacável dos capitalismos (na China). O sucesso do capitalismo chinês liderado pelo comunismo é um sinal abominável de que o casamento entre o capitalismo e a democracia está próximo do divórcio. Nós somos comunistas em um sentido apenas: nós nos importamos com os bens comuns – os da natureza, do conhecimento – que estão ameaçados pelo sistema.

Eles dirão que vocês estão sonhando, mas os verdadeiros sonhadores são os que pensam que as coisas podem continuar sendo o que são por um tempo indefinido, assim como ocorre com as mudanças cosméticas. Nós não estamos sonhando; nós acordamos de um sonho que está se transformando em pesadelo. Não estamos destruindo nada; somos apenas testemunhas de como o sistema está gradualmente destruindo a si próprio. Todos nós conhecemos a cena clássica dos desenhos animados: o gato chega à beira do precipício e continua caminhando, ignorando o fato de que não há chão sob suas patas; ele só começa a cair quando olha para baixo e vê o abismo. O que estamos fazendo é simplesmente levar os que estão no poder a olhar para baixo…

Então, a mudança é realmente possível? Hoje, o possível e o impossível são dispostos de maneira estranha. Nos domínios da liberdade pessoal e da tecnologia científica, o impossível está se tornando cada vez mais possível (ou pelo menos é o que nos dizem): “nada é impossível”, podemos ter sexo em suas mais perversas variações; arquivos inteiros de músicas, filmes e seriados de TV estão disponíveis para download; a viagem espacial está à venda para quem tiver dinheiro; podemos melhorar nossas habilidades físicas e psíquicas por meio de intervenções no genoma, e até mesmo realizar o sonho tecnognóstico de atingir a imortalidade transformando nossa identidade em um programa de computador. Por outro lado, no domínio das relações econômicas e sociais, somos bombardeados o tempo todo por um discurso do “você não pode” se envolver em atos políticos coletivos (que necessariamente terminam no terror totalitário), ou aderir ao antigo Estado de bem-estar social (ele nos transforma em não competitivos e leva à crise econômica), ou se isolar do mercado global etc. Quando medidas de austeridade são impostas, dizem-nos repetidas vezes que se trata apenas do que tem de ser feito. Quem sabe não chegou a hora de inverter as coordenadas do que é possível e impossível? Quem sabe não podemos ter mais solidariedade e assistência médica, já que não somos imortais?

Em meados de abril de 2011, a mídia revelou que o governo chinês havia proibido a exibição, em cinemas e na TV, de filmes que falassem de viagens no tempo e histórias paralelas, argumentando que elas trazem frivolidade para questões históricas sérias – até mesmo a fuga fictícia para uma realidade alternativa é considerada perigosa demais. Nós, do mundo Ocidental liberal, não precisamos de uma proibição tão explícita: a ideologia exerce poder material suficiente para evitar que narrativas históricas alternativas sejam interpretadas com o mínimo de seriedade. Para nós é fácil imaginar o fim do mundo – vide os inúmeros filmes apocalípticos –, mas não o fim do capitalismo.

Em uma velha piada da antiga República Democrática Alemã, um trabalhador alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que todas as suas correspondências serão lidas pelos censores, ele diz para os amigos: “Vamos combinar um código: se vocês receberem uma carta minha escrita com tinta azul, ela é verdadeira; se a tinta for vermelha, é falsa”. Depois de um mês, os amigos receberam a primeira carta, escrita em azul: “Tudo é uma maravilha por aqui: os estoques estão cheios, a comida é abundante, os apartamentos são amplos e aquecidos, os cinemas exibem filmes ocidentais, há mulheres lindas prontas para um romance – a única coisa que não temos é tinta vermelha.” E essa situação, não é a mesma que vivemos até hoje? Temos toda a liberdade que desejamos – a única coisa que falta é a “tinta vermelha”: nós nos “sentimos livres” porque somos desprovidos da linguagem para articular nossa falta de liberdade. O que a falta de tinta vermelha significa é que, hoje, todos os principais termos que usamos para designar o conflito atual – “guerra ao terror”, “democracia e liberdade”, “direitos humanos” etc. etc. – são termos FALSOS que mistificam nossa percepção da situação em vez de permitir que pensemos nela. Você, que está aqui presente, está dando a todos nós tinta vermelha.

O discurso foi filmado e seus vídeos vão a seguir:

 

Para nos lembrar do 5 de novembro, Alan Moore canta: “The Decline of English Murder”

Foi só falar no mestre dos magos que ele apareceu com força total. Nesta segunda-feira ele lança seu primeiro single, com a faixa “The Decline of English Murder”, com rendas revertidas para o pessoal do Occupy Wall Street – não custa lembrar que o 5 de novembro (além de aniversário do Fred) também é a data-chave do V de Vingança, obra de Moore celebrada tanto pelos Occupy quanto pelos Anonymous. O Guardian fez um vídeo com a música, usando cenas do grupo em ação – e o Bleeding Cool providenciou as letras, ambos abaixo:

 

A revolta da burguesia assalariada, por Slavoj Žižek

Mais um texto do Žižek sobre o movimento Occupy, desta vez caracterizando-o como parte de um movimento que deve erodir, por vez, o conceito tradicional de burguesia. Um trecho:

Está claro, obviamente, que o enorme renascimento dos protestos no último ano, da Primavera Árabe ao Leste Europeu, do Occupy Wall Street à China, da Espanha à Grécia, não devem definitivamente ser desconsiderados como uma revolta da burguesia assalariada – eles guardam potenciais muito mais radicais, de forma que devemos nos engajar numa análise concreta caso a caso. Os protestos estudantis contra a reforma universitária em curso no Reino Unido são claramente opostos às barricadas do Reino Unido em agosto de 2011, este carnaval consumista de destruição, a verdadeira explosão dos excluídos. Em relação aos levantes do Egito, pode-se argumentar que, no começo, houve um momento de revolta da burguesia assalariada (jovens bem educados protestando contra a falta de perspectiva), mas isto foi parte de um amplo protesto contra um regime opressivo. Entretanto, até que ponto o protesto conseguiu mobilizar trabalhadores e camponeses pobres? Não seria a vitória eleitoral dos islâmicos também uma indicação da base social estreita do protesto secular original? A Grécia é um caso especial: nas últimas décadas surgiu uma nova “burguesia assalariada” (especialmente na administração estatal superdimensionada) graças à ajuda financeira e empréstimos da União Europeia, e muitos dos protestos atuais, mais uma vez, reagem à ameaça de perda destes privilégios.

A íntegra pode ser lida abaixo ou no blog da Boitempo.

 

Alan Moore no movimento Occupy

E o padrinho estético do movimento Occupy (a máscara é de Lloyd, mas o imaginário é 100% Moore) finalmente saiu de sua toca para visitar o acampamento dos Occupy, em Londres, a convite do Channel 4.

“Estou maravilhado, impressionado e até mesmo tocado. As pessoas são maravilhosas. Esse é provavelmente o protesto mais organizado e mais avançado que já presenciei”, disse o mago de Northampton.

OccupyWallStreet: Continue?

Todos na expectativa por 2012…

Impressão digital #0086: Um balanço de 2011

A primeira novidade do Link em 2012 é que minha coluna saiu do Caderno 2 e passa a frequentar as páginas do caderno de segunda. E como essa é a última edição do ano, Impressão Digital nova só no ano que vem.

A revolução digital tem de sair da tela
No Ano Novo, resta tirar a cara de dentro do computador

Em setembro deste ano, quando transformou mais uma mudança de interface do Facebook em evento público, Mark Zuckerberg entrou no palco um tanto estranho. Em alguns segundos, deu para notar que não era Zuckerberg – e sim o ator do programa humorístico Saturday Night Live que o interpreta, Andy Sandberg, fingindo ser o criador da maior rede social do mundo.


Mark Zuckerberg e Andy Sandberg

Não há como saber se Steve Jobs, em seus últimos dias de vida, viu a performance, mas se o fez, deve ter grunhido, ao mesmo tempo em que ficava pasmo com a ingenuidade de Zuckerberg e o ridicularizava em pensamento.

Isso porque doze anos atrás, antes das apresentações de Steve Jobs se tornarem um fenômeno para além do círculo de carolas da Apple, ele havia feito essa mesma piada, ao convidar o ator Noah Wyle para apresentar a Macworld de 1999. Noah havia acabado de interpretar Jobs num filme feito para TV naquele mesmo ano – o cult Piratas do Vale do Silício – e o criador da Apple não pestanejou ao colocá-lo no palco para fazer o seu papel.


Steve Jobs e Noah Wyle

Mas diferente do que aconteceu com Zuckerberg, anos depois, o encontro do original com a cópia não foi um cumprimento boçal (“mas eu sou o verdadeiro Zuckerberg!”) e sim outra caricatura de Steve Jobs, dessa vez, feita por ele mesmo. Logo que Wyle começa a se entusiasmar com um “produto novo realmente ótimo”, Steve o interrompe para entrar no palco e lhe explicar como é o jeito certo de imitá-lo. Era o Jobs hiperbólico encontrando o Jobs control freak no mesmo palco. E o original conseguia ter mais carisma ainda que o antigo protagonista do Plantão Médico.

Corta para 2011. O principal nome do mundo digital é um nerd sem carisma, o cacique de uma tribo de 800 milhões de pessoas que passam o dia em frente a uma tela dizendo o que curtem. Zuckerberg bem que tentou, mas está longe de conseguir ocupar a vaga deixada por Steve Jobs. E isso é um problema, porque o mundo digital de Jobs e Mark eram relativamente parecidos – ambos queriam obrigar seus públicos a se firmar em torno de uma mesma marca, habitando um ambiente eletrônico administrado por uma empresa que faz o que quiser com dados pessoais de seus consumidores.

O Facebook de Zuckerberg já é conhecido por isso e o ano terminou com o próprio Mark postando em seu blog um pedido de desculpas em relação aos “erros” cometidos no passado – quando o site mudava os termos de uso sem avisar seus usuários, por exemplo. A Apple de Jobs também teve de se desculpar publicamente sobre a denúncia de que os passos dos donos de iPhone estavam sendo vigiados pela própria empresa. É o Big Brother capitalista – em que uma empresa, e não um governo, acompanha cada pequeno passo dado.

A ausência de carisma de Zuckerberg não é um exemplo isolado – é só o mais emblemático. Nenhum dos grandes nomes do mundo digital hoje, no Vale do Silício ou fora dele, proporciona o fator de admiração instigado por Jobs. Nem Larry e Sergey do Google, nem Steve Ballmer da Microsoft, nem ninguém do Twitter, da Zynga, da Sony ou da Rovio.

Os executivos voltaram a ter cara de executivos e o popstar digital – a era de ouro de Jobs e Gates – parece ter ficado no século 20.

Isso também não é exclusividade das empresas de tecnologia. Os líderes do século 21 pouco inspiram. É um fenômeno que tem a ver com a frustração e a angústia que alimenta o oba-oba da curtição no Facebook ou o consumismo desenfreado da era pós-iPhone.

Todos querendo preencher um vazio espiritual na marra, em grandes quantidades. Milhares de amigos, dúzias de gigabytes, milhões de MP3, não-sei-quantos de memória RAM ou de banda larga.

Acontece que ao mesmo tempo em que 2011 viu o fim do grande produto da Apple – o próprio Steve Jobs –, também assistiu a esse mesmo vazio sendo preenchido longe das biosferas digitais. Milhares de pessoas tomaram as ruas em centenas de cidades ao redor de todo o mundo para reclamar dessa insatisfação generalizada.

Começou logo em janeiro com a Primavera Árabe, passou pelos protestos na Espanha, pelos tumultos na Inglaterra e culminou com o movimento Occupy, que a princípio ocupava apenas o Zuccotti Park, perto de Wall Street, em Nova York, e depois tornou-se global. Até mesmo as marchas realizadas na Avenida Paulista e o infame Churrascão da Gente Diferenciada em Higienópolis, em São Paulo, fazem parte dessa recusa planetária, que usa o próprio Facebook e as câmeras em telefones celulares para divulgar o que está acontecendo – a favor e contra.

Muitos desses protestos começaram especificamente a partir de denúncias feitas na internet. Fatos que foram simples como o vídeo online que deu origem à maior manifestação popular na Rússia desde o fim da União Soviética ou arbitrários como a decisão do governo de Hosni Mubarak de cortar a internet do Egito.

Esse movimento popular planetário sem liderança, sem ideologia e sem vínculos partidários acabou se tornando uma espécie de materialização da própria lógica da internet – em que ninguém controla ninguém.

Portanto, foi natural e incontornável a identificação do levante com o discurso do grupo de hackers Anonymous, que teve seu símbolo agregado definitivamente aos novos manifestantes.

E a máscara do terrorista inglês Guy Fawkes, redesenhada por David Lloyd no libelo libertário em quadrinhos V de Vingança, de Alan Moore, deixou de ser um ícone na tela como era na época em que representava apenas os Anonymous para ganhar as ruas do planeta. Todo mundo se identificando com um não-símbolo, o logotipo do anonimato.

Junte as pontas. Esses dois acontecimentos distintos – a morte de Steve Jobs e a série de protestos populares pelo planeta – parecem não ter comunicação entre si, mas o fato é que sem um líder carismático o suficiente para ser admirado, as multidões vão exigir cada vez mais. E vão começar a entender que a lógica fechada que querem impor à internet – e à rotina offline – é oposta às inovações culturais que a tecnologia digital têm proporcionado ao mundo. O direito autoral deve ser flexibilizado; o direito ao anonimato, preservado; o acesso ao conhecimento, mantido. Alianças e parcerias fazem parte da natureza do ser humano antes ou depois da internet.

É quando descobriremos que a revolução digital não termina na tela – e sim quando alcançamos quem está do outro lado dela. A essência desse zeitgeist materializado que entrou em nossas vidas reside em seu nome. A internet é uma rede de interconexões que não está limitada apenas a quando estamos na frente do computador. Somos praticamente anfíbios e habitamos o mundo seco (offline) e o molhado (online) ao mesmo tempo. Mas ainda estamos encantados com a descoberta do respirar debaixo d’água que é viver na internet. Resta agora começar a tirar a cara de dentro do computador e perceber que a vida a nosso redor. 2012 nos espera. Será um ano memorável e sairemos todos melhores do que entramos.

Feliz Ano Novo.

Os pôsteres do OccupyWallStreet

Todos para download aqui.

Link – 19 de dezembro de 2011

2011 do começo ao fimQuando a internet distraiTransferência de poder • A revolução digital tem de sair da telaO nosso occupyMês 122011: Um ano intensoApple mais perto do Brasil, a rede social da Microsoft, o livro de Jobs, a velocidade dos Hermanos…

Um OccupyWallStreet cenográfico

É sério: construíram um acampamento Occupy de mentira prum dos seriados do Law & Order.

Thom Yorke @ OccupyLondon

O vocalista do Radiohead se juntou ao 3D do Massive Attack e ao Tim Goldworthy do U.N.K.L.E. em um set de duas horas na terça passada, em um evento para atrair atenção aos protestos do movimento Occupy em Londres.

Em dado momento, surge uma frase do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen: “A man should never put on his best trousers when he goes out to battle for freedom and truth”. E o jungle comendo solto:

Uma das coisas que eu acho melhor disso tudo é a cara de festa – e não de protesto – que essas manifestações aparentam.