A praça é nossa: Beastie Boys Square

É oficial: a esquina anônima de Nova York que estampa a capa de um dos discos mais clássicos da história – não apenas do rap – agora leva o nome do trio que a colocou no mapa. O cruzamento das ruas Ludlow e Rivington, no Low East Side nova-iorquino, está na capa do segundo disco dos Beastie Boys, o revolucionário Paul’s Boutique, e foi palco neste sábado para a celebração que viu a transformação do endereço oficialmente em Beastie Boys Square – a praça dos Beastie Boys. É a conclusão de um processo inicial após a morte de um de seus fundadores, o rapper Adam “MCA” Yauch, em 2012, quando um fã chamado LeRoy McCarthy resolveu tentar mudar o nome do endereço por vias oficiais. A tramitação burocrática levou todo esse tempo e os dois beastie boys remanescentes, Michael “Mike D” Diamond e Adam “Ad-Rock” Horovitz, estiveram presentes na inauguração. “Agradeço a Nova York por nos ensinar o que ver, o que ouvir, o que vestir, como amar, como viver”, disse Ad-Rock durante o evento, “me deixa muito feliz saber que daqui a uns 50 anos algum moleque vai olhar pra cima e dizer: ‘que porra é um beastie boy? Por que eles têm uma praça?”. A cerimônia foi transmitida pela YouTube do grupo e pode ser assistida abaixo:  

A história de Nova York no elevador do novo World Trade Center

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Um recurso visual no elevador do novo World Trade Center permite que seus passageiros possam acompanhar a evolução da paisagem urbana de Nova York no último século à medida em que sobem-se seus andares – contando, inclusive, com um breve relance das torres gêmeas do WTC original.

Todo o show: Blur ao vivo em Nova York

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E como fez em Londres há um mês e meio, o Blur foi para Nova York fazer um show pequeno, no Music Hall of Williamsburg, no Brooklyn, na primeira sexta deste mês. Lá, o grupo inglês mostrou basicamente todas as músicas de seu disco deste ano, The Magic Whip, em versão ao vivo, mais alguns brindes (“Beetlebum”, “Trouble in the Message Centre” e “Song 2”, todas no bis) como havia feito na Inglaterra. Compilei os vídeos a seguir:

Björk em exposição no MoMA

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É uma idéia óbvia e, no caso dela, inevitável: o Museum of Modern Art de Nova York convidou Björk para criar uma exposição sobre sua carreira, que reúne objetos pessoais, memorabilia de clipes, discos e turnês, além de filmes e sons tirados do disco-aplicativo Biophilia e uma peça central chamada Black Lake, descrita como uma “experiência imersiva de filme e música de dez minutos” criada em parceria com o diretor Andrew Thomas Huang e a empresa de 3D Autodesk. O escritor islandês Sjón também foi convocado para dar uma nova dimensão à narrativa da exposição, que ficará em cartaz a partir de março até junho desse ano, além de dar origem ao catálogo Mid-Career Retrospective with New Comissioned Piece for MoMA.

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Avisem ao André do MIS!

John Waters vai refilmar Pink Flamingos… com crianças!

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Sem filmar desde 2004, John Waters preparou uma gracinha pro começo do ano que vem que promete: a Marianne Boesky Gallery em Nova York abrirá uma mostra sobre o trabalho do diretor que trará nada menos que uma versão infantil para o clássico trash Pink Flamingos. Considerado “o filme mais nojento de todos os tempos” (na época, hoje tranquilamente já foi ultrapassado, consciente e inconscientemente), o filme é a jóia na coroa de baixarias do travesti Divine e a nova versão será uma leitura de uma versão limpa do roteiro – sem as referências sexuais e escatológicas do texto -, o que a galeria garante que “deixa mais pervertido que o original”. Inevitavelmente veremos este vídeo online – mas que 2015 promete, isso promete!

Banksy em Nova York: “O quê? Ele tem 38 anos? Putz”

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A “residência” de Banksy em Nova York no ano passado foi celebrada pelo Webby Awards deste ano, que lhe conferiu o título de “Pessoa do Ano”. Veja abaixo o vídeo que o próprio artista enviou para o evento, recapitulando como foi seu outubro de 2013 – e como as obras expostas naquele mês repercutiram online:

“All My Loving”, via Arctic Monkeys

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E por falar nos 50 anos da apresentação dos Beatles no programa do Ed Sullivan, os Arctic Monkeys aproveitaram o show que fizeram no Madison Square Garden, em Nova York, no sábado, para relembrar o acontecimento. “Aparentemente, um em cada três americanos assistiram àquela apresentação, então se tivermos sorte, um em cada três americanos poderão assistir a isso no YouTube”, disse Alex Turner, antes de começar uma versão correta para “All My Loving”.

Atualização: o Bracin descolou a íntegra do áudio desse show, o maior show que os Monkeys fizeram nos EUA. Replico abaixo, junto com o setlist:

 

Todo o show: Talking Heads ao vivo no CBGB’s, em dezembro de 1975

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Meia hora de Talking Heads clássico, não precisa agradecer…

O setlist segue abaixo:

 

Todo o show: Meia hora de Run DMC ao vivo em Nova York, 1985

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E até hoje tem quem diga que rap não funciona em show…

Julian Assange ♥ M.I.A.

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E ninguém menos que Julian Assange entrou ao vivo por Skype na sexta-feira passada para apresentar o primeiro show da nova fase de M.I.A., no Terminal 5, em Nova York. Ele falou por dez minutos aos fãs da cantora e elogiou-a como sendo “a mulher mais corajosa da música ocidental em atividade” além de citar a faixa da cantora, “The Message”, de 2010: “iPhone conectado à internet / Conectado ao Google / Conectado ao governo”, além de acrescentar que “ela tinha razão” à luz das revelações feitas por Edward Snowden neste 2013.

O áudio tá ruim e eu não achei a transcrição do discurso de Assange, por isso se alguém encontrá-la por aí, por favor cola nos comentários. A foto que ilustra o post é do Brooklyn Vegan.