Quem vai no Jon Spencer hoje?

Vai ser demais.

Chegar chegando: Analógico/Digital – Alexandre Matias x Camilo Rocha

E aí, ansiedade? Taquicardia? Disforia? Irritabilidade? Insônia? Náusea? Hipertensão? Até consigo imaginar os sintomas da síndrome de abstinência do Trabalho Sujo. O site só volta à ativa de fato na próxima segunda, dia 10, mas já nessa quinta-feira começo a matar as vontade pessoalmente, quando coordeno a primeira Analógico/Digital sem os meninos do Veneno Soundsystem. E sempre que a minha versão da festa ocorrer, acontecerão duelos – o primeiro deles, pra chegar chegando, é com ninguém menos que o bróder e mestre Camilo Rocha, que chega pra dividir os discos comigo, na primeira vez que discotecamos juntos. Quem fez o flyer foi o compadre Jairo. E se você quiser ir sem pagar nada, deixa seu nome e email aí nos comentários que até às 19h da própria quinta eu te aviso se dá pra você entrar no Alley na faixa. Bora lá?

Analógico/Digital | Alexandre Matias x Camilo Rocha
Quinta-feira, 7 de julho de 2011
Alley Club: Rua Barra Funda, 1066. Barra Funda. São Paulo. Telefone: 3666-0611
A partir das 23h
Preços: R$ 30,00 de entrada (entrada gratuita das 23h às 0h com apresentação do cupom disponível no site do Alley – ou com nome na lista, comente esse post e deixe seu email para contato posterior)

Analógico/Digital

Nessa quinta inicio minha parceria com o trio Veneno no Alley. A festa Analógico/Digital é decorrência direta da inacreditável festa de 15 anos do Trabalho Sujo. A idéia é uma versão laboratório da balbúrdia homérica daquele dia histórico, em que grooves de diferentes épocas e países transformam a festa em um delírio dançante daqueles. Ela acontece todas as quintas e sempre terá happenings inesperados e convidados incríveis. Na primeira edição, no entanto, só o núcleo duro: eu, Peba Tropikal, Maurício Fleury e Ronaldo Evangelista esquentamos a noite com doses cavalares de música boa. Quer entrar de graça? Deixa seu nome nos comentários desse post até às 20h que vamos sortear alguns VIPs…

Analógico/Digital – A estréia
DJs: Alexandre Matias, Peba Tropikal, Ronaldo Evangelista e Maurício Fleury.
Endereço: Alley Club. Rua Barra Funda, 1066 – Barra Funda. São Paulo.
Telefone: 3666 0611
Preços: R$30,00 de entrada ou R$ 60,00 de consumação.
Entrada gratuita das 23h às 0h com apresentação do cupom disponível no site.

Dorgas ao vivo

Sábado passado, na Casa do Mancha.

Só não fui por causa do frio, mal aê, Dorgas.

Gang of Four ou Fujiya & Miyagi?

Indeciso sobre o programa de domingo?

ou

Mas dá pra ver os dois! O Festival da Cultura Inglesa começa ao meio-dia e vai até às 20h (o Gang of Four começa às 18h, mas antes tem Mockers, Blood Red Shoes e Miles Kane – eu que escolhi) e o Cinetério começa às 21h (sendo que o show dos ingleses é a última atração). O maior “problema” da indecisão é a distância entre os dois pontos, o primeiro show no Ipiranga e o segundo na Vila Nova Cachoeirinha. Mas se o seu programa for o festival que tomou o bolo do Cee-lo, esteja avisado:

Enquanto isso, na rua Augusta…

Mais especificamente no Comedians, o bar do Rafinha Bastos.

Vi no Twitpic da Bia.

Como foi o show do Teenage Fanclub em São Paulo


Teenage Fanclub – “Start Again” / “Sometimes I Don’t Need To Believe In Anything”

Foi demais.


Teenage Fanclub – “Don’t Look Back”

Pra começar, elogios ao Whisky Festival que, mesmo com seu nome genérico que causava a estranha sensação de estarmos numa redoma de ficção (sabe aquelas novelas em que aparecem, sei lá, umas Lojas Magazine ou Banco Monetário?), fez bonito ao fazer pequeno – e mirar num público bem específico.


Teenage Fanclub – “Baby Lee”

O evento, barato para os padrões de shows internacionais em São Paulo, aconteceu na mesma The Week que assistiu a uma abarrotada apresentação do Franz Ferdinand em 2009. Mas além do Franz ser um nome muito maior do que o Teenage, o evento anterior (houve outro show de rock ali desde então?) também foi a festa de uma marca de bebida, que, ingressos liberados pra geral, fez a boate da Lapa parecer uma panela de pressão, de tanta gente espremida.


Teenage Fanclub – “About You”

Ou seja: podiam socar mais gente, mas preferiram uma lotação que, embora esgotada, passou longe do insuportável. E o fato da banda ser pequena ajudou essa configuração – e a determinar o público da noite. Pequena sim: o Teenage Fanclub em 2011 pode até ser considerada uma banda de média escala se levado em consideração seu passado fonográfico, mas em comparação com outras bandas de hoje em dia, seu alcance é bem restrito e isso fez que a noite de quarta da semana passada fosse focada num segmento bem específico, tanto em termos de gênero musical escolhido (indie rock) e faixa etária (30-40). Não parecia coincidência aquela quarta ter sido a mesma que viu o Milo Garage renascer na Pompéia, longe da pequena Minas Gerais que fez sua fama.


Teenage Fanclub – “Star Sign”

O festival ainda tinha um trunfo particular para meu gosto etílico: a única bebida à venda era o destilado que batizava a noite, para desespero dos cervejeiros. Mas numa noite em que o público-alvo não era “xovem”, beber uísque não foi propriamente um drama para os incautos. Não era o meu caso. E o evento ainda acertou na mosca ao distribuir água mineral, em vez de vendê-la pela metade do preço de uma dose de uísque, como acontece normalmente em São Paulo.


Teenage Fanclub – “I Don’t Want Control of You”

Assim, o público estava longe de uma massa de trendsetters e wannabes fazendo pose uns para os outros e se reconhecia como integrantes de uma tribo cuja identidade coletiva se perdeu no tempo – os indies dos anos 90, que tomavam partido entre Blur ou Oasis, Goo ou Dirty, Nirvana ou Primal Scream e que hoje se espremem entre o indie corporativo (pós-Strokes) e o hipster. E o Lucio, que estava discotecando antes do show começar, preferiu optar por hits de hoje em dia em vez de apelar para o passado (como fez à medida em que o show se aproximava), causando tédio e não expectativa no público que esperava o Teenage.


Teenage Fanclub – “Mellow Doubt”

Dito tudo isso, resta o show, que, mesmo encantando de forma hipnotizante o público presente, não teve o mesmo pique dos shows que fizeram no Brasil em 2004. É a idade batendo no grupo que batizou-se adolescente. Isso reduziu a marcha das músicas que mais empolgaram, mas caiu bem nas faixas mais recentes, em especial as da segunda década de atividade do grupo. Mas se o ritmo já não solta faíscas, isso é compensado com o carisma da banda, incomparável. E bastou passear por uns poucos hits para saber o território em que estava pisando, puxando coros em uníssono, provocando sorrisos largos e corpos sendo carregados em câmera lenta.


Teenage Fanclub – “Sparky’s Dream”

Durante pouco mais de uma hora, tínhamos voltado aos anos 90 – quando tudo parecia tão menos complicado, mais sincero e feliz.


Teenage Fanclub – “The Concept”

O setlist do Teenage Fanclub em São Paulo

Antes do show tava assim:

Depois ficou assim:

veio o Jairo e deu um trato (além de incluir “Neil Jung”, que não estava prevista):

Curtiu? Dá pra baixar o PDF do poster aqui. E segundo o Jairo, isso é o início de um projeto – outros virão. Aguardemos.

Tineije tchudei

Quem vai? A Frá aproveitou a segunda vinda dos tioneijes pra fazer um especial “minha primeira vez com o Teenage Fanclub” no seu blog. Eis a minha contribuição:

“The Concept”
Foi a primeira música deles que eu vi na vida, lembro direitinho, festival de Reading de 1992, por algum motivo transmitido pela TV Bandeirantes (num tempo em que nem eles se referiam a si mesmos como “Band”). Por conjunções astrais inexplicáveis, estava, ao mesmo tempo, valorizando o lado cancioneiro dos Beatles – aquela época em que você percebe que o “Rubber Soul” é tão importante quanto o “Revolver” – e descobrindo o Big Star via Replacements, e aí me vem essa banda, mais simples que tudo, valorizando a canção e a música pop num tempo em que as outras bandas que passaram naquela tarde de sábado tinham nomes como Ned’s Atomic Dustbin, Swervedriver ou Wonder Stuff. E mesmo sendo o festival que lançou o Nirvana para o resto do mundo, são as camisas listradas do Teenage e o vestidinho curto de PJ Harvey (cantando “Sheela-Na-Gig”) minhas lembranças mais precisas daquela tarde dos meus 17 anos. Foi o suficiente para sair atrás de um disco de nome comprido, que tinha um saco de dinheiro desenhado na capa, rosa-choque e amarelo-limão. Fui encontrá-lo em CD, nas lojas Americanas, edição que carrego comigo até hoje.

Ela também desenterrou o setlist do terceiro show que eles fizeram no Sesc Pompéia, em 2004:

Hoje vai ser demais.

English soulboy


Jamie Lidell – “Another Day”

Bem bom o show do Jamie Lidell na quinta passada, na Clash, apesar do público mirrado. Fiz uns videozinhos, olha aí:


Jamie Lidell – “I Wanna Be Your Telephone”


Jamie Lidell – “You Got Me Up”


Jamie Lidell – “Multiply”