As datas de exibição do documentário sobre Kurt Cobain nos cinemas brasileiros

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Montage of Heck, que parece ser o documentário definitivo sobre Kurt Cobain, já tem data e locais de exibição nas salas de cinema do Brasil. Falei sobre isso lá no meu blog do UOL – além de incluir duas cenas do documentário em que o líder do Nirvana mostra que não era só um junkie depressivo avesso ao sucesso: http://matias.blogosfera.uol.com.br/2015/04/29/documentario-mostra-kurt-cobain-engracadinho-e-sera-exibido-no-brasil/

Tem uma avalanche de Nirvana vindo aí…

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O documentário Montage of Heck, sobre Kurt Cobain, está vindo aí e deve dar início a uma onda de nostalgia e uma releitura sobre a personalidade do líder do Nirvana. Escrevi sobre isso no meu blog do UOL:
http://matias.blogosfera.uol.com.br/2015/04/16/assista-ao-nirvana-tocando-para-apenas-duas-pessoas/

Kurt Cobain aos 14 anos

Kurt Cobain aos 14 anos

O suicídio de Kurt Cobain completou 21 anos no início deste mês, mas a efeméride é só o começo de uma avalanche de novidades relacionadas à biografia do líder do Nirvana que já estamos sendo submetidos desde o anúncio do novo documentário, “Kurt Cobain: Montage of Heck”. Editado a partir de entrevistas com pessoas muito próximas à vida de Kurt Cobain antes da fama e toneladas de material caseiro tanto em vídeo quanto em áudio, o filme dirigido por Brett Morgen é uma versão oficial da história de Cobain, uma vez que o diretor teve acesso ao acervo de Kurt através da viúva Courtney Love e a filha do casal, Frances Bean Cobain, atua como produtora executiva do documentário.

Entre as novidades que já apareceram estão os trechos de uma apresentação de uma versão primitiva do Nirvana apresentando-se em uma sala de estar para um público de duas pessoas, seguida de um trecho de entrevista com o baixista e amigo confidente de Kurt, Krist Novoselic. Duas cenas do filme oferecidas ao jornal New York Times:

O amigo conta que quando conheceu Cobain, ele trabalhava como faxineiro. “Ele sempre fazia alguma tipo de arte – normalmente desfigurando algo. Ele nunca ficava sem ter o que fazer. Isso apenas vinha dele; ele tinha de se expressar.”

Kurt e a filha Frances Bean Cobain, hoje produtora executiva do documentário

Kurt e a filha Frances Bean Cobain, hoje produtora executiva do documentário

Parte dessa expressão está registrada em mais de 100 fitas cassetes que Kurt Cobain guardava com registros de diferentes fases de sua vida, não apenas registrando estágios iniciais ou ideias para canções, mas falando ao telefone, comentando músicas que ouvia no rádio, falando sozinho. O diretor Morgen teve acesso a esse material, que foi armazenado num depósito por Courtney Love logo após a morte de seu marido e nunca mais haviam sido revisitadas. Desse material foi de onde saiu uma demo que a revista norte-americana Rolling Stone disponibilizou em seu site:

Em entrevista ao jornal New York Times, o diretor do documentário disse que queria mostrar o lado contraditório de Kurt Cobain – que além de ser um rock star deprimido com o próprio sucesso ele também era uma pessoa amável e bem humorada, sempre lembrada com carinho por pessoas mais próximas. Morgen dirigiu os ótimos “O Show Não Pode Parar” (sobre o produtor de cinema Robert Evans, responsável por “O Poderoso Chefão”, “Love Story” e “Chinatown”), “Chicago 10” (sobre os protestos de 1968 em Chicago, nos EUA) e “Crossfire Hurricane” (sobre os Rolling Stones) e achava que iria encontrar um clichê de história do rock que teria sua história contada em 18 meses. O trabalho se esticou por oito anos à medida em que o diretor pode mergulhar em um artista que conhecia superficialmente e que fora contratado para documentar. O filme ainda deve gerar um livro e um disco com a trilha sonora, ambos sem previsão de lançamento.

“Kurt Cobain: Montage of Heck” deverá estrear nos cinemas norte-americanos no dia 24 de abril e depois será exibido na HBO no dia 4 de maio. Não há previsão sobre exibições no Brasil, embora especule-se sobre uma única sessão no dia 12 de maio, ainda não confirmada. Assista ao trailer abaixo:

Ainda revirando o baú de Kurt Cobain

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A edição desta semana da revista Rolling Stone norte-americana traz mais uma matéria em busca da essência de Kurt Cobain e antecipa um trecho de uma demo inédita gravada pelo líder do Nirvana que está no novo documentário Montage of Heck:

A mesma edição também traz uma infame entrevista com a filha de Kurt, Frances Bean Cobain, que, entre outras coisas, disse que não curte tanto a música da banda do pai:

“Eu não gosto tanto de Nirvana assim (sorri). Foi mal pessoal da divulgação, da Universal. Eu curto mais Mercury Rev, Oasis, Brian Jonestown Massacre (ri). A cena grunge não é algo que me interessa, mas “Territorial Pissings” é uma música muito foda. E “Dumb” – choro sempre que escuto essa música. É uma versão desconstruída da percepção de Kurt sobre ele mesmo – sobre ele usando drogas, sem drogas, se sentindo mal por ter virado a voz de uma geração.”

E o Lucio crava que “Montage of Heck” só vai passar em uma única sessão, em uma única sala de cinema, em uma única cidade do Brasil. Tomara que se liguem que isso é uma burrada.

O documentário definitivo sobre Kurt Cobain?

Escrevi sobre o Montage of Heck, o novo documentário sobre Kurt Cobain, lá no meu blog do UOL: http://matias.blogosfera.uol.com.br/2015/03/11/veja-o-trailer-sobre-documentario-que-revela-o-lado-intimo-de-kurt-cobain/

O rock como o conhecíamos acabou quando Kurt Cobain deu um tiro em seus miolos, em 1994. A ascensão do Nirvana foi o curto circuito final entre a indústria fonográfica e o modus operandi faça-você-mesmo vindo do punk rock, algo que havia começado desde os primeiros dias do punk (a trajetória dos Sex Pistols é o melhor exemplo disso) e que resultou na criação do circuito independente (ou “college” ou alternativo ou “indie”) nos Estados Unidos. Kurt, filhote destas duas mitologias, funcionou como um capítulo final para o gênero que já foi sinônimo de transgressão, de rebeldia, de subversão. Depois de sua morte, o rock virou um motivo meramente estético e poucos artistas conseguiram ir além de caricaturas ou homenagens a arquétipos anteriores e o gênero foi se tornando cada vez mais conservador, reacionário, anacrônico e repetitivo. Todo o lado progressista e contestador do rock foi parar em outros gêneros musicais e, principalmente, outras mídias, sobretudo a cultura da internet.

Para entender melhor o que significou o suicídio de Kurt Cobain, o documentarista Brett Morgan passou quase uma década trabalhando em cima de um filme que contasse a história de Kurt antes da fama. Olhando através de sua família, o documentário Kurt Cobain: Montage of Heck, que conta com a filha de Kurt, Frances Bean Cobain, entre seus produtores, tem entrevistas com seus parentes e amigos próximos, que mostram como uma criança feliz virou um adolescente revoltado que tentou sua salvação através do rock – apenas para ser esmagado pela máquina de hype.

O documentário foi sucesso no festival de Sundance desse ano e irá ser exibido pela HBO nos Estados Unidos no dia 4 de maio.

Kurt Cobain

O filme foi exibido no Festival de Berlim deste ano e o UOL conferiu.

4:20

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Vida Fodona #437: Simplesmente aperto o rec

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Olha aí de novo.

Beastie Boys – “Mark on the Bus”
Walter Franco – “Feito Gente”
Nirvana – “All Apologies”
Daft Punk + Julian Casablancas – “Instant Crush”
Bárbara Eugênia – “Sozinha (Me Siento Solo)”
Garotas Suecas – “Bucolismo”
Hall & Oates – “Kiss On My List”
Robin Thicke + Pharrel + T.I. – “Blurred Lines”
Spice Girls – “Never Give Up On the Good Times”
N.W.A. – “Express Yourself”
Racionais MCs – “Pânico na Zona Sul”
Newcleus – “Computer Age (Push the Button)”
Disclosure – “When a Fire Starts to Burn”
Jimi Hendrix Experience – “Still Raining, Still Dreaming”
Chocolate da Bahia – “Ele Guenta”
Planet Hemp – “Contexto”
João Bosco – “Cobra Criada”

Vamo?

Joan Jett, Kim Gordon, Lorde e St. Vincent em tributo ao Nirvana durante a cerimônia de introdução da banda ao Rock and Roll Hall of Fame 2014

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O Nirvana foi um dos homenageados na vigésima nona cerimônia do Rock and Roll Hall of Fame, que aconteceu na noite de quinta pra sexta no Barclays Center of Brooklyn, em Nova York. E mesmo que esse prêmio, na prática, não signifique grande coisa, a noite de ontem serviu para reunir novas e velhas estrelas como Joan Jett, Kim Gordon, Lorde e Annie Clark (aka St. Vincent) para celebrar a importância da banda ao lado dos integrantes remanescentes da banda, Dave Grohl, Krist Novoselic e Pat Smear. Seguem os vídeos abaixo:

 

Hits aos pedaços

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A Ju lembrou daquele post com as faixas de cada instrumento do Led Zeppelin em separado quando trombou com este site. Basta escolher uma música, esperar carregar as faixas, dar play e perder algumas horas brincando com os pedaços dos hits que você conhece de cor. Valeu Ju!

A entrevista perdida de Kurt Cobain

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A série Blank on Blank, da emissora norte-americana PBS, resgatou o áudio de uma entrevista que Jon Savage fez com Kurt Cobain para a Guitar World em 1993 e transformou-a nesta bela animação sobre identidade e rock’n’roll. Quem quiser traduzir, é só colar nos comentários – e eu publico aqui.

Só o vocal: “Smells Like Teen Spirit”, Kurt Cobain

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Mais um exemplar desta série de a capellas: