My Magical Glowing Lens para dentro


(Foto: Alexandre Barcelos/Divulgação)

Gabriela Terra sai da toca. A mente por trás do My Magical Glowing Lens finalmente dá notícias após um longo período distante da música, quando teve que voltar ao seu Espírito Santo e trabalhar em outras áreas para sobreviver durante o período pandêmico. Depois de passar um tempo no Recife e começar a colher os frutos de seu primeiro álbum Cosmos (2017), ela, como todo o planeta, entrou em um longo período de reclusão que inevitavelmente impactou em seu som. Deixou a guitarra de lado e abraçou o sintetizador, além de ter colaborado com a cena capixaba de rap e trap (por considerá-los muito além na discussão sobre música do que a cena de rock de seu estado, que considera conservadora), e passou a investigar suas próprias perturbações. E se no trabalho anterior ela olhava para o espaço exterior, sua nova fase busca o cosmos que cada um contém em si. “Sobrevoar”, primeiro fruto desta nova obra, será lançado nessa sexta-feira em todas as plataformas digitais, mas ela preferiu antecipar aqui no Trabalho Sujo, mostrando inclusive o clipe que fez para esta nova fase de sua carreira. O single é produzido por Pupillo, que ela conheceu como produtor a partir dos trabalhos do ex-baterista da Nação Zumbi com a cantora Céu, e conta com o baixista de Céu, Lucas Martins, entre os instrumentistas, além do tecladista Bruno Saraiva, da banda Kalouv, que também tocava com Gabriela quando ela morava no Recife. “Sobrevoar” foi mixada por Benke Ferraz, dos Boogarins, e masterizada por Alexandre Barcelos, que também dirigiu o clipe, e traz uma psicodelia mais introspectiva, que deve ser a tônica do próximo álbum, que sua autora ainda está em fase de amadurecimento.

Assista abaixo:  

Fenda desconstruída

papisa

Papisa está preparando um EP de remixes para fechar o ciclo de seu primeiro álbum, Fenda, e chamou sua turma para desconstruir o disco faixa a faixa. Entre as convidadas estão Tati Lisbon, Larissa Conforto, Vivian Kuczyncski, Theo Charbel, entre outros, além do remix que a senhorita My Magical Glowing Lens, a capixaba Gabriela Terra, que dá início aos trabalhos com o remix de “Semente”, que Gabi já estava fazendo quando Papisa a convidou, e leva a música da paulista para uma fronteira imaginária entre o dub e Índia, numa viagem pesada em câmera lenta.

Tudo Tanto #67: My Magical Glowing Lens

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Na edição dessa sexta da minha coluna Tudo Tanto conversei com a Gabriela Deptulski sobre a nova fase de seu My Magical Glowing Lens, que agora é uma banda de uma mulher só que topa trabalhar em diferentes formatos, como o show que fará com mais oito músicos neste domingo no Sesc Interlagos – leia lá no Reverb.

Começando 2019 por Pernambuco

bk

A quarta edição do festival pernambucano Guaiamum Treloso Rural, que acontece no dia 9 de fevereiro do ano que vem, em Camaragibe (na região metropolitana do Recife) fechou sua escalação ao anunciar as presenças do rapper carioca BK (foto), da psicodelia capixaba do My Magical Glowing Lens, da novidade potiguar Luisa e Os Alquimistas e o músico pernambucano Escurinho, que se juntam aos artistas Cordel do Fogo Encantado, Jaloo, Carne Doce, MC Carol, Ana Frango Elétrico e Marrakesh – um bom apanhado na cena de midstream brasileira, já começando o ano temperando bem para todos os lados. O festival acontece na Fazenda Bem-Te-Vi e os ingressos já estão à venda (mais informações no site do festival).

Noites Trabalho Sujo 7.12.2018 | A última do ano!

nts-122018

Vamos lá para o último experimento deste turbulento 2018, encerrando as atividades do ano ao mesmo tempo em que celebramos o sétimo aniversário deste acondicionamento de boas vibrações que realizamos mensalmente no centro da maior cidade do hemisfério sul do lado ocidental do planeta. E para friccionar átomos e células subcutâneas, novamente chamamos o centro holístico de pesquisa musical Scream & Yell, capitaneado pelo novo-pai Marcelo Costa, que convida os suspeitos de sempre (Bruno Capelas, Bruno Dias e Renato Moikano), além de novos aliados (Mike, o inglês Kalli Ma e Renan Guerra), para mexer com corações, mentes e quadris ao mesmo tempo que desfilam pérolas de épocas e gêneros musicais diferentes no auditório preto de nosso simpósio. No lado azul, eu e – diz a lenda, caso sobreviva a uma discotecagem anterior – o mestre Danilo Cabral recebemos a maestra psicodélica Gabriela Deptulski, do My Magical Glowing Lens, e o garoto prodígio JP, ambos mostrando facetas menos indie na pista de dança. Não custa lembrar que só entra na festa quem enviar o nome para o email noitestrabalhosujo@gmail.com até às 21h desta sexta-feira.

Noites Trabalho Sujo @ Trackers
7 anos de Noites Trabalho Sujo!
Sexta-feira, 8 de dezembro de 2018
A partir das 23h45
No som: Alexandre Matias e Danilo Cabral (Noites Trabalho Sujo), Gabriela Depultski (My Magical Glowing Lens), JP (Live PA), Marcelo Costa, Kalli Ma, Renan Guerra, Bruno Dias, Bruno Capelas, Renato Moikano e Mike (Scream & Yell)
Trackers: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30, só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. Aniversariantes da semana não pagam para entrar (avise quando enviar o nome no email, por favor), bem como os 20 primeiros a chegar na festa.

My Magical Glowing Lens e Bike no Centro do Rock

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Duas forças na nova psicodelia brasileira – a paulista Bike e a capixaba My Magical Glowing Lens – se reúnem neste domingo, às 18h, no CCSP, para realizar mais um show conjunto dentro da programação do Centro do Rock – mais uma vez, de graça (mais informações aqui).

Centro do Rock 2018

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Mais uma vez celebramos o mês de julho com rock no Centro Cultural São Paulo em mais uma edição do Centro do Rock, com trinta atrações gratuitas em quinze dias de show na mítica Sala Adoniran Barbosa, um templo do gênero em São Paulo. Repetindo o sucesso do ano passado, o festival traz o melhor do novo rock brasileiro, reunindo bandas de norte a sul do país em shows de graça. São bandas de rock clássico, psicodélico, new metal, rock alternativo, hardcore, rock instrumental, noise, drone, pós-rock, rock progressivo, indie rock, shoegaze, pós-punk, entre outras variações do gênero de todos as regiões do país: do Ceará ao Rio de Janeiro, do Goiás ao Rio Grande do Sul, do Pará Paraná, do Mato Grosso ao Pernambuco, de São Paulo ao Rio Grande do Norte. A programação é a seguinte:

Quarta, 4, às 21h
Far from Alaska e Deb and the Mentals

Quinta, 5, às 21h
Giallos e Kalouv

Sábado, 7, às 19h
Papisa e Cora

Domingo, 8, às 18h
Stratus Luna e Bombay Groovy

Quinta, 12, às 21h
Oruã e Goldenloki

Sexta, 13, às 19h
Sky Down e Lava Divers

Sábado, 14, às 19h
In Venus e Mieta

Domingo, 15, às 18h
Gorduratrans e Def

Quinta, 19, às 21h
Black Pantera e Molho Negro

Sexta, 20, às 19h
Maquinas e Astronauta Marinho

Sábado, 21, às 19h
Carne Doce e Bruna Mendez

Domingo, 22, às 18h
My Magical Glowing Lens e Bike

Quinta, 26, às 21h
Macaco Bong e Odradek

Sexta, 27, às 19h
Picanha de Chernobill e Marcelo Gross

Sábado, 28, às 19h
Frieza e Basalt

Os melhores discos de 2017: 46) My Magical Glowing Lens – Cosmos

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“Tente entender o amor…”

Os indicados de 2017 da APCA

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Mais uma leva de indicados às categorias anuais da categoria de melhores do ano em Música Popular de acordo com o júri da Associação Paulista de Críticos de Arte, do qual faço parte. Depois das duas levas de discos (do primeiro e do segundo semestre), agora é a vez de saber quem são os indicados nas categorias artista do ano, show do ano, artista revelação e música do ano. A Adriana os antecipou em sua coluna no UOL e eu os trago pra cá. São eles:

ARTISTA DO ANO
Anitta
Chico Buarque
Mano Brown
Rincon Sapiência
Tim Bernardes

SHOW DO ANO
Cidadão Instigado – 20 anos
Curumin – (Boca ao vivo)
Far From Alaska – (Unlikely ao vivo)
Luiza Lian – (Oyá Tempo ao vivo)
Mano Brown – (Boogie Naipe ao vivo)

ARTISTA REVELAÇÃO
Baco Exu do Blues
Giovani Cidreira
Linn da Quebrada
My Magical Glowing Lens
Pabllo Vittar

MÚSICA DO ANO
Baco Exu do Blues – “Te Amo Disgraça”
Chico Buarque – “As Caravanas”
MC Fioti – “Joga o Bum Bum Tam Tam”
Pabllo Vittar – “K.O.”
Rincon Sapiência – “Meu Bloco”

Além de mim, votaram também nos indicados Marcelo Costa e José Norberto Flesch. O resultado da votação será divulgada na semana que vem.

25 discos brasileiros para o primeiro semestre de 2017

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Estes são os 25 brasileiros escolhidos na categoria melhor disco do primeiro semestre deste ano pelo júri da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), do qual faço parte.

Aláfia – SP Não é Sopa
Boogarins – Lá Vem a Morte
Corte – Corte
Criolo – Espiral de Ilusão
Curumin – Boca
Do Amor – Fodido Demais
Domenico Lancellotti – Serra dos Órgãos
Don L – Roteiro Pra Aïnouz vol.3
A Espetacular Charanga do França – Chão Molhado da Roça
Felipe S. – Cabeça de Felipe
Giovani Cidreira – Japanese Food
Hamilton de Holanda – Casa de Bituca
João Donato + Donatinho – Sintetizamor
Juliana R – Tarefas Intermináveis
Kiko Dinucci – Cortes Curtos
Lucas Santtana – Modo Avião
Luiza Lian – Oya Tempo
Matéria Prima – 2Atos
Mopho – Brejo
My Magical Glowing Lens – Cosmos
Rincon Sapíencia – Galanga Livre
Rodrigo Campos – Sambas do Absurdo
Trupe Chá de Boldo – Verso
Vermes do Limbo + Bernardo Pacheco – Berne Fatal
Zé Bigode – Fluxo

Muita coisa boa sendo lançada este ano – e vem mais coisa boa neste semestre. O júri é composto por mim, José Norberto Flesch e Marcelo Costa e no segundo semestre escolheremos mais outros 25 discos. O Pedro antecipou a lista e publicou os links para ouvir os 25 discos em seu blog no Estadão.