Adeus ano velho!

Taí um jeito de encarar o disco do Metallica com o Lou Reed:

It might be a successful simulation of how it feels to develop schizophrenia while suffering from a migraine, although slightly less melodic.

Yet there’s still something vital about Lulu that needs to be remembered, even as you rip it off MediaFire and immediately forget the name of every single track: This was the dream. If considered in a vacuum, this absurd collaboration that no one wants to take seriously (or even play more than once) is the ultimate manifestation of what was once viewed as the idealized, unattainable goal of mainstream art. Just by existing, Lulu represents at least four things:

  1. Two historically significant artists merging unrelated genres for no defined reason.
  2. Adult, self-aware musicians following their own creative vision, devoid of commercial pressure or responsibility.
  3. An attempt to produce something authentically different from anything we’ve ever heard before, motivated only by a desire to see what would happen.
  4. A confident, unvarnished attempt at taking arcane high art (Lulu is based on theatrical German expressionism from the early 20th century) and repackaging it for denim-clad teenagers huffing gas in Arizona parking lots.

If you think about Lulu within those specific parameters, it seems admirable. It almost feels important. But those thoughts are annihilated by the inevitable experience of actually hearing it. If these cagey tunesmiths had consciously tried to make a record this simultaneously dull and comedic, they’d never have succeeded; the closest artistic equivalent would be what might have happened if Vincent Gallo had been a script consultant for The Room. To be fair, the end of the album does have one song that’s mildly OK — a dreamy, unaggressive, 20-minute exploration titled “Junior Dad” that will probably resonate with Damien Echols. There’s also a track called “The View” that’s pretty mind-expanding if you pretend the lyrics are literally about watching The View. But the rest of Lulu is as appalling as logic demands. If the Red Hot Chili Peppers acoustically covered the 12 worst Primus songs for Starbucks, it would still be (slightly) better than this. “Loutallica” makes SuperHeavy seem like Big Star. But this is what happens in a free society. Enjoy your freedom, slaves.

Chuck Klosterman manda muito bem…

Paula Fernandes x Metallica

Deve ser praga por causa do Lulu.

O fim do mundo vem aí mesmo em 2012: Metallica voltou a tocar com o Dave Mustaine

Isso rolou na noite desse sábado, em San Francisco, quando o Metallica comemorou suas três décadas de atividade. E não duvide se os planos (e contratos) de discografia reeditada, turnê mundial de comemoração dos 30 anos da banda, disco novo, página no Facebook e tudo o que estiver à mão já estiverem no jeito. O show ainda teve o Ozzy e o Geezer tocando clássicos do Black Sabbath, junto com a James, Lars e companhia.

2012 promete!

Lou Reed, Metallica e… Darren Aronofsky

Sabe o que é pior?

Não duvide que daqui a cinco, dez, vinte anos, alguma banda, artista, cena redescubra esse disco, o reconheça como sendo uma obra-prima perdida e o futuro possa ser habitado por bandas de metal ruim com vocalistas toscos fazendo spoken-word sem noção de nada…

4:20

Sabe o que pode ser pior do que o disco do Lou Reed com o Metallica?

A versão que eles fizeram pra “White Light White Heat”.

O pior é que daqui a 10 anos vai vir um maluco falando que esse disco é uma obra-prima subestimada…

Metallica, Lou Reed e… Muppets!

Ah, agora sim, deu pra entender tudo!

E se eu te disser que o disco do Metallica com o Lou Reed é um disco duplo que tem uma música que chega a 20 minutos…

…você tem coragem de escutar? Boa sorte, então. Mas, antes, um conselho, eles botaram 30 segundos de cada música no Soundcloud. Recomendo ouvi-las antes de tentar encarar… Acho que é o som mais perto de um pesadelo que eu ouvi esse ano. E não digo isso como elogio, não…


Lou Reed & MetallicaThe View (30-second Preview) (MP3)

Mini Band e o futuro do rock’n’roll

Se liga nessa Mini-Band que eu vi no Sicko

Eles têm entre 8 e 10 anos…

É bem óbvio imaginar que, em uns cinco ou seis anos, isso vai deixar de ser raro, uma exceção. Cada vez mais crianças começarão a tocar rock bem mais cedo, eis a bomba-relógio que o lado comercial do rock’n’roll (assumido como atitude a partir dos anos 80) não contava. Ou seja, se antes dos dez anos você já tocava covers de Muse e do Metallica, que tipo de música você estará fazendo aos dezesseis? Quais valores serão contestados?

O futuro é tão brilhante que eu preciso de óculos escuros.

Todo o show: Rock in Rio 2011 e o mainstream zumbi


Stevie Wonder

Fiz um exercício de eliminar o Rock in Rio da minha vida e me senti como se não acompanhasse uma novela, um reality show, um campeonato de futebol – e olhando assim à distância é fácil perceber, pela escalação e natureza do evento, o quanto que o mainstream do pop caminha sozinho, na inércia, feito um zumbi – e carrega massas de zumbificados no embalo. Separei uma lista enorme de shows inteiros colocados no YouTube (essa moda nova), mas repare na natureza descartável e supérflua das bandas listadas, algumas jogando reputações inteiras na vala do “show pras multidões”. Separo o Stevie Wonder e Elton John como mestres desse mesmo mercado, idealizado entre os anos 70 e os 80 (não por acaso a época em que os dois artistas se consolidaram como hitmakers), mas repare como é possível viver completamente alheio a esse tipo de música. Isso porque eu não precisei listar Ivete Sangallo, Sepultura, Angra ou Capital Inicial, só pra ficar nuns exemplos mais óbvios.


Elton John