O fim do mundo de Lars Von Trier

Vi o Melancholia, do Lars Von Trier, na semana passada.

Não cheguei a desgostar, o que, pra mim, em se tratando do diretor dinamarquês, é lucro. Há cenas deslumbrantes com uma trilha sonora arrebatadora (“Tristão e Isolda”, de Wagner), uma atuação impecável de Charlotte Gainsbourg e uma mais ou menos de Kirsten Dunst, além de uma história que parece se desenrolar em uma DR familiar espetacular, mas que se perde em devaneios existencialistas esquizofrênicos. O início e o final do filme são ótimos, mas somando tudo não chega a uma nota 7. O que é uma nota alta, quando levamos em consideração que é um diretor autoral disposto a fazer ficção científica. E é mais ou menos a média do Von Trier, o diretor mais superestimado de sua geração. No entanto, vale ver no cinema – só as cenas à la Discovery Channel, em que Lars filma a Via Láctea em todo seu esplendor, já valem o preço do ingresso.

Filme catástrofe de arte

Ou seria o oposto? Eis o trailer do próximo Lars Von Trier: Melancholia.

Imagine um Impacto Profundo escandinavo. Acho que é por aí.