O segundo semestre de 2018 no Centro da Terra

Foto: Nino Andrés

Foto: Nino Andrés

Segura a programação do segundo semestre no Centro da Terra, que o Pedro antecipou no blog dele no Estadão (Rakta e Filipe Catto não conseguiram aparecer pra épica foto do Nino Andres)

Agosto:
Segundas (6, 13, 20 e 27) – Rakta
Terças (7, 14, 21 e 28) – Mawaca

Setembro:
Segundas (3, 10, 17 e 24) – Metá Metá
Terças (4, 11, 18 e 25) – Tássia Reis

Outubro:
Segunda e terça (1 e 2) – Filipe Catto
Segundas (8, 15, 22 e 29) – Universal Mauricio Orchestra
Terças (9, 16, 23 e 30) – Tika e Kika

Novembro:
Segundas (5, 12, 19 e 26) – Larissa Conforto
Terças (6, 13, 20 e 27) – Gui Amabis

Tá demais!

Mawaca: As Muitas Vozes da Voz

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Agosto está com as mulheres no Centro da Terra, começando pelo grupo Mawaca, tradicional núcleo de pesquisas de músicas do mundo que destaca seu grupo de cantoras e percussionistas – Angélica Leutwiller, Cris Miguel, Magda Pucci, Rita Braga, Zuzu Leiva e Valéria Zeidan – para uma apresentação sobre vozes femininas espalhadas pelo planeta que cantam sobre vozes femininas durante as terças-feiras do mês. O espetáculo As Muitas Vozes da Voz conta com a presença de diferentes convidados a cada terça-feira, mostrando a pluralidade e a vastidão do canto feminino na história da humanidade sobre pontos de vistas completamente distintos, sempre convergindo para voz e percussão. A primeira terça-feira, dia 7, traz o grupo sozinho, apresentando a temporada, seguido de terças com diferentes convidados: o violeiro João Arruda no dia 14, o rabequeiro Felipe Gomes no dia 21 e a percussionista Silvanny Sivuca no dia 14 (mais informações aqui). Conversei com a Magda Pucci, fundadora do grupo, sobre a temporada que elas pensaram para apresentar neste mês de agosto.

Qual será o show que o Mawaca apresentará no Centro da Terra?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-qual-sera-o-show-que-o-mawaca-apresentara-no-centro-da-terra

Qual é o conceito desta temporada As Muitas Vozes da Voz?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-qual-e-o-conceito-desta-temporada-as-muitas-vozes-da-voz

Como será a primeira terça-feira?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-como-sera-a-primeira-terca-feira

Quem é o convidado da segunda terça-feira da temporada?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-quem-e-o-convidado-da-segunda-terca-feira-da-temporada

E quem será o convidado da terceira noite?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-e-quem-sera-o-convidado-da-terceira-noite

Para concluir, fale sobre a convidada da última noite.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-para-concluir-fale-sobre-a-convidada-da-ultima-noite

Como esse espetáculo se diferencia por ser apresentado em um teatro?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-como-esse-espetaculo-se-diferencia-por-ser-apresentado-em-um-teatro

Há mudança de repertório entre as apresentações?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-ha-mudanca-de-repertorio-entre-as-apresentacoes

A temporada terá algum tipo de continuidade?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-a-temporada-tera-algum-tipo-de-continuidade

Virada psicodélica

faust

Tudo bem que vai ter Caetano Veloso, um arraiá pra Inezita Barroso (isso vai ser épico), um palco de Jovem Guarda, Fabio Júnior, não sei o que do Alex Atala, mas… como assim vai ter Faust na Virada Cultural e ninguém comentou nada?

O Faust é uma das bandas mais importantes do rock alemão dos anos 70 e há quem os considere o principal nome da cena que comumente conhecemos por krautrock (rótulo tirado de uma canção do grupo, diga-se). Particularmente acho o Can e o Kraftwerk mais importantes, mas há um ponto a ser levado em consideração, pois a banda batizada com o nome do personagem de Goethe realmente extrapolava os limites da música muito mais que os outros dois grupos. Enquanto o Can misturava James Brown, Velvet Underground e free jazz no mesmo improviso e o Kraftwerk reduzia tudo a seu clássico minimalismo eletrônico pré-digital, o Faust explorava as fronteiras do ruído branco, das colagens sonoras, das superposições. Se rotulavam “art-erroristas”.

A formação clássica da banda de Hamburgo contava com Hans Joachim Irmler, Arnulf Meifert, Jean-Hervé Péron, Uwe Nettelbeck, Rudolf Sosna, Werner “Zappi” Diermaier e Gunther Wüsthoff e parte deles, além de músicos de formações posteriores, circulam pelo mundo como Faust, a formação que vem a São Paulo é composta pelo guitarrista Jean-Hervé Péron e pelo baterista Werner “Zappi” Diermaier.

Mas o mais legal é o contexto da apresentação do grupo, que tocará num palco da Estação da Luz dedicado ao experimentalismo e à psicodelia musical. Os trabalhos começam às 18h do sábado, com os curitibanos do Ruído/mm (favoritos por aqui, você sabe), às 20h entra a parceria dos Hurtmold com o Paulo Santos do Uákti, Anvil FX e Modular Dreams chamam Edgar Scandurra e Dino Vicente para uma jam session às 22h e às 2 da madruga o Faust entra em ação, seguido pelos turcos do Insalar às 4h. A manhã de domingo começa com o fulminante Tigre Dente de Sabre às 8h, segue com os goianos suaves do Boogarins às 10h, o grupo paulistano Mawaca às 14h e o incendiário Metá Metá encerrando tudo às 16h.

Pesado. É isso aí, tem que ser assim, palmas pra iniciativa.