1) Girls – Father, Son, Holy Ghost
2) Metronomy – The English Riviera
3) Rapture – In The Grace of Your Love
4) Bonifrate – Um Futuro Inteiro
5) Memory Tapes – Player Piano
6) Washed Out – Within and Without
7) Karina Buhr – Longe de Onde
9) Gui Amabis – Memórias Luso/Africanas
10) Weeknd – House of Balloons
11) Anelis Assumpção – Sou Suspeita, Estou Sujeita, Não Sou Santa
14) Thurston Moore – Demolished Thoughts
15) Danger Mouse e Daniele Luppi – Rome
16) Radiohead – The King Of Limbs
18) PJ Harvey – Let England Shake
19) Wild Flag
22) ruido/mm – Introdução à Cortina do Sótão
23) Holy Ghost!
25) Marcelo Camelo – Toque Dela
26) Silva – Silva EP
27) Cícero – Canções de Apartamento
29) Wado – Samba 808
30) Bixiga 70
31) Burro Morto – Baptista Virou Máquina
34) Kiko Dinucci + Juçara Marçal + Thiago França – Metá Metá
35) Mayer Hawthorne – How Do You Do
36) Stephen Malkmus & The Jicks – Mirror Traffic
38) Ogi – Crônicas da Cidade Cinza
39) Frank Ocean – Nostalgia, Ultra
40) Justice – Audio, Vídeo, Disco
42) M83 – Hurry Up, We’re Dreaming
43) Ema – Past Life Martyred Saints
45) Red Hot + Rio 2
46) James Blake
47) Beastie Boys – Hot Sauce Committee Part Two
49) Mopho – Volume 3
Cinco horas de Vida Fodona pra terminar 2011 – em contagem regressiva até a melhor música do ano.
Banda Uó – “O Gosto Amargo do Perfume”
Britney Spears – “Till The World Ends”
Leandro Correa – “One More Avassalador”
Peter Bjorn & John – “Second Chance”
Mitzi – “All I Heard”
Streets – “Trust Me”
Lykke Li – “Youth Knows No Pain”
Blubell + Bruno Morais – “Triz”
Thurston Moore – “Benediction”
Computer Magic – “The End of Time”
Bo$$ in Drama – “Disco Karma”
Kassin – “Quando Você Está Sambando”
Young Galaxy – “We Have Everything”
Work Drugs – “Rolling in the Deep”
Criolo – “Samba Sambei”
Justice – “Audio Video Disco”
AM + Shawn Lee – “Somebody Like You”
Gang Gang Dance – “MindKilla”
Wilco – “Speak Into the Rose”
Domenico Lancelotti – “Cine Privê”
Vetiver – “Can’t You Tell”
Céu + Tulipa + Gui Amabis + Curumin – “Sal e Amor”
Beth Ditto + Simian Mobile Disco – “Open Heart Surgery”
Girls – “Love Like a River”
Cícero – “Pelo Interfone”
Marcelo Camelo + Hurtmold – “Acostumar”
Washed Out – “Eyes Be Closed”
Twin Sister – “Bad Street”
Bonifrate – “Antena a Mirar o Coração de Júpiter”
Weeknd – “What You Need”
SebastiAn + Mayer Hawthorne – “Love in Motion”
Starfucker – “Born”
SBTRKT – “Wildfire”
Foster the People – “Don’t Stop (Color on the Walls)”
Radiohead – “Separator”
Tom Vek – “World of Doubt”
Silva – “Imergir”
Foster the People – “Call It What You Want”
Letuce – “Insoniazinha”
Lana Del Rey – “Kinda Outta Luck”
Shawn Lee’s Ping Pong Orchestra + Curumin – “Não Vacila”
Pickwick – “Blackout”
Karina Buhr – “Cara Palavra”
M83 – “Midnight City”
Chet Faker – “No Diggity”
Junior Boys – “Banana Ripple”
Fabio Góes – “Amor na Lanterna”
Circo Motel – “Sunshine”
Holy Ghost – “Do It Again”
VHS or Beta – “I Found a Reason”
Washed Out – “Echoes”
Breakbot + Ruckazoid – “Fantasy”
Architecture in Helsinki – “Contact High”
Rapture – “How Deep is Your Love?”
Memory Tapes – “Wait in the Dark”
Bonifrate – “A Farsa do Futuro Enquanto Agora”
Foster the People – “Pumped Up Kicks”
Modeselektor + Thom Yorke – “Shipwreck”
Is Tropical – “The Greeks”
Cut Copy – “Take Me Over”
Rapture – “Never Die Again”
Neon Indian – “Polish Girl”
Gorillaz – “Empire Ants (Miami Horror Remix)”
Dorgas – “Loxhanxha”
Destroyer – “Kaputt”
Girls – “Vomit”
Lana Del Rey – “Video Games”
Holy Ghost – “Wait & See”
Washed Out – “Amor Fati”
Metronomy – “The Look”
Toro Y Moi – “I Can Get Love”
Mayer Hawthorne – “A Long Time”
Metronomy – “The Bay”
Maroon 5 + Christina Aguillera – “Moves Like Jagger”
Rocket Juice & the Moon – “Poison”
Marcelo Camelo se redimiu de um primeiro disco chato e voltou melhor no Toque Dela, não acham?
Camelo na ponte aérea, filmado por Jack Coleman.
A participação que o carioca fez no show do catarino-alagoano, semana passada, no Sesc Belenzinho, em São Paulo.
Acho tão foda eles serem tão foda-se. Ache fake ou pretencioso, mas eles tão mais é certos de se curtirem assim.
Mallu ao vivo
Blogando vida e obra
“Último dia de mixagem. Terminamos Moreno do Cabelo Enroladinho e fizemos Lonely. Amanhã é o dia de refazer o que falta ou precisa. Temos uma ou duas prioridades, mas estamos contentes com o resto. Acho que estou prestes a sofrer aquela tristeza do pós-disco… Aquele vazio, aquela insegurança… Preciso arrumar o que fazer… Acho que vou inventar de gravar uns clipes.”
Assim Mallu Magalhães chega aos finalmentes de seu terceiro disco, num post em seu blog publicado na sexta passada, resumindo o dia anterior. “Dia 27 de julho de 2011… #54 em estúdio” é o título do post, um dos muitos em que, em seu site, mallumusic.com, descreve o diário da gravação do novo álbum.
Mas não apenas um diário de gravação. É o diário de Mallu. É um blog no sentido mais essencial do formato. Não são notícias, informações que poderiam render notinhas ou análises sobre qualquer conjuntura atual. São pequenas epifanias caseiras, recortes de um cotidiano íntimo, às vezes pessoal demais, que transbordam para a internet. No mesmo post em que comemora e lamenta o fim do processo de gravação, ela divaga: “Enquanto Victor (Rice, técnico de som do disco) timbrava os últimos detalhes de Moreno do Cabelo Enroladinho, eu bordava numa das aquarelas que havia pintado ontem. E um feixe de luz colorido veio banhar minha obrinha. Não demorou, Vic ficou também impressionado e sugeriu novas posições. Fotografei o tal arco-íris nos meus pés, cabeça e à minha volta. Só pode ser um bom e lindo sinal de alegria para o Pitanga.”
Muita gente torce o nariz, acha forçado, acha fake, acha bobo. “Haters gonna hate”, repete o meme-mantra da internet que pode ser traduzido como “sempre vai ter alguém que odeie”. E Mallu, coitada, sempre foi alvo desses ‘haters’. Desde que surgiu empunhando seu violãozinho aos 15 anos, cantando Dylan e Johnny Cash com sua vozinha frágil e virou um dos melhores exemplos brasileiros de uma artista que usou a internet para se estabelecer, ela é alvo de brincadeiras, chacotas, paródias e pragas. As coisas não melhoraram quando ela começou a namorar Marcelo Camelo – outro que, ainda nos Los Hermanos, cansou de ser vítima da fúria de um público xingando tudo confortavelmente nos computadores de casa. Juntos viraram motivo para piadas de toda a sorte – algumas boas, a maioria bobas. Mas não os abalou.
E, mais que isso, não abalou Mallu. Prestes a completar 19 anos, ela deixa o mesmo ar lúdico de suas letras e melodias invadir seu blog, abrindo seu coração e mente sem medo de se expor ao ridículo. Ela não bloga porque ajuda no marketing, porque o empresário pediu ou porque cai bem com o público. Não que esses motivos não existam, mas ela mantém o blog pelo mesmo motivo que faz música: é natural para ela. Portanto, como reza outro mantra online, “deal with it” (“lide com isto”).
A edição é do Darlan.