Alan Moore vê TV

A Wizard entrevistou o Alan Moore sobre seus televisão e ele falou sobre alguns dos seriados favoritos aqui. Ele curte The Wire e South Park, não gostou do Family Guy ter pego leve com o Guerra nas Estrelas (“uma sátira aprovada!”, reclama), não gosta de Lost e Heroes e tem um mau presságio sobre o fim de Battlestar Galactica, além de comentar como funciona parte do entretenimento antes.

THE WIRE (HBO)
“It’s probably one of the best pieces of television I’ve ever seen. The only problem with it is that it makes everything else looks kind of sad and poorly written and poorly conceived. The fact is, that as, I think [series creator] David Simon justifiably says somewhere on the closing extra features,’ ‘Everything we raised, we resolved.’ And just that simple statement explains why ‘The Wire’ is so far ahead of any other television that I’ve seen. Every tiny little thing, even inconsequential things that were raised in the first series, were incredibly, dramatically resolved by the end of the fifth. It bears going back and watching again, probably several times.”

BATTLESTAR GALACTICA (Sci Fi)
“I have seen the first half of the final series of ‘Battlestar Galactica.’ It’s well done, but I’ll reserve judgment until I’ve seen the final episodes, because it could, as with so many of these things, end up as a bit of a mess. It seemed that they got a bit self-conscious about making some kind of political analogies that ended up being a bit confusing and ham fisted and perhaps spoiling. I feel that the big problem with most of these programs is that people start off with the good beginnings of an idea. That is disastrous because that is enough to get a show commissioned. So you’ve got the beginnings of a good idea and if it’s not brought to its conclusion properly, it won’t be a good idea at all; it’ll be a waste of everybody’s time. It’ll be a waste of the creator’s time, and more importantly it’ll be a complete waste of the audience’s time. I mean, if you have been following a show expecting it to have a kind of payoff and you’ve been following it for three or four seasons and then at the end, it turns out Bobby Ewing comes out of the shower and one of the characters wakes up and says, ‘Oh, Bobby, I’ve just had the most strange dream!’ You know? There’s a lot of hours, days of your life that you’re never gonna get back again, you know? So if people are gonna invest this much time and enthusiasm, genuine enthusiasm, in these shows, I really think that they ought to pay off. The writers ought to know what the end is; at least the important parts of it before they start and not do anything that is gonna turn out to be irrelevant, pointless or just a confusing red herring.”

LOST (ABC)
“I saw the first few episodes and there were already so many inconsistencies where all the writer would have had to have done was check back to the previous episode. I have no confidence in them knowing where they are going. I think they’re just thinking of weird things week by week.”

SOUTH PARK (Comedy Central)
“I’m very much enjoying the editions of ‘South Park’ that I’ve seen. I think that those guys have got real moral integrity, you know? They really have. They’re kind of fearless. I wouldn’t agree with everything that they say, but God bless them for saying it. I think [Trey] Parker and [Matt] Stone are real troopers. They’re really good.”

FAMILY GUY (Fox)
“I enjoy ‘The Family Guy’ and ‘American Dad’ stuff that I see. We only get them in dribs and drabs. You do tend to sigh a little bit when it gets to, ‘Boy, this is almost as bad as the time when Peter…’ blah, blah, blah fill in the clip. But at the same time, they do some bits that are kind of wonderful. I thought that the soft shoe shuffle of the Dumpster Babies [‘Airport ’07’ episode] was a memorable moment. On the other hand, I did watch the first five or ten minutes of that ‘Family Guy: Blue Harvest,’ and I thought it was rubbish. It was too cozy with George Lucas. It was an approved satire, and how toothless is that? But they’ve had their moments. They’ve done some good stuff. You can’t expect people to do brilliant stuff all the time. Although, actually, I still do.”

HEROES (NBC)
“I saw the last episode of Season One where the flying superhero [Peter Petrelli] and his brother, the exploding superhero [Nathan Petrelli], have a little moment and a bit of a hug and then the flying guy takes the exploding guy up into the atmosphere above New York where he undergoes a nuclear explosion to the great relief of all the spectators. You know, again, it wouldn’t have taken much. All you’d have had to do, as I understand it, and I speak as somebody who doesn’t actually have an Internet connection and has very little idea what an Internet connection is, but I understand there is this thing called ‘Google’ and that apparently you just have to put a couple of words into it and magically it will provide all your reference for you. You don’t even have to get up out of your seat. If you’d have just put, ‘nuclear explosion,’ say, into Google then I’m sure that somewhere in that it would have explained that an air burst is much, much, much, much, much, much worse than a ground burst. I hope that if that unlikely situation should ever come about, I hope that the superpowered beings who will presumably be around to save us from it are perhaps a bit more intelligent, otherwise we’re doomed. So no, I’m not a big fan of ‘Heroes,’ got to say.”

E por falar em Lost…

A volta do seriado foi um dos motivos para a queda do site Legendas.tv.

Como todos já devem ter percebido, o site Legendas.tv estava com problemas. Motivos destes problemas eram basicamente: sobrecarregamento e ataques.

Com a volta de Lost e o fim das férias, a visitação, em relação ao mesmo período do ano passado, praticamente triplicou. Fora isto o site estava sendo seguidamente atacado, o que dificultava ainda mais a resolução do problema.

Quanto a ACPM (Associação Anti Pirataria de Cinema e Música): ela entrou em contato com o datacenter no qual o Legendas.tv estava hospedado, criando assim um problema ainda maior.

O datacenter deu nullroute no IP do site. Ou seja: eles forçaram o site a sair do ar, cancelando o serviço oferecido ao Legendas.tv

Todas as medidas para normalização dos serviços estão sendo tomadas e maiores informações sobre o que está acontecendo com o site e sobre a questão da APCM serão divulgadas em breve.

O site irá voltar mas isso não acontecerá hoje.
Tenham paciência.

Leitura Aleatória 251


Photogeek_Theresa

1) Moleque do Slumdog Millionaire já está no novo filme do Shyamalan
2) Quem quer ver cenas extra do primeiro Bruxa de Blair?
3) Sean e Julian Lennon juntos?
4) Richard Alpert jura que não usa lápis de olho (hahaha)
5) Natalie Portman atuará em refilmagem de ‘Suspiria’
6) As embalagens “geniais” que inventam para CDs e DVDs
7) Google inicia esforço para identificar bloqueadores de internet
8) A-ha confirma dois shows no Brasil
9) Indústria do luxo perde brilho na crise
10) Músicos e bandas que usam o Twitter

Lost: Jughead

Bombando

Ok, começou pra valer – e se você não tiver assistido o terceiro episódio da nova safra de Lost, sai fora, porque daqui pra baixo o assunto é só pra quem já está alinhado com o resto do seriado. Como eu tinha dito, os dois primeiros capítulos que inauguraram a nova fase da história dos passageiros do vôo 815 funcionaram como um imenso “previously on Lost”, feito para caso algum louco se disponha a começar a assistir a história agora sem ver nada antes ter algum chão onde pisar. As duas cenas principais do episódio duplo mostram o cientista Chang em contato com propriedades até então desconhecidas da ilha maluca e a cientista Ms. Hawking fazendo cálculos e projeções para determinar onde a maldita ilha pode voltar a aparecer. Unidas pela frase “Deus nos acuda”, dita em timbre solene pelos dois personagens bissextos em suas respectivas cenas, elas nos ajudam a entender que o ano do seriado será racional e paranóico, frio, calculista, mas à beira de um ataque de nervos. Jughead, o episódio de quarta passada, foi a confirmação que este é o tom de Lost em 2009.

Porque é quando começamos a compreender uma história que foi apenas citada nos primeiros capítulos: o que está acontecendo com a ilha? Tudo bem, não precisamos de explicações propriamente científicas para descrever a situação. O próprio Faraday usou a metáfora do disco arranhado para explicar que a ilha está pulando por épocas diferentes, aparentemente sem destino estabelecido. Enquanto já entendemos que no 2007 dos Oceanic Six (sequer citados no episódio) Ben tenta trazer todos de volta para a ilha, outra enorme lacuna começa a ser preenchida e ela diz respeito às pessoas que ficaram lá.

Jughead nos leva para 1954, cinqüenta anos antes do vôo 815 cair na ilha, e para um tempo em que os Outros eram os únicos donos do pedaço. A Dharma não existia e o aparentemente imortal Richard Alpert reina absoluto, baixando o sarrafo em que se atreva a entrar lá. É para lá onde Faraday, Miles, Sawyer, Juliette, Locke e Charlotte vão, separados, confrontar-se com os Outros. Mas um deles já tinha ido para aquele ano – Daniel Faraday é recebido por uma jovem soldado chamada Ellie que o recepciona com um “você de novo?” e mais tarde é confrontado por Alpert sobre uma bomba que ele teria trazido em outra época para a ilha. Quem é essa moça? O nome dela evoca dois personagens citados pela série: o rato com que Faraday fazia suas experiências de viagem no tempo (batizado Eloise) e uma certa francesa, cujo prenome, Danielle, não pode ser encurtado como “Dani” e sim como…

E assim Ellie acompanha Faraday para desmontar a bomba que batiza o episódio. É interessante notar que Daniel, aos poucos, torna-se outro personagem: mais esperto, dinâmico, disposto, longe do Faraday assustado, ansioso e desmemoriado da temporada passada. E quando encontramos a tal bomba, Jughead está pendurada num andaime de forma que qualquer movimento brusco a faça sofrer uma queda curta o suficiente para detoná-la. Nem vamos entrar no mérito de como é que ela foi parar ali. Mas logo depois Faraday fala em enterrá-la com concreto e chumbo, o que nos cogita a possibilidade da tal energia bruta que causa as viagens do tempo vir da própria bomba. E que talvez a escotilha que Desmond tomava conta regulasse, de alguma forma, a energia vinda dela. A bomba aparece e desaparece da mesma forma – num susto. Mas é apresentada como uma imagem forte, mais um ícone emblemático para o cânone da série: uma bomba H armada a alguns centímetros do chão.

Se o episódio da semana passada não nos trouxe nada dos Oceanic Six, a ação fora da ilha ficou por conta de Penny e, principalmente, Desmond, que sabemos que tornam-se pais de uma criança chamada “Charlie” – e aqui também vale esquivar-se da possibilidade do garoto ser um dos Charles da trama antes de voltar para o passado (o roqueiro Charlie e Charles Widmore, pai de Penny – hein? Penny é mãe do próprio pai?). Ao perceber que a cena de Faraday pedindo para buscar sua mãe era uma lembrança e não um sonho, o escocês sai por Londres em busca de uma mulher que não sabe o nome. Busca por Daniel e descobre que o cientista nunca foi vinculado oficialmente a Oxford, apenas manteve suas pesquisas num quarto abandonado, sem a universidade ser avisada. E de lá conhece a história de uma mulher que, num aparente coma, foi abandonada por Faraday em meio a experiências – e fica sabendo que seu sogro, Charles Widmore, bancava as pesquisas de Daniel. Widmore encerra o papo dando a Desmond o paradeiro da mãe de Daniel (Los Angeles, onde estão os Oceanic Six), deixando a trama ainda mais entrelaçada. E tudo nos leva a crer que Ms. Hawking (cujo prenome, descobrimos através da legenda da reprise episódio The Lie, reexibido antes de Jughead, é Elloise) é a mãe de Daniel. Mas tem algo de errado aí – esse mistério me parece nada misterioso dado o histórico de Lost. Parece que tudo está entregue de bandeja: Ms. Hawking é a mãe de Faraday e a jovem Ellie em 1954. Está tudo muito fácil pra ser verdade.

Jughead também inicia a saga que talvez deva ser o centro da quinta temporada – como Locke torna-se o líder dos Outros e o que acontece para ele assumir uma nova identidade e sair da ilha (rodando a frozen donkey wheel?) em busca dos seis sobreviventes que deixaram a ilha em dezembro de 2004. O primeiro passo foi dado com um truque que o Locke do início da série nunca imaginaria – mas depois de tanto apanhar mentalmente de Ben, hoje John consegue mentir e jogar o verde para ter o que quer. E assim cita Jacob como se fosse velho conhecido ao mesmo tempo em que avisa para Alpert assistir seu nascimento, episódio que vimos na quarta temporada. As pontas vão lentamente se amarrando enquanto outras surgem discretas – aprendemos que os Outros usam o latim como língua principal e que Alpert é “velho”, num sentido muito amplo, o que nos abre a chance dos Outros existirem a talvez milênios. E a grande revelação do episódio veio quase corriqueira: Widmore era um Outro. E a aparição de Locke afirmando ser o próximo líder abalou tanto a firmeza de Alpert quanto a esperança do próprio Widmore assumir o comando – o que pode explicar toda sua obsessão com a ilha, desde o fato de não poder retornar para lá quanto a possibilidade de reencontrá-la. Assim, a disputa parece polarizada entre Widmore e Ms. Hawking, como se a briga entre o casal (pais de Faraday?) fosse o ponto de partida para o jogo de poder em que tanto os Oceanic Six quanto Benjamin Linus são apenas peões.

O que nos leva a Daniel Faraday. Quem é esse sujeito? Ele trabalhava na universidade de Oxford, mas em um quarto de limpeza, usando o cômodo para tocar pesquisas de viagem no tempo e batizou uma ratazana de laboratório com o nome de sua mãe? E por que ele estava chorando em sua primeira aparição na série? E seus problemas de memória, se foram? E a mulher em coma em Londres, qual sua relação com ele? Por que ele trabalha para Widmore?

Para mim, a pergunta central em relação a Daniel Faraday é a de época que ele veio. Desde o início da temporada passada, os cinco tripulantes do cargueiro que chegaram a ilha pareciam ser contemporâneos dos sobreviventes do acidente com o vôo 815, mas na primeira cena dessa temporada vimos Daniel Faraday em plenos anos 70, com a mesma cara e idade de hoje em dia. E em Jughead, tanto Ellie quanto Alpert indicam conhece-lo – e mais, que ele seria o responsável pela bomba colocada na ilha.

Minha teoria: Faraday era um zé-mané da Dharma que, com algum conhecimento em física, conheceu (na cena que abre o quinto ano da série) as propriedades sobrenaturais da ilha que permitem a viagem do tempo. De alguma forma, conseguiu ir para o passado e para o futuro, numa jornada que pode ou não ser crucial para o desenrolar dos fatos que deram origem a Lost. Sua importância na história do seriado ainda está para ser medida – ele pode ser tanto o responsável pela situação que deu origem ao jogo entre Charles e Elsie quanto apenas um soldado de Widmore, como Ben seria soldado de Hawking. Mas creio que ele nasceu nos anos 50 e de alguma forma conseguiu manter-se vivo viajando no tempo (lembre que “Desmond é a constante”, como ele mesmo escreveu em suas anotações). E, por isso mesmo, acho que seu amor recém-declarado por Charlotte é de outra natureza: Daniel seria irmão ou até mesmo pai da própria Charlotte, uma vez que ela nasceu na ilha.

E o episódio termina com todos viajando mais uma vez para o passado, antes mesmo da vila dos Outros ser construída. Será que em breve veremos a tripulação do navio Black Rock? Essa é uma chance muito boa para ser desperdiçada… E não duvide se um de seus passageiros for o ancestral Richard Alpert, murmurando em latim depois de dar (ou ouvir) ordens em inglês. E aí começaremos a desvendar uma história que não temos a menor referência do que pode realmente ser.

Resumindo, Lost voltou pesado. Bom pra quem gosta.

Hoje só amanhã: a quarta semana de 2009 e findo o primeiro mês

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A coelhinha da Playboy que levou uma passada de mão na Campus Party conta sua versão do ocorrido
Camiseta do Cersibon

Como desmontar uma bomba de hidrogênio

Falo mais sobre o terceiro episódio de Lost no domingo – e na semana que vem eu e o Ronaldo comentamos tanto esse Jughead quanto o capítulo anterior.

Lost: Jughead ao vivo

Por aqui. Não precisa agradecer.

4:20

Da bomb

Uou.

Amanhã eu continuo. Namasté e boa noite.

Nota: 7 pra esse episódio.

Hoje também é dia de Lost

Spoilerzaço do episódio de hoje, só vê se quiser…