Link – 15 de junho de 2009

Música socialBrasil pode ter sua própria ‘lei Sarkozy’‘Pirataria’ cresce como causaProvedores de acesso também reagem contra o projeto de leiCada vez mais sozinhos ou mais conectados?Há 30 anos, walkman fazia a música andar‘O universo musical é mais rico hoje que antes da web’Há 10 anos, Napster tornava a web socialThe Sims 3: Eles precisam de você para viver, se relacionar – e até se vestirClássico dos games de boxe volta em versão de tirar o fôlego – mesmo!Twittermania!Vida Digital: Matheus Souza (Apenas o Fim)

Música social

Cada vez mais compartilhada, a música do século 21 mudou nossos hábitos e a internet; mas a lei ainda não acompanhou essas mudanças


Todos de fone de ouvido em festa silenciosa na Virada Cultural de 2008 (foto: Mônica Bento/AE – 26/04/2008)

Nunca se fez tanta música quanto hoje. As possibilidades abertas a quem não tinha recursos ou técnica para fazer música permitiram que gerações inteiras finalmente pudessem produzir sua própria trilha sonora.

Seja criando música nova, remixando hits do passado ou regravando velhas canções, pessoas de diferentes faixas etárias se descobriram artistas e puderam finalmente reconhecer-se como músicos, independentemente de profissionais ou amadores. Mais: com a internet, essa produção passou a ser ouvida por gente que não tinha outros canais senão o rádio, o show e a loja de discos para descobrir e curtir música nova.

Ao mesmo tempo, nunca se ouviu tanta música quanto atualmente. A mesma rede que permitiu que músicos finalmente tivessem acesso direto a seu público fez que cada vez mais pessoas ouvissem cada vez mais música.

Hábitos como garimpar raridades, gravar fitas cassetes (ou CD-R) com músicas escolhidas a dedo e até mesmo manter uma coleção de discos foram acelerados pela rede de tal forma que praticamente foram reinventados.

Em vez de prateleiras, falamos em gigabytes; disco raro é aquele que nunca saiu da casa – ou da cabeça – de seu autor.

Assim, aos poucos, um termo técnico que designa a forma de adquirir um arquivo digital da rede tornou-se praticamente sinônimo de música nesta década: o download. Graças à popularização do MP3, iniciada há exatos dez anos, baixar música virou uma atividade rotineira e um hábito típico de nossos tempos.

Mas esse monte de gente produzindo e ouvindo música não está isolada em seus computadores ou em seus fones de ouvido, mesmo porque isso não é novidade – o marco zero deste isolamento musical, a invenção do walkman, completa trinta anos este mês.

E o mesmo ponto de partida para a música digital como a conhecemos hoje – a criação do Napster, o primeiro software de compartilhamento de arquivos sonoros digitais – também deu origem a uma nova forma de se ouvir música.

Se o rádio, a loja de disco e a gravadora aos poucos se tornam obsoletos, a internet oferece opções que vêm sendo abraçadas por milhões de pessoas, que estão descobrindo músicas que nunca ouviram e mostrando-as umas às outras.

O download ilegal ainda é um problema no que tange os direitos autorais e várias iniciativas têm insistido em punir uma prática que já é corriqueira.

Numa época em que ouvir música torna-se uma atividade cada vez mais social, resta achar uma solução que recompense quem produz mas que não puna quem ouve.

***

Há 10 anos, Napster tornava a web social

Shawn Fenning só queria ouvir as músicas que seus amigos guardavam em seus PCs – e também permitir que eles ouvissem as suas. Entediado com a faculdade que fazia, começou a escrever um software que permitisse essa troca de arquivos em janeiro de 1999. Ele tinha acabado de completar 18 anos e, poucos meses depois, no início daquele junho, há dez anos, terminou o programa, que batizou com seu próprio apelido (“Napster” quer dizer algo como “dorminhoco”). Distribuiu para uns amigos e, como quem não quer nada, mudou a história da música – ao mesmo tempo em que resgatou um dos cernes da rede – seu aspecto social.

Voltando mais no tempo, quando o criador da World Wide Web, Tim Berners-Lee, tornou público seu projeto, o fez postando uma mensagem num fórum de notícias, no dia 6 de agosto de 1991. Nela, anunciava que “estamos muito interessados em espalhar a web para outras áreas (…). Colaboradores são bem-vindos!”

Sem querer, Shawn Fenning repercutiu a mensagem do criador da web para o planeta. E se no início dos anos 90 a rede apareceu como uma forma de facilitar a troca de dados e informações, no final da década esta troca seria acelerada graças à popularização do MP3.

Mas trocar músicas era só o começo. Logo o mundo compreendeu que a música poderia funcionar longe do disco, coisa que a indústria fonográfica não quis entender – o que a levou a processar seus próprios clientes e abrir espaço para a Apple, uma empresa sem tradição no mercado de música, tornar-se líder em comercialização de música digital.

Fenning não inventou apenas um software. Com o Napster, ele sublinhou que a rede não é compostas de máquinas que se conectam a grandes servidores – mas também de computadores que podem se conectar entre si sem precisar passar por um computador central. E que esses computadores são pilotados por seres humanos que querem conhecer não só mais músicas, mas outros seres humanos. Não é exagero: ao liberar a possibilidade das pessoas trocarem MP3 entre si, o Napster foi o embrião daquilo a que chamamos de “rede social” – que, na verdade, é uma metáfora para a própria web.

Afinal, a internet é social. E Fenning nos lembrou disso há dez anos, quando resgatou um verbo que estava um tanto em desuso e que tem sido vilanizado pelos motivos errados: compartilhar.

Link – 8 de junho de 2009

Todo mundo joga videogameJogar para se divertirSem perceber, você joga videogameGames só para diversão? Está na hora de rever seus conceitosE3 retoma o fôlego e mostra força nos gamesNovo videogame dispensa discosPre, pronto para reviver a Palm?A casa de Steve Jobs e a vida no Vale do SilícioVida Digital: Móveis Coloniais de Acaju

Link – 1º a 7 de junho de 2009

A internet inevitávelGoogle e Ministro das Comunicações desfazem mal entendidos; Andrew Keen comentaRede ajuda a manter relacionamentos (82% dos brasileiros dizem que seus relacionamentos melhoraram com a internet)E se um dia você acordasse e não houvesse internet?Celulares tiram web do computador (Até o fim do ano deve haver um celular por brasileiro) e Como um hobby pode mudar sua profissão – e toda sua vidaTalentos revelados via internet não incluem apenas artistas, mais entrevistas com Nelson Motta e Eugenio BucciEleição de Obama simboliza relação entre política e web; sem internet, o Brasil trava; mais entrevistas com Teatro Mágico, Sérgio Amadeu e Soninha FrancineComunidade de internautas revoluciona a televisão e o problema da piratariaA internet é formada por pontos de vistaBing é nova arma da Microsoft para enfrentar o GoogleE3 mostra reação do mercado de gamesWave quer reorganizar colaboração via internetNovo site dá início a mudanças no ‘Link’

Link – 25 a 31 de maio de 2009

Oferta muda perfil de consumidores de eletrônicosUpgrade tecnológico cria geração de compulsivosDesencanados digitais usam aparelhos até o fimDiferença de perfis é evolução do mercadoHábitos refletem a sociedade conectadaJeitinho prolonga a vida útil de aparelhosUma câmera com 26x de zoomLei Azeredo põe em risco liberdades individuaisJosé Serra no Twitter, pane na Fnac e números do YouTubeVida Digital: Cronópios

Link – 18 a 24 de maio de 2009

Novos hábitos de busca onlineGoogle e Yahoo reinventam mecanismos de procuraDiferentes formas de se encontrar algoOutros buscadoresMicrosoft faz mistério – e comprasCom o celular, Google quer fazer pesquisas até no céuQuando a busca leva em conta a localizaçãoNovo buscador traz respostas e não linksQuem é o pai do WolframAlphaBuscadores que prometeram, mas…Brainstorm, não buscaSites adaptam internet para o celular • Prévia de games: Batman – Arkham Asylum e The Sims 3O novo Kindle e a pirataria digital de livrosDownload de filmes no Brasil, leis contra pirataria ficam mais duras em vários países, Google Street View é banido na Grécia e guatemalteco é preso por causar pânico via TwitterVida Digital: Andrea Ortega (diasdeencierro.org)

Link – 11 a 17 de maio de 2009

Kindle DX: o iPod do papel?Amazon fecha acordo com editorasComo foi a repercussão do lançamentoJornais e o KindleNa Europa, outro e-reader vem com 800 jornaisSem capa, como julgar a pessoa pelo livro que ela lê?DX também fala – e chama Obama de ‘Black Alabama’O e-reader reproduz a sensação do papel?Outros dispositivos vêm aíEntenda a tecnologia do papel eletrônicoNo Japão já existe um modelo com tela em colorida e sensível ao toqueMicrosoft libera Windows 7 de graça por 13 mesesTwitter segue passo da popularização do Orkut no Brasil‘Fantasmas’ inflam novos líderesComo a Guerra Fria e os hippies criaram a internetTrote usando a Wikipedia, Blu-ray bem nos EUA, Google travado e brasileiro passa 26 horas online por mêsVida Digital: Paulo Blikstein

Link – 6 a 12 de abril de 2009

A rede social e a sala de aulaPerguntar + responder + discutir = aprenderJuntando alunos de vários paísesProfessor sai do centro da sala‘Aula tradicional não reflete complexidade do mundo atual’, diz pesquisador‘Próxima geração terá jornalismo irreconhecível’, diz Jonathan Mann, jornalista e âncora da CNNCombalidos, veículos impressos reagemO que fazer quando o Wi-Fi falhar‘New York Times’ e o futuro dos jornais: ser ousado é a nova regraVida Digital: Laís Bodanzky

Link – 30 de março a 5 de abril de 2009

A primeira década da cultura digitalO papel da ficção científica1999: o ano que não terminou10 anos depois, Matrix ainda vivePopularização do digital levou até Bill Gates à foliaEscolha o plano de celular de acordo com o seu usoA próxima revolução virá dos países emergentesResident Evil 5O Vale do Silício e o carro elétricoVida Digital: Hermeto Paschoal

Link – 23 a 29 de março de 2009

Street Fighter IVGeração Flickr completa 5 anosInternet Explorer 8Google VoiceiPhone finalmente vira um celular comumSmartphones para as massasEntrevista: Hugh Forrest, organizador do festival South by SouthwestApple e os aplicativosDiscografias, do Orkut, é fechada e reabre na mesma semana e jornal americano abandona o papelVida Digital: Sérgio Arno