Ajeitando Leonard Cohen

leonard-cohen

O trio californiano Pillow Talk pegou a música de Leonard Cohen que os produtores da série True Detective escolheram para a segunda temporada do programa (“Never Mind”, do disco de Cohen do ano passado), reforçaram a linha de baixo, acrescentaram vocais, enfatizaram o beat – tudo pra deixar o vocal de Cohen ainda mais forte e onipresente neste edit.

Lana Del Rey encarna Jessica Rabbit

lanadelrey-2015-

Lana Del Rey começou sua turnê norte-americana deste ano, batizada de Endless Summer Tour, em que já começa a antecipar músicas que poderão estar em seu próximo disco, Honeymoon, como “Us Against the World”, “Serial Killer” e “You Can Be the Boss”. As três já havia aparecido online anteriormente mas apenas “You Can Be the Boss” já havia sido tocada ao vivo. A escolha por estas faixas parecem confirmar que seu próximo disco encerra a primeira fase de sua carreira, imortalizando canções já conhecidas pelos fãs.

Mas a grande surpresa do primeiro show da turnê foi a versão que ela fez para o clássico de Peggy Lee, “Why Don’t You Do Right?”.

Você sabe, a música que nos apresentou a Jessica Rabbit – uma das inspirações para o personagem Lana Del Rey – em Uma Cilada para Roger Rabbit:

E ela ainda cantou aquela do Leonard Cohen…

Lana Del Rey: “Ah, but you got away, didn’t you babe…?”

lana-del-rey-ugly
lana-del-rey-music

Clipe novo da Lana Del Rey, desta vez visitando o famoso Chelsea Hotel em Nova York numa canção que Leonard Cohen fez para o caso que teve com Janis Joplin…

Acordando com Leonard Cohen

E a NPR começa os trabalhos da semana descolando a audição do novo disco do senhor Cohen, Old Ideas. Vamos ouvir…

Leonard Cohen 2012

E a primeira faixa do disco novo do velho crooner é quase banal de tão trivial…


Leonard Cohen – “Darkness” (MP3)

On the run 94: Livros e música

O Shin se empolgou com O Estrangeiro, do Camus, que deu origem ao primeiro single do Cure (“Killing an Arab”), e fez uma mixtape com livros que inspiraram canções.


Shin Oliva Suzuki – “Livros e Música”

David Bowie – “1984” (1984, de George Orwell)
Cure – “Killing an Arab” (O Estrangeiro, de Albert Camus)
Velvet Underground – “Venus in Furs” (A Vênus das Peles, de Leopold Sacher-Masoch)
Leonard Cohen – “Hallelujah” (Bíblia)
Radiohead – “2+2=5” (1984, de George Orwell)
Ira! – “Os Meninos da Rua Paulo” (Os Meninos da Rua Paulo, de Ferenc Molnar)
Police – “Don’t Stand So Close to Me” (Lolita, de Vladimir Nabokov)
Led Zeppelin – “Ramble On” (O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien)
Cream – “Tales of Brave Ulysses” (Odisséia, de Homero)
Nirvana – “Scentless Apprentice” (O Perfume, de Patrick Süskind)
Green Day – “Who Wrote Holden Caufield?’ (O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger)

Teve algum que ele esqueceu?

E esse papo de Leonard Cohen no Brasil?

Lúcio que veio com essa hoje cedo

Tudo bem, o Cohen é fodão, mas eu quero saber quem é que vai trazer o Nick Cave…

The Velvet Underground & Beck

Não acredito que os álbuns irão morrer como a ditadura do single da era MP3 parece antever. Óbvio que não sobreviverão como um pedaço de plástico que toca música envelopado numa cartolina ou numa caixa de plástico ilustrado com uma capa legal. Nos tempos digitais que tornaram obsoletos tudo aquilo que só faz uma coisa que vivemos, é natural que o próprio formato álbum seja cobrado de algo entre a imersão e a interatividade. Algo que antes nos satisfazia – tirar uma tarde para ouvir um disco, ver a capa e folhear o encarte – agora parece muito trivial e limitado para os parâmetros atuais. Hoje o site de um artista faz muito mais as vezes de uma capa de disco, embora o próprio conceito de site torne-se obsoleto em breve. O fato é que a música vai encontrar uma forma de se apresentar envelopada em um conceito – seja visual, temático ou momentâneo.

Beck já vem há algum tempo tentando entender como a música será experimentada no futuro, dando um MP3 aqui, fazendo show com o Flaming Lips como banda de apoio ali, deixando o fã escolher a disposição das imagens na capa do disco (no disco The Information, que repetia a brincadeira da capa recorta-e-cola da Arca de Noé, de Toquinho e Vinícius) mais adiante. Mas com seu Record Club, Beck dá alguns passos para frente.

A brincadeira é simples: ele se tranca no estúdio com uns amigos para recriar, em um dia, um disco clássico escolhido aleatoriamente para ir soltando aos poucos as versões online. É um dia de trabalho que rende semanas e semanas de visitação e linkagem sobre o projeto que, à medida que vai tomando forma, funciona também como uma celebração do formato ameaçado pelo mundo digital. “Record Club” é um trocadilho entre o Clube do Registro – sobre o encontro de um dia de Beck com seus camaradas – com Clube do Disco. E, mais do que uma estratégia online, ele pode crescer e virar um disco de fato, um show, uma turnê. Na pior das hipóteses é uma respeitosa e ousada discografia paralela lançada oficialmente – mais ou menos como os trocentos CDs ao vivo que o Pearl Jam lançou no início da década.

Pra começar, ele preferiu chamar o time de casa. Juntou sua banda de apoio (Joey Waronker, Brian Lebarton, Bram Inscore, Chris Holmes) ao produtor Nigel Godrich (o de OK Computer, você sabe), o ator Giovanni Ribisi e a cantora islandesa Thorunn Magnusdottir para recriar o primeiro disco do Velvet Underground, o clássico banana. O disco finalmente foi consolidado e, como se esperar de uma gravação feita em apenas um dia, tem seus altos e baixos. Magnusdottir até funciona como uma Nico decente, dando a austeridade necessária à “Femme Fatale” e “All Tomorrow’s Parties” e a banda improvisada se comporta bem em versões bucólicas para “Sunday Morning” e “Run Run”. Mas quando tentam soar noise, são terríveis: “Waiting for the Man” e “There She Goes Again” têm guitarras retorcidas por pura idiossincrasia e as jam sessions de “Heroin” e “Venus in Furs” só funcionam como curiosidade mórbida. Os melhores momentos do disco, no entanto, acontecem quando Beck ressalta sua veia country, transformando “Black Angel’s Death Song” numa levada folk interminável, “I’ll Be Your Mirror” e “Europpean Son” em duetos de casal. Vale como experiência, não como produto – e é aí que Beck acerta com seu Record Club. É só uma brincadeira, uma tarde livre, mas ao mesmo tempo é um formato novo, um registro

E ele já está no segundo volume do projeto. Juntou-se ao MGMT, ao Devendra Banhart e à Binki do Little Joy para recriar o primeiro disco de Leonard Cohen (não duvide se o Amarante der as caras por lá). Outro projeto, já gravado, homenageia o único disco (o clássico Oar) de Alexander “Skip” Spence, ex-integrante do Jefferson Airplane e do Moby Grape, gravado ao lado de ninguém menos que o Wilco. E entre os discos já citados como próximos projetos estão um do Ace of Base (?!) e outro do Digital Underground.


Beck – “Black Angel’s Death Song

Paul McCartney, Amy Winehouse, My Bloody Valentine, Fleet Foxes, Cure, Franz Ferdinand, MSTRKRFT, TV on the Radio, Killers, Leonard Cohen…

Nem Blur, nem Pavement, nem Stone Roses, mas olha só a escalação do Coachella desse ano… Em negrito, o que eu não perderia…

Sexta, 17 de abril
Paul McCartney
Morrissey
Franz Ferdinand
Leonard Cohen

Conor Oberst and the Mystic Valley Band
Beirut
The Black Keys
Girl Talk

Silversun Pickups
The Ting Tings
The Crystal Method
Ghostland Observatory
Crystal Castles
The Airborne Toxic Event
We Are Scientists
N.A.S.A.
Patton & Rahzel
M. Ward
The Presets
The Hold Steady

A Place to Bury Strangers
Felix da Housecat
Buraka Som Sistema
Ryan Bingham
Bajofondo
Peanut Butter Wolf
Noah & the Whale

White Lies
The Bug
Alberta Cross
Los Campesinos!
Craze & Klever
Molotov
Switch
Gui Boratto
Steve Aoki
The Aggrolites
People Under the Stairs
The Courteeners
Cage the Elephant
Dear and the Headlights

Sábado, 18 de abril
The Killers
Amy Winehouse

Thievery Corporation
TV on the Radio
Band of Horses
Fleet Foxes
MSTRKRFT

Michael Franti & Spearhead
Atmosphere
Mastodon

TRAV$DJ-AM
Henry Rollins
Crookers
Turbonegro
Hercules and Love Affair
Superchunk

Glasvegas
Dr. Dog
Drive-By Truckers
Booker T & the DBT’s
Amanda Palmer
The Bloody Beetroots
Surkin, Para One (Live)
Calexico
Liars
Bob Mould Band

Zane Lowe
Electric Touch
Blitzen Trapper
James Morrison
Drop the Lime
Glass Candy
Thenewno2
Gang Gang Dance
Billy Talent
Ida Maria
Ariel Pink’s Haunted Graffiti
Zizek
Cloud Cult
Tinariwen

Domingo, 19 de abril
The Cure
My Bloody Valentine

Yeah Yeah Yeahs
Throbbing Gristle

Lupe Fiasco
Paul Weller
Antony & the Johnsons
X
Roni Size
Public Enemy
Jenny Lewis
Groove Armada
Paolo Nutini
Christopher Lawrence
Lykke Li
The Kills
Okkervil River
M.A.N.D.Y.
Clipse
Sebastien Tellier

Fucked Up
Perry Farrell
The Horrors
Late of the Pier
K’naan
Junior Boys
Brian Jonestown Massacre
Supermayer
No Age
Vivian Girls
Shepard Fairey
Themselves
Gaslight Anthem
The Knux
Mexican Institute of Sound
The Night Marchers
Marshall Barnes