Lost por Kátia Lessa

No dia 8 de janeiro de 2007, entreguei a primeira das 4 listas de palavras que o amigo e então chefe Lucio Ribeiro havia me pedido para organizar para um Almanaque sobre LOST. Lembro que fiquei responsável por 15 termos que relacionavam a série ao Brasil, e 16 “termos não ligados a série”, ou seja, eu não explicava quem era Jack, e sim o verbete David Hume, ou Charles Dickens. Aos poucos, notamos como esse trabalho era complicado, porque afinal, como explicar John Locke ou Rousseau?

E essa foi a beleza da série. Mistério atrás de mistério, até fritar a sua cabeça com conexões deliciosamente perturbadoras e fazer com que os episódios virassem papo em mesas de bar, blogs que discutiam as referências secretas que surgiam a cada cena, ou até aulas de filosofia (eu tive uma, amigos).

Devo admitir publicamente que traí Lost duas vezes. Durante a terceira temporada troquei Jack por Dr. House, mas logo fui curada e em 3 dias, voltei para a ilha com a ajuda de uma maratona dos DVDs piratas do meu pai, que a essa altura estava tão viciado, que já tinha um fornecedor especialmente para essa entrega. Ninguém escapou.

Nunca vou esquecer o dia em que fui fazer uma reportagem sobre refugiados haitianos na República Dominicana. Eu não falo francês, nem creole, e o contato estava difícil. Mas na minha mochila tinha um botton (nerd) da Dharma, com o número 42, e um dos caras da comunidade reconheu, apontou e disse: LOST. Vai entrar no avião depois disso…

E mesmo sem ter visto nenhum dos episódios dessa última temporada, estou ansiosa pelo final. A rede de informações em torno da série é tanta, que foi possível acompanhar os acontecimentos depois de desviar da rota, e ficar desconectada do mundo (projeto Kaos unplugged). Nesse 23 de maio, o show acaba, muitos dos mistérios continuarão indecifráveis e nós é que vamos ficar um pouco perdidos. Aliás, Matias, se quiser tomar uma cerveja na madruga de terça horário costa leste de baixar a série semana que vem, liga ae. Existe vida após a Ilha (acho).

* Kátia Lessa é a rainha do Ka-kaos – e a cerveja eu já declinei, porque eu não bebo cerva.

S. Crumb

Falando no Crumb, a Kátia linkou o blog da filha do sujeito, Sophie. Não dá pra fugir: tá no DNA.

A volta dos Los Hermanos

A Kátia entrevistou o Camelo para a Trip deste mês e ele confirmou:


O cara tá virando um Hurtmold, hein…

De que você sente mais falta do Rio?
Do Rio [risos]. Sinto falta da praia, do sol, da umidade, dos amigos, e do BB Lanches. Em Copacabana dá pra ir ao boteco às três e meia da manhã. “Fala aí, João, beleza? Como é que tá o PF?” “Pô, hoje tá meio ruim, cara. Mas o feijão tá legal.” Copacabana é um bairro da tolerância. Um dia estava botando unha de porcelana no salão, todo barbudão, aí entra uma menina assim com um garotão francês…

Espera aí! Você disse que estava colocando unha de porcelana?
É que eu roo muito a unha e precisava deixar ela crescer. É melhor que tomar Opinol. Já tentei pimenta, mas dá uma viciadinha.

Agora você está sem unhas postiças.
Na turnê do Sou eu não podia roer a unha porque tocava muito violão. Quando acabou, eu roí de propósito pra evitar o violão porque queria um disco de guitarra, que é esse novo.

Ele é mais pesado?
A ideia é que seja mais pulsante.

Você parece muito feliz, radiante.
Eu sempre fui.

Na época do Sou, seu primeiro CD pós-Los Hermanos, você também estava?
É, na época do Sou eu tava um pouco mais introspectivo, isolado em um apartamento silencioso no Alto Leblon para compor.

Com qual frequência você fala com o pessoal do Los Hermanos?
De vez em quando. Vamos fazer dois shows no segundo semestre, dois shows fechados. Um em Recife e um em Salvador. E eu tô adorando. Pô, sinto mó saudade deles, outro dia fiquei vendo uns vídeos nossos em casa.

Sente falta dos amigos ou da banda?
Dos amigos, das músicas que a gente fez, de fazer música junto, do nosso repertório, da nossa relação pessoal, da nossa viagem, da equipe que a gente formou. Eu tenho saudade de quem eu sou quando estou com eles.

Quão perto vocês estão de uma volta?
Sinto que só deveríamos voltar pra fazer um disco novo, com repertório novo, pra não ficar nessa coisa de só tocar coisas velhas. Mas por enquanto cada um está com seu trabalho solo, criando coisas novas. O Rodrigo tem uma frase interessante que é: “Tempo a gente tem o quanto a gente dá”. Estamos dando um tempo para outras coisas.

Vocês se falam sobre os trabalhos individuais?
Eu toquei com o Barba no Canastra, mas ainda não vi o Bruno na Adriana Calcanhoto. Mas acompanho o blog dele. Com o ruivo [Rodrigo Amarante] falo mais, sou o maior fanzão do Little Joy. Fui ao show no Circo Voador e tudo.

A íntegra da entrevista tá aqui.

Hubble: 20 anos no ar

E a Kátia deu a dica pra esse site que a Nasa fez em comemoração aos 20 anos do telescópio Hubble no espaço – vale perder um tempinho lá.

X-cake

O título que a Kátia deu pra essa foto é tão bom que eu roubei tudo.

Natasha Khan + Kátia Lessa

Falou em Alice, eu lembro de miss Lessa – fui lá no blog dela pra ver se ela tinha postado a continuação da entrevista com a Bat for Lashes que ela havia prometido e lá estava.

Uma tarde com a Bat for Lashes em São Paulo

Perguntei como tinha sido o show da Bat for Lashes no Brasil e não me surpreendi que a Kátia (que é megafã da menina) conseguisse trocar esse dedo de prosa com ela.

Stella McCartney no país das maravilhas

Essa eu vi na Kátia, minha setorista favorita de Alice no País das Maravilhas.

Indie Crush Brasil

A Taís me puxou num canto pra me pedir ajuda e elencar alguns nomes que poderiam parar numa lista das personalidades apaixonantes da cena indie brasileira – e quando eu vi meu nome apareceu como “curador” da lista das musas (aposto que ela falou isso só pra garantir o retweet). Oh well… Além disso conheci o Dispensável da Mariana, que também ajudou a Taís na “curadoria”. Mas esclareço de cara que não tenho nada a ver com a inclusão da Mallu na lista (ela já estava) e fui eu que indeferi em favor da inclusão do Bruno, o mini-James Macavoy da Gávea, porque afinal de contas vocês sabem como eu sou corporativista. Foi o mesmo motivo que me fez escolher a Kátia – a única das escolhidas que eu posso dizer que conheço e velha conhecida de quem lê o Sujo – para ilustrar o post.

“All the world is birthday cake/ So take a piece but not too much”

Olha esse bolo Yellow Submarine que a Carla fez

Foda, né? Vi lá na Kátia.