O Hector fez duas mixtapes em nome da Popscene agora em fevereiro e temperou bem sua mistura com hits recém-lançados, remixes certeiros e penetras brasileiros, ficando entre o maximalismo, o R&B atual e a dance music oitentista. Istaile.
HECTOR (:P)OPSCENE MIXTAPE 4 (MP3)
DJ Morgoth – “Intro”
Franz Ferdinand – “Lucid Dreams (Album Version)”
N.A.S.A com. Kanye West, Santigold e Lykke Li – “Gifted”
Bo$$ In Drama – “Superstar”
Sunset Cruisin’ – “Go For The Ditch”
Lady Sovereign – “Blah Blah”
Get Cape, Wear Cape, Fly – “D.A.N.C.E (Hector Edit)
Britney Spears – “Circus (Diplo Remix)”
Bonde Neurose – “Sexta-Feira 13”
RQM – “Miss Pacman (Chernobyl Remix)”
Estelle – “American Boy (Vnnr Go West Remix)”
MSTRKRFT com N.O.R.E – “Bounce”
Bonde do Rolê – “Marina Gasolina (Fake Blood Remix)”
Yuksek – “Tonight”
Fever Ray – “When I Grow Up”
Akira S. & As Garotas Que Erraram – “Sobre As Pernas”
HECTOR (:P)OPSCENE MIXTAPE 5 (MP3)
VV Brown – “Crying Blood”
Copacanaba Club – “Just Do It (Reverse Mix)”
Prototypes – “Un Coup De Langue”
Ladybox – “Newsreporter”
Dizzee Rascal – “That’s Not My Name”
N.A.S.A com M.I.A e Spank Rock – “Watchadoin’ (Dj Chernobyl Bailemix)”
Rodney Dy & Danibrinks – “Marido Monitorado”
Lady Sovereign – “I Got You Dancin’”
Passions – “Emergency”
Maskinen – “Pengar”
Soulwax – “Ny Excuse (Justice Remix)”
La Roux – “In For The Kill (Skream’s Lets Get Ravey Mix)”
E já que tamos no Snoop, que tal “Sensual Seduction” com outra jóia de 2008, “American Boy“? Cortesia do alemão DJ Ketti.
Ou é só maluco? O cara deu uma entrevista para a Details e, putz, melhor separar uns trechos:
“First beat I did,” he recalls, “was in seventh grade, on my computer. I got into doing beats for the video games I used to try to make. My game was very sexual. The main character was, like, a giant penis. It was like Mario Brothers, but the ghosts were, like, vaginas. Mind you, I’m 12 years old, and this is stuff 30-year-olds are programming. You’d have to draw in and program every little step—it literally took me all night to do a step, ‘cause the penis, y’know, had little feet and eyes.”
?!?!?!?!??!?!?!?!?!?!?!?!?!
For example, I ask about his infamous “I am the voice of this generation” quote: “If not me, then who?” he says. “Someone could be a better rapper, dance better. But culturally impacting? When you look back at these four and a half years, who’s the icon at the end of the day? Who broke down color barriers? What other black guy would a white person use as a fashion reference?“
Ma-lu-co. Aí entra a parte em que ele escorrega fingindo não escorregar:
“I want some flower arrangements,” he tells a woman at the other end of the line. “One on top of the kitchen thing, one sitting in the living room, in the bedroom, and both the bathrooms. Flowers that match themselves, so that it’s just one idea in the pot. So either all white—I love cherry blossoms, I love roses—or just a shitload of peach roses so close to each other that you just see the buds. . . . And I want the pots to be very minimal, fit the vibe of the crib. . . . Frosted glass. Or a lacquer, or a matte lacquer, or stone.”
Once off the phone, West takes care to specify that the woman given the task of realizing his hyperspecific horticultural vision is not his interior designer and not his gofer—but rather his apartment manager. “Titles are very important. I like to embody titles, y’know, or words that have negative connotations, and explain why that’s good,” he says. “Take the word gay—like, in hip-hop, that’s a negative thing, right? But in the past two, three years, all the gay people I’ve encountered have been, like, really, really, extremely dope. Y’know, I haven’t, like, gone to a gay bar, nor do I ever plan to. But where I would talk to a gay person—the conversation would be mostly around, like, art or design—it’d be really dope. From a design standpoint, kids’ll say, ‘Dude, those pants are gay.’ But if it’s, like, good, good, good fashion-level, design-level stuff, where it’s on a higher level than the average commercial design stuff, it’s, like, gay people that do that. I think that should be said as a compliment. Like, ‘Dude, that’s so good it’s almost . . . gay.'”
Tudo bem, o homossexualismo ainda é um tabu – e grande – no hip hop, mas porque o cara não escancara? Ou por que ele fica tão cheio de dedos pra falar sobre isso? “Eu não fui a um bar gay”, que papo é esse… Só se encontra gay em bar gay?
Mas pra mim, ele não é nem gay nem maluco, o papo do Kanye é outro…
Nem gay, nem maluco…
Kanye West é só um almofadinha pagando de cool.
Vocês lembram do Carlton…
Ele também me lembra o Don Simmons, do Amazonas na Lua:
Zé Gonzalez já vive a ponte aérea entre a América do Sul e a América do Norte há mais de dez anos, mas só agora efetiva seu primeiro lançamento intercontinental, chamando o produtor Sam Spiegel, irmão de Spike Jonze, que também assina como Squeak E. Clean, para lançar o projeto N.A.S.A. Mas o primeiro disco da dupla, The Spirit of Apollo, sofre da síndrome da festa V.I.P., em que o número de celebridades parece exceder o próprio conhecimento dos convivas. Pra que tanto convidado assim? Contando apenas os facilmente reconhecíveis, temos uma lista que inclui Seu Jorge, quase todo Wu-Tang Clan, Santogold, Lovefoxxx, George Clinton, Del Tha Funkee Homosapien, Tom Waits, John Frusciante, David Byrne, Chuck D, Spank Rock, M.I.A., Kanye West, Sizzla, KRS-One e a Karen O do Yeah Yeah Yeahs, fora outra lista com nomes que inclui boa parte do escalão do hip hop americano atual. E o que esse povo todo acrescenta ao disco? Ou são samples humanos? Sendo assim, esse monte de artista acaba travando as possibilidades em vez de amplia-las, comprometendo o fluxo do disco com obviedades e pura encheção de lingüiça.
Mesmo com suíngue calibrado, o refrão de “Money” (“money is the root of all evil”) não consegue ser mais clichê, enquanto “Way Down”, com John Frusciante, soa como genérico de trip hop. A dobradinha Tom Waits/Kool Keith em “Spacious Thoughts” é totalmente dispensável e até a participação de George Clinton é trivial. Ainda mais quando se compara esse lado de The Spirit of Apollo com o em que ele acerta. São poucos hits, mas que, quando batem, pegam muito bem. A primeira faixa a ser revelada, “Gifted” (que reúne Santogold, Lykke Li e Kanye West) continua sendo a faixa mais bem resolvida do disco, que ainda tem outros bons momentos. “Watchadoin?”, que junta M.I.A., Santogold e Spank Rock (este último põe quase tudo a perder, soando tão vazio quanto a Fergie), cogita a possibilidade do Clash ter descoberto o funk carioca na época de Sandinista!, “Strange Enough” transforma Karen O num Mick Jagger (mas precisava do Ol’ Dirty Bastard e do Fatlip? Não precisava) e “A Volta” mostra que Lovefoxxx funciona até no ragga.
E quando sai do mundo de celebridades pop, a música do N.A.S.A. torna-se verdadeiramente inspirada, talvez por serem justamente quando Zé se sente mais em casa – seja ao lado do Babão dos Inumanos, quando deixam o samba comer bonito na vitrola em “O Pato”, que no caso, não é o de João Gilberto, mas o Donald, e em alguns momentos isolados (“N.A.S.A. Music” seria tão melhor se fosse instrumental ou a aparição de Miguel de Deus e da metaleira de Lincoln Olivetti no meio de “The Mayor”). Talvez a solução fosse deixar Zé Gonzalez ter mais peso no disco e na dupla – boa parte dos convidados apareceram graças aos contatos de Sam no meio publicitário, onde também bate cartão. Mas só o fato do fato da dupla chamar-se N.A.S.A. (que, apesar de vir da junção de North America com South America, ainda é a agência espacial estadunidense) diz muito sobre o resultado. Quem sabe, Zé está só esperando o momento certo para seu próprio disco.
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Uma das maiores dificuldades em se fazer mashup é achar versões instrumentais e vocais acapella – por isso o nova-iorquino Lushlife nem pensou duas vezes e foi em uma das maiores fontes das duas coisas lançada de forma oficial, as sessões de Pet Sounds, do Beach Boys (não só ele, como veremos a seguir). E misturou com faixas do Kanye West, num disco que soa melhor se pensado como um disco de remixes de músicas do Kanye (pré-808 & Heartbeats, o West Sounds é de 2005) do que no mashup entre o Canhê e os Beach Boys – e assim o hip hop ganha um tratamento instrumental quase barroco e um tanto sentimental. Dá pra baixar o disco aqui.
Lushlife – “Falls Down“
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O programa de hoje fala de como foi a Macworld e a CES deste ano, além de falar com um blogueiro que está na Faixa de Gaza, de sincronização entre celular, laptop e notebook e de uma visita ao escritório do Al Gore na Current TV. No som, temos Memento, Elizeth Cardoso, Smoke City, Benji Hughes, mashup de Radiohead com Kanye West e Ruído/mm. O Link Eldorado vai ao todo domingo, às 21h, na rádio Eldorado de São Paulo.
Eu falei que a partir desse ano não tem Sujo no sábado, lembrou?
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