Quem é o inimigo público?

bonner

Mais um mashup do Raphael Bertazi chegando em hora certa: este choca um clássico do rap com outro da infâmia.

Rafucko corrige William Bonner

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A internet pode funcionar como faixa de comentários da TV – pena que ainda tem status de extra de DVD.

Ainda.

O suor de Collor na eleição de 89 e a saída de Fátima Bernardes do Jornal Nacional

As coisas tão, aos poucos, mudando na Globo. É o que escreve o Rodrigo Vianna:

Primeiro ponto: a Patrícia Poeta é mulher de Amauri Soares. Nem todo mundo sabe, mas Amauri foi diretor da Globo/São Paulo nos anos 90. Em parceria com Evandro Carlos de Andrade (então diretor geral de jornalismo), comandou a tentativa de renovação do jornalismo global. Acompanhei isso de perto, trabalhei sob comando de Amauri. A Globo precisava se livrar do estigma (merecido) de manipulação – que vinha da ditadura, da tentativa de derrubar Brizola em 82, da cobertura lamentável das Diretas-Já em 84 (comício em São Paulo foi noticiado no “JN” como “festa pelo aniversário da cidade”), da manipulação do debate Collor-Lula em 89.

Amauri fez um trabalho muito bom. Havia liberdade pra trabalhar. Sou testemunha disso. Com a morte de Evandro, um rapaz que viera do jornal “O Globo”, chamado Ali Kamel, ganhou poder na TV. Em pouco tempo, derrubou Amauri da praça São Paulo.

Patrícia Poeta no “JN” significa que Kamel está (um pouco) mais fraco. E que Amauri recupera espaço. Se Amauri voltar a mandar pra valer na Globo, Kamel talvez consiga um bom emprego no escritório da Globo na Sibéria, ou pode escrever sobre racismo, instalado em Veneza ao lado do amigo (dele) Diogo Mainardi.

Conheço detalhes de uma conversa entre Amauri e Kamel, ocorrida em 2002, e que revelo agora em primeira mão. Amauri ligou a Kamel (chefe no Rio), pra reclamar que matérias de denúncias contra o governo, produzidas em São Paulo, não entravam no “JN”. Kamel respondeu: “a Globo está fragilizada economicamente, Amauri; não é hora de comprar briga com ninguém”. Amauri respondeu: “mas eu tenho um cartaz, com uma frase do Evandro aqui na minha sala, que diz – Não temos amigos pra proteger, nem inimigos para perseguir”. Sabem qual foi a resposta de Kamel? “Amaury, o Evandro está morto”.

Era a senha. Algumas semanas depois, Amauri foi derrubado.

Kamel foi o ideólogo da “retomada consevadora” na Globo durante os anos Lula. Amauri foi “exilado” num cargo em Nova Yorque. Patrícia Poeta partiu com ele.

Ele continua em seu blog.

O tema do Jornal Nacional pelo planeta

Do mesmo carinha que fez aquele Tropa Erudita.

Leitura Aleatória 243


cervus

1) O futuro do jornalismo e o fim do New York Times… em maio (!?)
2) Danny Boyle faz a rapa no Globo de Ouro
3) Episódio de ‘Os Simpsons’ gera polêmica no Reino Unido
4) Venda de vinil surpreende e cresce 89% nos EUA em 2008
5) Filmes que ainda não saíram em DVD
6) Microsoft lança alternativa ao QR Code (o código de barras para celular)
7) O ator que fazia o Johnny nos Sopranos se matou
8) Obama e Homem-Aranha: tudo a ver
9) Os 11 games mais esperados para 2009
10) Quarenta anos de “Boa noite”