Leonard Cohen: Dito e Lido – mais uma vez

O Trabalho Sujo completa 27 no próximo domingo, mas já antecipo aqui algumas atividades que estou fazendo para comemorar mais um aniversário. A primeira delas é a realização de mais uma edição do espetáculo Leonard Cohen: Dito e Lido que concebi e dirigi com a querida amiga Juliana Vettore e que desta vez acontece no Sesc Pinheiros. Mais uma vez reunimos Bárbara Eugênia, Jeanne Callegari, Jose Bárrickelo, Juliana R. e Michaela Schmaedel para celebrar a obra do mestre canadense, entre canções e poemas que passam por diferentes fases de sua carreira. O espetáculo acontece no dia 18 de novembro, na próxima sexta-feira, às 21h, e os ingressos já estão à venda no site do Sesc.

Cohen num fôlego só

Leonard Cohen: Dito e lido @ Centro da Terra (2.5.2022)

Alma lavada após colocar de pé Leonard Cohen: Dito e lido, tributo ao mestre canadense que eu e Juliana Vettore concebemos para o Centro da Terra terra ao lado de um time de primeiríssima. Jeanne Callegari, Michaela Schmaedel, Bárbara Eugenia, Juliana R. José Barrickello se revezaram entre poemas, instrumentos musicais, efeitos sonoros, versos implacáveis, bilhetes tenros e refrães memoráveis numa homenagem cujo tom elegante e solene não impediu experimentações e cruzar algumas fronteiras pouco óbvias de sua vida e obra.

Assista aqui.  

Leonard Cohen: Dito e lido

Aproveitando o lançamento no Brasil do livro póstumo A Chama, a querida Juliana Vettore, da Capivara Cultural, me convidou para dirigir uma apresentação em homenagem ao poeta canadense Leonard Cohen. A premissa era fazer algo que transcendesse o sarau rumo a um espetáculo que nos levasse ao encontro do velho Cohen misturando canção, poesia e ruído ao mesmo tempo em que contemplamos diferentes facetas de sua poética. Para isso, convidamos Bárbara Eugenia, Juliana R., Jeanne Callegari, Michaela Schmaedel e José Barrickelo para reverenciar vida e obra deste mestre, que nos deixou em 2016. Os ingressos para esta apresentação, que acontece no Centro da Terra, já estão esgotados.

Bom Saber #079: Jeanne Callegari (Macrofonia)

Nesta semana converso com a poeta e performer Jeanne Callegari, uma das fundadoras do evento Macrofonia, que mistura poesia, ruído, performance e outras disciplinas em apresentações ao vivo que, por conta da pandemia, acabaram por ser deixadas de lado, para a criação de um festival realizado online e gravado na Biblioteca Mário de Andrade. O evento deve voltar às apresentações ao vivo em 2022, mas um dos planos é o lançamento de uma publicação para discutir esta interdisciplinaridade de seu trabalho. Ela também lançou seu terceiro livro de poemas, Amor Eterno 2, neste mesmo período.

Assista aqui.  

Paulo Freire e uma marcha contra a vontade reacionária histórica do Brasil

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Paulo Freire não pode ver o que estamos vendo hoje, mas as anteviu:

“Eu morreria feliz se eu visse o Brasil cheio, em seu tempo histórico, de marchas. Marcha dos que não tem escolas, marcha dos reprovados, marcha dos que querem amar e não podem, marcha dos que se recusam a uma obediência servil, marcha dos que se rebelam, marcha dos que querem ser e estão proibidos de ser… (…) As marchas são andarilhagens históricas pelo mundo; e os Sem Terras constituem pra mim hoje uma das expressões mais fortes da vida política e da vida cívica desse país. Por isso mesmo é que se fala contra eles, e até gente que se pensou progressista. Que fala contra os Sem Terras como se eles fossem uns desabusados, como se fossem uns destruidores da ordem. Não, pelo contrário, o que eles estão é, mais uma vez, provando certas afirmações teóricas de analistas políticos de que é preciso mesmo brigar para que se obtenha um mínimo de transformação. O meu desejo e o meu sonho, como eu disse antes, é que outras marchas se instalem neste país, por exemplo a marcha pela decência, a marcha pela superação da sem-vergonhice que se democratizou terrivelmente neste país. Quer dizer…, eu acho que essas marchas nos afirmam como gente, como sociedade querendo democratizar-se.”

Dica da Jeanne (valeu!).