Impressão digital #0038: iPadmania

Na minha coluna de domingo do Caderno 2 falei sobre a iPadmania pré-natal

O Natal do iPad?
Não para quem não tem pressa

E a febre do iPad chegou ao Brasil com o Natal. Quase um ano após seu anúncio no início de 2010, o tablet da Apple chega por aqui com todos os louros que o coroaram como principal produto digital do ano. Não é à toa, afinal, ele faz a ponte entre os dois aparelhos eletrônicos mais usados do mundo – o computador e o celular –, dando início a uma tendência que deve dominar os anos 10: a transformação radical do computador pessoal, que pouco mudou estruturalmente desde que foi criado, há trinta anos. Mesmo com capacidades de armazenamento e processamento infinitamente superiores às dos primeiros modelos, os computadores atuais seguem o mesmo padrão daquele inventado pela dupla Bill Gates e Steve Jobs no fim dos anos 70: gabinete, monitor, mouse e teclado.

Mas isso não quer dizer que é só comprar um iPad para conhecer o computador do futuro, como festejam seus entusiastas. Não estou nesse time. Por melhor que o tablet da Apple possa ser considerado, ele é claramente um produto transitório. Por isso, se você está em dúvida se entra ou não no hype da prancheta digital, não caia nessa. Como a grande maioria dos lançamentos eletrônicos, ele não está completo. É quase um produto em fase de testes, com a diferença que leva a grife Apple, o que causa todo o auê típico dos produtos da empresa.

O iPad é um produto perfeito para early-adopters, essa fatia do mercado sempre disposta a comprar o último modelo de qualquer produto ou testar qualquer serviço online que comece a ser comentado.

Pertenço à categoria oposta, principalmente quando falo de aparelhos. Demorei para ter um DVD player, só passei a usar celular depois que entrei no caderno Link, há três anos, e só neste ano me rendi a um smartphone. Não por ser avesso a tecnologia, mas ficar a distância ajuda a ter uma perspectiva menos deslumbrada desse tipo de tendência. Não é preciso ter pressa para pegar carona na moda eletrônica da vez. Mesmo porque, como disse, é bem provável que ela ainda esteja em fase beta – termo utilizado pelo mercado digital para definir aparelhos ainda em teste.

E já começaram as especulações sobre o iPad 2. Embora tudo ainda seja nebuloso, uma coisa é quase certa – o novo modelo será mais completo e certamente mais barato que o atual. Tem horas que é melhor esperar…

Obsolescência programada

Hoje você ri:

Mas e quem ri agora…?

A comparação acima é a conclusão de uma digressão do Mini sobre o primeiro computador e a primeira programadora da história – no século 19!

Link – 29 de novembro de 2010

iPad: o produto do ano E ele vem para o NatalTruque permite comprar no iTunesPresente coletivoTodo dia, toda horaComputador de bolsoAlta diversão

Link – 25 de outubro de 2010

O fim não justifica os meiosFalta de consenso sobre o que é privado leva a ruídosUm passo para a leiComo zerar seu smartphone Colhidas a dedoTodos no Vale do Silício a serviço do FacebookiPad com teclado Lion incorpora traços do OS móvelNotas – Facebook, GTA, Fifa, protestos na França…Vida Digital: Steven Johnson

Link – 16 de agosto de 2010

Aplicativos: assim nasce um novo mercadoOperadoras miram nos sem-smartphoneAplicativos são tema de cursoRéu confessoGambiarra no iPadMuda o hábito, não o livroPor anúncios direcionadosBrasileira na NasdaqVida Digital: Guy Kawasaki

Link – 14 de junho de 2010

Se não for a eles, eles virão a vocêPara espalhar, é preciso apenas ser bomYouTube a lápis10 mitos sobre conteúdo onlineQuando um meme vira filmeAnálise: Quando as conexões entre pessoas na web ficam horizontaisPersonal Nerd: O trajeto da informaçãoReforma revê direitos autoraisGosta de mp3? Você é um pirata“A nossa lei não merece ser substituída. É boa”“Com mudanças, Brasil vai liderar a discussão”A construção de um mitoE3, falha no iPad e publicidade no TwitterVida Digital: Fernanda Viegas

Link – 17 de maio de 2010

A solução do mistério não importaLost fez primeiroAnsiedade de fãs forçou a mudança da televisãoA ficção científica encontra o amorHistórias em várias plataformas criadas por diversos produtoresAnálise: E daí se as peças não se encaixarem?Personal Nerd: J.J. Abrams linka tudoO que Obama quis dizer ao vilanizar Xbox, iPod e iPadPolítica, economia e cultura na mesa31 de maio: o dia de sair do FacebookBrasil lidera a adoção de redes sociaisVida digital: Andreas Lange

Link – 10 de maio de 2010

21 dias depois: nem notebook, nem celular, iPad ocupa novo lugarA vantagem do aparelho de uma tarefa sóLivraria Cultura vira palco para o LinkSó a Justiça pode tirar conteúdo do ar, redefine anteprojeto do Marco CivilComo registrar seu domínioA tecnologia dos celulares regerá o futuro dos tablets‘Prince of Persia’ vira filme dando sequência à evolução dos gamesE depois do anúncio do Plano Nacional de Banda Larga?A invasão dos ‘Androidphones’Vida digital: No espaço sideral

Link – 12 de abril de 2010

Sem teclado nem mouseMudança começou com celularQuando a tecnologia vira sexto sentidoOs rumos do comandoMeio termo: mouse com supefície tátilControle na ponta dos dedosAnálise: Um à frente, dois para trásAnálise: iPad eleva nível da disputaProjeto de lei do Marco Civil aumenta as responsabilidades dos usuários Entenda o Marco Civil da internetA cultura sob a ótica do copyrightA linguagem da internet é o HTMLVida Digital: Tiger Woods

A interface e você

Eis meu texto de abertura do especial que fizemos pós-iPad no Link desta semana.

Sem teclado, nem mouse
A chegada do iPad é mais um degrau nas mudanças na forma de lidar com o computador. Touchscreen e sensores de movimento são só algumas das tecnologias que já existem

iPad, iPad, iPad. Desde o lançamento do tablet da Apple parece que não se fala em outra coisa quando o assunto é tecnologia, cultura digital ou comunicações. Lançado no início deste mês, o aparelho correspondeu às expectativas que o acompanham desde quando ele era só um rumor que ganhou força no final do ano passado, e só na primeira semana quase meio milhão de iPads foram vendidos.

Longe de ser uma unanimidade, o aparelho sublinha uma mudança maior do que a festejada pela Apple e seus fãs. Afinal, ele é um dos primeiros candidatos a substituir o computador pessoal abrindo mão de dois acessórios que o acompanham desde sua criação: o mouse e o teclado.

Essa mudança começou, não custa frisar, com o iPhone: foi o celular da Apple que levou ao abandono do conceito de telefone, substituído pelo de computador de bolso – o que alterou, inclusive, a forma como a internet se organiza, com a popularização dos aplicativos.

Mas entre o iPhone e o iPad, outras empresas apresentaram novidades que estão mudando completamente a forma de interação com as máquinas digitais.

Touchscreen e sensores de movimento aos poucos tornam a interação com o que está na tela mais intuitiva, menos burocrática e mais natural, liberando as mãos de quem tem de lidar com os aparelhos, sejam eles celulares, notebooks, netbooks ou tablets. Nesta edição, aproveitamos o furor em torno do iPad para falar sobre isto.