O sabre de luz do trailer do Episódio VII para download

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Já imaginou imprimir em 3D o sabre de luz do trailer do novo Guerra nas Estrelas? O pessoal da Le Fab Store, de Paris, construiu um protótipo da arma em plástico e liberou os modelos para quem quiser imprimir estas lembranças de um filme que ainda não existe em casa. Basta baixar os moldes aqui.

Que época para se viver!

Bom saber #005: Um impacto ainda maior que o da internet

Minha coluna de hoje no site da Galileu mistura a ascensão da impressão 3D com um futuro currículo escolar que possa incluir programação – e como isso pode ter um impacto a longo prazo.

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Um impacto ainda maior que o da internet
Impressoras 3D e programação no currículo escolar podem mudar ainda mais o mundo

Novamente junto dois assuntos para outro exercício de futurologia. Na semana passada, escrevi sobre como Big Data e ações coletivas poderiam dar o tom desta década. Hoje vou falar de outros dois assuntos que também irão mexer com nosso dia-a-dia – mas não logo: impressoras 3D e programação de dados na sala de aula.

Impressoras 3D ainda são novidade para a grande maioria das pessoas, mas o leitor de Galileu já acompanha este assunto há tempos (uma busca pelo termo em nosso site mostra um belo punhado de matérias sobre o tema – elas já estão imprimindo discos, carros, comida e até protótipos de ossos e órgãos humanos). Elas devem demorar algum tempo para se tornar realidade, mas, como toda nova tecnologia, em pouco tempo ela deve ser barateada a ponto de poder entrar no dia-a-dia das pessoas (embora já existam impressoras caseiras, inclusive que podem ser montadas em casa e já à venda no mercado brasileiro).

A princípio, imprimir em três dimensões parece fantástico: crie um modelo em três dimensões no computador, semelhante às maquetes digitais feitas por arquitetos, o envie para a impressora e ela começará a criar, a partir de camadas finíssimas feitas com diferentes tipos de substância (fibras sintéticas, plástico e até metais), o modelo físico.

Muitos podem se perguntar qual é o sentido de se imprimir um objeto em casa. Há quem diga que pode imprimir brinquedos para os filhos, outros – como o ex-editor da revista Wired, Chris Anderson, que lançou um livro (Makers, Ed. Campus) sobre o tema – acreditam que estamos às vésperas de uma “nova revolução industrial” (que é o subtítulo de seu livro, inclusive), que descentralizaria o conceito de fábrica, um conceito industrial, para transferi-lo para pequenas manufatoras caseiras movidas a impressoras 3D. Pode ser que isso ocorra, mas não nos próximos dez, vinte anos.

Num primeiro momento, impressoras 3D poderiam funcionar como uma forma de repor peças quebradas de aparelhos que ainda não foram descartados. Você perde a tampa que cobre a bateria do seu celular e faz o quê? Compra outra num camelô, anda sem a capinha ou talvez até compre outro celular. Num futuro próximo, talvez o fabricante de seu celular permita que você baixe o modelo 3D desta pecinha direto de seu site, da mesma forma que hoje você baixa o PDF com os manuais do usuário que antes vinham apenas em papel.

Mas isso nos leva a um outro momento que aí talvez nos aproxime da tal nova revolução industrial prevista por Chris Anderson. Quando as próximas gerações de estudantes começarem a aprender programação de dados na escola, veremos exemplos práticos do uso destas impressoras saindo do papel para a realidade. Já não é novidade vermos adolescentes criando softwares, aplicativos e outras soluções digitais pelo simples fato de terem começado a aprender a programar desde cedo, por conta própria. Há um forte movimento para que a programação de dados entre no currículo escolar básico, para que crianças e adolescentes possam desenvolver soluções para seus problemas a partir da criação de programas. Mas isso também não deve acontecer logo, embora não dá para ser pessimista e achar que isso não irá mudar.

Não custa lembrar que o conceito de escola foi criado durante a revolução industrial original para que os pais pudessem deixar seus filhos sozinhos em casa. A escola como a conhecemos hoje é análoga à fábrica: um grande complexo em que centenas de pessoas trabalham com horário fixo, regidas por autoridades solitárias e que não podem sair do script. Até a sirene da hora do recreio na escola é similar à sirene na hora do almoço na fábrica.

Mas do mesmo jeito que a fábrica pode cair em desuso, talvez a escola como a conhecemos hoje também caia. O professor deixa de ser a única fonte de conhecimento e uma autoridade punitiva para os desordeiros para se tornar um gestor de pessoas, levando em consideração as diferenças entre os indivíduos. A entrada do curso de programação na grade escolar certamente acelerará este processo.

E, inevitavelmente, mudará a forma como encaramos as impressoras 3D. Sua função atual está restrita a instituições, à grande escala de dinheiro. Mas em alguns anos isso pode começar a mudar – e quando isso começar a acontecer, pode ficar tranquilo que o impacto que a internet teve sobre a vida de todos será menor que o impacto que veremos no futuro.

Link – 8 de outubro de 2012

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