Impressão digital #0025: Quem são os hipsters

E o assunto da minha coluna no 2 desta semana foram os hipsters.

A vitória dos nerds
Quem são estes tais hipsters

Há duas semanas, Heloisa Lupinacci, que edita o caderno Link comigo e também assina a Crítica de Segunda do blog de Moda do Estado, me perguntou: “Matias, o que diferencia um indie de um hipster?” Ela havia escolhido esta tribo urbana como tema de sua coluna semanal e, com o cuidado que lhe é peculiar, tentava descrevê-la com referências mais conhecidas em vez de tentar partir para o rótulo puro e simples.

“Hipsters”, para quem não está habituado ao termo, define um novo tipo de personalidade urbana, atenta às novidades que vão da moda à música e novidades digitais.

O termo tem origens no meio do século passado e não constituía uma tribo – era um adjetivo para designar que determinada pessoa estava atenta a novas tendências de comportamento e cultura. Surgiu, nos EUA, mais ou menos à mesma época em que o termo “cool” deixou de significar apenas “gelado” para virar sinônimo de “legal”.

O hipster dos anos 10 não é só alguém atento às tendências em geral – mas a todas as tendências. Discos de vinil, tumblrs, câmeras fotográficas Lomo, máquinas de escrever, aplicativos para o iPhone e roupas de brechó. E, como a Helô definiu logo depois da nossa conversa, “hispter que é hipster não se leva muito a sério”.

Mas olhe para eles – procure pelo termo no Google Images, caso não esteja habituado. Eles evocam os beats, os hippies, a discoteca, o indie rock e a cultura techno – mas por baixo das franjas, dos óculos coloridos, dos cabelos compridos, bandanas e maletas, há outra tribo urbana, tão conhecida quanto as anteriores, mas raramente citada quando se fala em hipsters: os nerds.

No filme de 1984 que os consagrou como tribo (A Vingança dos Nerds, de Jeff Kanew), alguns alunos rejeitados por todos na universidade devido à sua inaptidão social começam a andar juntos e formam um grupo. “Nerd”, originalmente um xingamento, torna-se rótulo e, finalmente, motivo de orgulho, quando os integrantes da fraternidade Lambda-Lambda-Lambda conseguem dar o troco nos playboys arrumadinhos que os infernizam. No final do filme, vencem felizes, assumem suas personalidades sem medo da opinião dos outros e cantam We Are the Champions, do Queen.

Veja a foto acima, quando, no final do filme, os nerds podem ser quem realmente querem. Agora compare às fotos de bandas como Animal Collective e MGMT, ícones hipsters, e chegue à mesma conclusão que tive: os hipsters consagram o momento atual, em que ser nerd é ser cool.

O hit do verão 2011
http://www.myspace.com/ceelogreen. Cee-Lo Green conseguiu de novo. O rapper, que, com o produtor Dangermouse forma a dupla Gnarls Barkley (autora de um dos hits do século, Crazy), acaba de lançar o provável hit do fim do ano. Fuck You é perfeita – ouça-a.

Hits Jedi

Vi no Look at this Frakking Hipster.

DILMABOY!

Cacete, se isso for viral de campanha, significa que estamos num nível mais alto (ou pelo menos mais hipster) do que eu imaginava nessas eleições…

George Costanza hipster

Pra tu vê… Vi aqui.

O ciclo hipster

Daqui.

Vuvuzela?

Vi esse hipster cat na Babee.

4:20

Revoltadinho

E aí o homem-legenda do Look at This Fucking Hipster diz: “AND I HATE MY PARENTS FOR SENDING ME MONEY FOR MY BIRTHDAY SO I COULD BUY DRUGS.”

Hipsters mortos

Olha, até que, pensando bem, não é má idéia

Moderninho

Que idéia boa esse site Minihispter