Trabalho Sujo + Veneno na Trackers – de novo!

Sem muito alarde, de uma hora pra outra, véspera de feriado, lua cheia, Venenos + Psycho na pista analógica, Gente Bonita + Camilo Rocha + Awe Mariah (é, Helô e as amigas estreando nas pistas) no lado digital. O lugar é aquele de sempre, a Trackers. Vai ser HISTÓRICO.

Steve Jobs: “Continuem bobos”

Desde que a morte de Steve Jobs surgiu como um horizonte eterno para quem cobre tecnologia, eu e a Helô havíamos fechado em publicar a íntegra do clássico discurso do criador da Apple em Stanford, em 2005, como auto-obituário. Só não contávamos com a possibilidade de mexer com a gravidade do jornal de papel e transformar o discurso num poster, como fizemos nessa segunda-feira. Sério: só vendo pra ver como ficou foda. E o conselho de Jobs também serve como um salve para o Thiago (aproveita pra fazer o Flickr, porra!), o nome por trás da cara visual do Link de papel, que teve a manha de quebrar o braço ao comemorar a página fodona que é capa e contracapa do Link de hoje.

Lembrar que logo estarei morto é a ferramenta mais importante que encontrei para me ajudar a tomar as grandes decisões da vida. Afinal, quase tudo – todas as expectativas, todo o orgulho, todo o medo do fracasso ou do constrangimento – tudo isso se torna insignificante diante da morte, restando só aquilo que é importante. Lembrar que vamos morrer é a melhor maneira que conheço de evitar a armadilha de pensar que temos algo a perder. Já estamos nus. Não há motivo para não seguir o coração.

Além do texto de Jobs, a edição ainda conta com uma retrospectiva de sua carreira, textos da Helô, do João da Box1824 e do Barão do estúdio Nó Design sobre a influência de Jobs em nosso dia-a-dia, um perfil escrito pelo colunista de tecnologia da Slate, Farhad Manjoo e um texto meu sobre o lado ruim do falecido. E a íntegra do discurso de Jobs tá aqui.

O fim da comida de rua?


Foto: Parque da Água Branca, do meu largado Flickr

O declínio da civilização ocidental frente ao politicamente correto, capítulo 2914. Helô conta como a prefeitura do Kassab está, aos poucos, acabando com os vendedores de comida de rua, e na marra:

Atenção, muita atenção, caros leitores: um dos principais patrimônios paulistanos está sendo perseguido. Perseguido literalmente. Pela polícia.

Estou falando do milho cozido, da pipoca, do café da manhã de carrinho, com bolo de nada e pingado de garrafa térmica, do vendedor de fatia de abacaxi docinho, do coco caramelizado, do tapioqueiro. Meu Deus, o tapioqueiro…

De uns dias para cá, todo taxista me fala disso. Da Guarda Civil Metropolitana perseguindo os ambulantes de comida. “Eles pegam a comida e colocam tudo num saco e jogam fora”, me disse o Márcio, taxista amigo e grande conhecedor de comida de rua. (É claro que isso vem na esteira de outras reclamações sobre o Kassab. Quanto tempo falta para acabar esse pesadelo mesmo?)

O Aristenes, taxista “mineiro de nome grego, vê-se-pode?”, chorou de verdade, chorou de fungar e diminuir a velocidade para enxugar o rosto, ao contar a história de um casal de aposentados que vendia milho cozido, pamonha e curau no Bom Retiro. A Guarda Civil levou tudo embora, carrinho, milho e curau. E os dois ficaram ali, sem rumo. Segundo o Nenê, apelido do Aristenes, “a polícia depois vende tudo, os carrinhos, e aí depois vão lá e tomam de novo e vendem de novo”.

(…)

Blindada ou sensível, nossa pança não pode ser alijada do carinho que vem do carrinho.

O Rodrigo Oliveira, do Mocotó, disse, em palestra no evento Paladar Cozinha do Brasil (em que ele apresentou um café da manhã sertanejo de fazer núvem-de-lágrimas-sobre-meus-olhos de tanta delícia):

“O Alex Atala fala que a boa cozinha coloca o ingrediente no seu melhor momento. O cara do carrinho de tapioca, que faz tapioca todos os dias há 20 anos, coloca a tapioca em seu melhor momento. Ele deve ter alguma coisa para ensinar pra gente. É esse cara que eu quero ouvir”.

Pois é, a Guarda Civil Metropolitana nem ouve, já vem tirando a tapioca do tapioqueiro e, de lambuja, tirando de nós o direito ao lanche rueiro.

Claro que a prefeitura tem de cuidar para que regras sejam cumpridas, para que seja limpo, para que não contamine. Mas eliminar a comida de rua não pode ser a solução. Quer dizer, poder pode, mas é a solução mais burra.

E se você acha que isso não tem nada a ver com você, então não venha dizer que o cachorro-quente de Nova York é incrível. Não poste no Instagram sua foto comendo salsicha incrível nas ruas de Berlim. Nem me venha falar que o crepe da esquina da rue tal com a rue tal em Paris é incrível.

Porque, sim, eles são de fato incríveis. O cachorro-quente é patrimônio de NY. O crepe é a cara de Paris. E a salsicha alemã é a alma berlinense. Assim como o chincharrón e o taco mexicano, o choripán argentino, as sardinhas portuguesas e quantos tantos outros exemplos maravilhosos (me ajudem a lembrar, deu branco).

Esse papo todo me deu vontade de comer um pastel. Já volto.

O 11 de setembro de Sean Penn

Incrível esse curta do Sean Penn sobre o ataque às torres gêmeas, do filme 11’09”01, pinçado pela Helô.

Planking é coisa de criança

Não é que seja uma tolice ou uma perda de tempo: quase tudo na internet é assim. O que me irrita no planking é que ele é… bobo. Não é como o… batmannig!

Aí sim! Helô que cantou a bola.

Inception kid

Parece o moleque do “is this real life” no país das maravilhas. Vi na Helô.

Tetris sem colher de sopa

Bem foda esse Not Tetris que a Helô indicou no Link.

O último Link antes das férias

Saí oficialmente de férias no sábado passado, mas só desligo o Trabalho Sujo na quinta-feira, quando estarei embarcando rumo ao Reino Unido lá pelas 16:20. Enquanto isso, tiro minha onda com o caderno dessa semana, seguindo o mantra “it’s getting better all the time”. A matéria de capa, sobre o tal dinheiro virtual chamado BitCoin, foi assinada pelo Filipe e contou com a diagramação do Thiago (cadê o Flickr, porra?) e o infográfico do Asta. Na outra grande matéria da edição, ainda traduzimos um artigo do New York Review of Books que conecta três livros diferentes, todos os três abordando a fusão iminente do cérebro com a internet. A arte é do Jairo. A edição ainda traz uma análise do David Pogue sobre o problema de capacidade de banda que a tal “computação em nuvem” (ele também tem birra com o rótulo) pode enfrentar daqui a pouco, uma matéria da Carla sobre o tal Lulz Sec (uma mistura de Anonymous com 4chan) e um perfil que a Tati fez com o diretor do vídeo Copyright Cops, que vale um post à parte. E assim me despeço do caderno até a edição do dia 18 de julho. Até lá o barco do Link tá nas melhores mãos possíveis – da minha querida co-pilota Helô. Guentaê, Helô, já volto, pira não.

Minha primeira DR

Crianças… Vi na Helô.

Solfejando death metal

Helô que me mandou essa.