A improvável conexão entre Guerra nas Estrelas e Indiana Jones

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Não tinha visto Star Wars Origins, curta inglês dirigido pelo fã Phil Hawkins e lançado no fim do ano passado, antes do catastrófico nono episódio de Guerra nas Estrelas. Filmado no Marrocos com efeitos especiais do estúdio Flipbook, o filme se passa na Segunda Guerra Mundial e mostra como um pequeno incidente pode ter inspirado duas das maiores sagas da história do cinema.

Não grile se seu olho começar a lacrimejar…

Tá chegando a hora…

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Eis o último trailer do último filme da saga Guerra nas Estrelas… Tanta informação…

Kylo e Rey juntos? E esse tanto de nave? Palpatine voltou meio… ciborgue? E o Finn? Tem alguma coisa pairando sobre o Finn… Mas o pior é a sensação que o C3PO vai morrer…

A ascensão de… Rey?

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Sério, ninguém esperava por esta última cena.

E, certamente, isso não é a grande reviravolta do episódio 9, que estreia no fim do ano… Rapaz…

Os Últimos Jedi – sem spoilers

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Escrevi lá no meu blog no UOL minhas primeiras impressões sobre o oitavo episódio da saga Skywalker.

O melhor jeito de assistir a Os Último Jedi, oitavo episódio da saga Skywalker que estreia esta semana no Brasil, é ir ao cinema sem saber de nada – mas, calma, não precisa parar de ler o texto aqui. O próprio trailer trinca algumas surpresas ao apresentar cenários e criaturas que deixariam fãs boquiabertos caso não fossem mostrados de antemão, então se você conseguiu escapar da avalanche de notícias, fotos e cenas inéditas dos últimos meses e precisa ser convencido de que este filme vale a pena ser assistido, garanta sua sessão blindado destas notícias. Por isso, o texto abaixo mais descreve sensações e personagens do que entrega a história do filme – portanto, sem spoilers.

A principal crítica sofrida pelo Despertar da Força que fez a Lucasfilm, agora uma empresa Disney, ressuscitar sua galinha dos ovos de ouro em 2015 era que o Episódio VII era apenas uma recriação do Episódio IV, o primeiro filme da história de Guerra nas Estrelas, lançado em 1977. Com J.J. Abrams no comando, o filme é uma colcha de retalhos de referências dos seis filmes anteriores que usa a mesmíssima estrutura narrativa da produção que transformou George Lucas em milionário: Rey refaz o caminho do aprendiz de Luke, Kylo Ren é um aspirante a Darth Vader, o Supremo Líder Snoke é o novo Imperador, BB8 é o R2D2 2.0, Poe Dameron faz as vezes de Han Solo, Maz Kanata ecoa Yoda e todos os personagens que sobreviveram ao novo filme (Han Solo, Leia, Chewbacca, R2D2, C3PO) batem cartão com seus bordões na rapsódia de Abrams, que termina com uma nova Estrela da Morte explodindo após tomar um laser em seu inexplicável ponto fraco. Só o personagem Finn – o único Stormtrooper a desertar do exército do Império – e a fatídica cena central com Han Solo fogem das referências citadas estabelecidas pelo criador de Lost.

Era um risco que precisava ser corrido. J.J. Abrams tinha o desafio de tornar a série novamente atraente e divertida após o fiasco dos Episódios I, II e III, considerados manchas pesadas em uma das marcas mais importantes da cultura pop de todos os tempos. Apelou para a nostalgia como se preferisse não mexer no próprio time, ousou em pouquíssimos momentos, mas conseguiu atrair o velho público e uma nova audiência, transformando a ressurreição da série um dos principais sucessos comerciais deste século até agora.

Os Último Jedi tinha tudo para refazer um caminho parecido em relação a O Império Contra-Ataca e usá-lo como modelo para contar uma nova história. A comparação era reforçada pela cor do logo da série, pela primeira vez em vermelho na divulgação inicial, em vez de amarelo, talvez querendo indicar que seria um filme passional e pesado como foi o Episódio V. Mas o diretor Rian Johnson preferiu dar alguns passos para trás e ver toda aquela história dos sete primeiros episódios numa perspectiva galáctica. Quem são aquelas pessoas? Por que elas são tão importantes para a história da Força? O que são os Jedi?

A partir desses questionamento, ele desconstrói os personagens apresentados no filme anterior de forma soberba. Entra na natureza de Poe Dameron numa sequência de abertura de tirar o fôlego, trabalha a complexidade emocional de Rey, lapida um vilão perfeito em Kylo Ren, humaniza ainda mais o coração de Finn. Eles ganham uma profundidade completamente nova, esquivando-se dos clichês que os vinculam a outros personagens anteriores. Rey é decidida e obstinada, ao contrário de seu espelho original, o jovem Luke. Kylo Ren ganha contornos mais decididos, mesmo sem abandonar por completo o ar birrento que o transformava em um Darth Vader mimado – Adam Driver aos poucos constrói um vilão completamente novo. Poe Dameron e Finn ganham uma importância que no filme anterior parecia passageira e têm momentos definitivos no novo filme.

Mas é um filme dos gêmeos Luke e Leia. O que O Despertar da Força nos tirou de Mark Hammill, Os Últimos Jedi entrega de forma plena, bem como toda a complexidade super-heróica da antiga princesa Leia. Os irmãos são alguns dos principais alicerces desta nova trilogia e seus destinos no novo filme determinam o desenrolar básico da história.

Além disso há novos alienígenas, novos bichos, novas naves, armas, uniformes, veículos. O aspecto visual de Guerra nas Estrelas ganha um banho de loja que aponta para possibilidades infinitas, criando cenas memoráveis e de pleno apuro visual. Toda criação de computação gráfica que George Lucas insistiu na primeira trilogia deste século e que Abrams evitou no filme anterior, surge esplendorosa e realista neste novo filme. E os novos personagens apresentados – uma soldado, um malandro e uma general (não vou nem dizer o nomes dos atores) – também fogem de possíveis comparações com outros nomes conhecidos de outros filmes. Sem contar a presença massiva de mulheres – e o tratamento de animais como seres vivos, não como fontes de comida.

Os Últimos Jedi não é perfeito. São duas horas e meia de filme que começam com um bom pique, mas aos poucos desanda quase sonolento pela sua metade. Mas o ato final é tão surpreendente e empolgante (aplaudi três cenas específicas no cinema) que esquecemos facilmente do encontro frustrado num planeta Mônaco que nos revela um dos novos personagens.

E, principalmente, foge por completo das fórmulas já estabelecidas nos filmes anteriores. Rian Johnson está procurando novos rumos, novos fios da meada, novas ambiências, novas sensações, e amplia magistralmente a mitologia criada por George Lucas. Não por acaso, ele será o responsável pela próxima trilogia da saga, a primeira sem a presença de ninguém da família Skywalker.

Até o fim de semana volto a falar sobre o novo filme, desta vez enchendo o texto de spoiler. Mas diz aí na área de comentários o que você achou de Os Últimos Jedi.

O Episódio VIII está chegando…

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Será que Rey e Kylo vão para o mesmo lado? E se forem, vão para qual? O novo trailer (que publiquei no meu blog no UOL) de Os Últimos Jedi mexe com questões sérias no universo de Guerra nas Estrelas…

Novas naves, novos robôs, novos animais, alienígenas e… quem é esse do lado do Chewbacca? E Leia, uou! O novo trailer do Episódio VIII de Guerra nas Estrelas acaba de ser lançado e mostra que o filme concentra-se na dualidade entre os personagens de Rey (Daisy Ridley) e Kylo Ren (Adam Driver), que, aos poucos, parecem se aproximar.

O filme estreia em dezembro, mas esse trailer aumenta ainda mais a expectativa para esse que pode ser o grande filme de toda a saga. É muita informação pra ser digerida num fim de noite, mas já já trago mais considerações sobre o que talvez iremos assistir.

E você, o que achou?

40 anos do Episódio IV

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Não esqueci de falar do quadragésimo aniversário do primeiro filme da saga Guerra nas Estrelas, que aconteceu no final do mês passado – é que eu dei uma entrevista para o Nexo numa matéria especial feita pelo Camilo e escrevi um texto sobre os filmes que os fãs fizeram inspirados na série dentro do especial que o UOL fez sobre o aniversário do marco zero da franquia.

E se o Episódio IV fosse uma paródia do Sgt. Pepper’s dos Beatles?

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O mashup Princess Leia’s Stolen Death Star Plans – que postei na íntegra no meu blog no UOL – é uma obra-prima pós-moderna.

Hoje é 4 de maio, o tradicional dia que os fãs da saga Guerra nas Estrelas criaram para celebrar esta religião moderna a partir de um trocadilho infame (o quatro de maio, em inglês, chama-se “May the Fourth”, que soa como o eterno lema Jedi “May the Force be with you” – “que a Força esteja com você”) e que tal revisitar a pedra fundamental da história imaginada por George Lucas pelo ponto de vista do mais clássico disco dos Beatles? Hein?

Foi o que fez a dupla norte-americana Palette-Swap Ninja, formada pelo vocalista Dan Amrich e pelo tecladista Jude Kelley, revisitando todo o Episódio IV, o primeiro filme que George Lucas fez sobre a saga (que completa 40 anos este ano), como uma paródia construída sobre o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles (que completa 50 anos também este ano). Um mashup épico e meticuloso, que pode ser baixado gratuitamente no site da dupla, mas que funciona ainda mais quando assistimos à sua versão em vídeo, Princess Leia’s Stolen Death Star Plans é uma obra-prima pós-moderna.

Fico pensando em quais discos poderiam funcionar com os próximos filmes… O Álbum Branco com o Império Contra-Ataca? Tenso!

Kylo e Luke trocando de lado? Rey não é uma Jedi?

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São algumas pistas deixadas pelos primeiros pôster e teaser do novo Guerra nas Estrelas, mostrados neste fim de semana, como comentei no meu blog no UOL.

Eis o que todos nós esperávamos da Star Wars Convention que está acontecendo neste fim de semana: o novo teaser e o pôster do próximo episódio de Guerra nas Estrelas – Os Últimos Jedi! E além do pôster que indica uma possível troca de lado entre Luke Skywalker e Kylo Ren (com Rey entre os dois segurando um sabre que é azul e vermelho ao mesmo tempo), o curta ainda nos mostra parte do treino de Rey e Luke falando sobre o fim da ordem Jedi!

Rapaz, que fim de ano vai ser esse! Pelo visto eles vão conseguir fazer um filme ainda mais pesado que O Império Contra-Ataca!

Rogue One em VHS

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Há muito tempo, numa videolocadora muito distante… Publiquei lá no meu blog no UOL um comercial de Rogue One se ele existisse nos tempos do VHS.

Há muito tempo, neste mesmo planeta desta mesma galáxia e bem antes da internet e das smart TVs, as pessoas só podiam ver filmes depois que eles saíam de cartaz no cinema indo a um certo tipo de estabelecimento comercial chamado videolocadora, em que compravam ou alugavam por um certo período de tempo caixas de plástico com fitas magnéticas que eram lidas por aparelhos enormes chamados videocassetes. Essas caixas, chamadas de fitas VHS, eram anunciadas em comerciais que passavam nos intervalos de programas de TV – e o francês Damien Kazan publicou em seu canal no YouTube uma homenagem a esta forma de consumo de mídia ancestral adaptando o trailer de Rogue One para os formatos daqueles anúncios. Ficou demais:

O fim de Rogue One e o começo do Episódio IV

leia

Era inevitável que alguém iria fazer essa colagem, afinal os próprios produtores de Rogue One devem tê-la repassado inúmeras vezes antes de fechar na versão final.

Que demais.