Gaby Amarantos no Guardian

Rolou hoje:

Her music sounds, to our untrained ears anyway, like a mashup of 90s Euro rave, moombahton, cumbia, and the kind of Hispanic electro-pop you hear in discos on holiday when you’re out of your mind on budget cocktails. Like Gloria Estefan with techno knobs on – or rather, Glozzer in a clinch with Technotronic. In Brazil, it has its own genre name – “tecnobrega” – which literally translates as “techno-naff”, and is a modern electronic version of the sort of tacky romantic music that has been big in the north of Brazil since the 70s.

“Oh I had to start…”

Esqueça a letra sobre fim de relacionamento e deixe-se levar pelo groove manhoso da filha de Serge…

A era das câmerafones

O Timm traduziu o artigo do Guardian que eu linkei aqui outro dia. Segue a tradução. E valeu Timm!

Primavera Árabe leva à onda de eventos capturados em câmeras-fone
Da Praça Tahrir aos episódios das declarações racistas de John Galliano, fotos e vídeos amadores têm, cada vez mais, sido usados em coberturas na mídia

Em 2011, as câmeras-fone entraram no mainstream do fotojornalismo graças à combinação das revoltas árabes, aos protestos do Occupy e aos avanços da tecnologia.

O Guardian, agências de notícias e as principais emissoras de TV usaram muito mais câmeras-fone e imagens em vídeo. O New York Times disse que seu uso aumentou cem vezes.

“Isso é em grande parte por causa da Primavera Árabe”, disse Michele McNally, editora-assistente de fotografia no New York Times. “A maioria dos jornalistas está carregando smartphones por causa da qualidade de imagem das suas câmeras. Eles gostam do estilo das imagens do celular e eles são menos invasivos em situações de conflito.”

Ela diz que a mídia cidadã foi mais um registro instantâneo de um evento do que um substituto do fotojornalismo qualificado. Diz ainda: “A maior parte da cobertura amadora denota a falta da verdadeira interpretação inteligente de como é estar lá.”

O Sharek, serviço de mídia cidadã da Al-Jazeera, recebeu cerca de mil vídeos de câmeras-fone durante a revolta egípcia contra Hosni Mubarak.

Riyaad Minty, diretor de mídia social, disse: “Em lugares como a Líbia, Iêmen e Síria, cidadãos postando online têm sido a principal lente através do qual as pessoas têm sido capazes de ver o que está acontecendo em terra firme.

Agora, nossas matérias mais importantes têm girado em torno de imagens captadas por cidadãos nas ruas. Não são mais apenas imagens de apoio. Na maioria dos casos, as pessoas capturam os furos de reportagem primeiro. A Primavera Árabe foi realmente o momento derradeiro, quando tudo aconteceu ao mesmo tempo.

Turi Munthe, fundador do serviço de jornalismo cidadão Demotix, disse que houve uma mudança cultural na grande mídia.

“As principais emissoras de tv estão abandonando seu modo padrão para usar as câmeras-fone porque as imagens soam muito mais autênticas. Em quase todas as imagens da Praça Tahrir há pessoas acenando câmeras-fone.

“Globalmente, nossos números de vendas este ano subiram 250%. Você precisa desse tipo de cobertura global com dezenas de pessoas na Tunísia e no Egito e na Líbia ou em Nova York e Portland e Londres. Isso reflete a amplitude e a profundidade da cobertura da Primavera Árabe e do movimento Occupy.

“Tivemos cerca de mil colaboradores nos enviando imagens do norte da África. No Egito, havia um sentimento de que a guerra estava sendo travada em duas frentes — a guerra contra Mubarak e a campanha para espalhar a revolta em toda a mídia.”

Munthe diz que o acervo fotográfico da Corbis começou a aceitar imagens tiradas a partir de câmeras-fone. “Não se trata apenas de agências de notícias procurando um registro imediato, mas também de revistas à procura de imagens que resistam ao teste do tempo.”

Faris Couri, editor-chefe da BBC Árabe, diz ter visto um aumento de quatro vezes no uso de imagens e vídeos gerados por usuários. O material levou a investigações, por exemplo, quando um tanque apareceu atirando contra uma escola no início da revolução egípcia. Jornalistas descobriram que havia prisioneiros fugitivos escondidos no prédio.

Ele diz: “Nas raras ocasiões onde jornalistas tiveram acesso à Síria, eles foram acompanhados pelas autoridades, de modo que o conteúdo irrestrito dos usuários acabava equilibrando as coberturas. Durante o último ano isso virou regra. As pessoas perceberam que a situação exigia isso, pois era impossível confiar nos profissionais.”

Dr. Rasha Abdulla, professor associado e diretor de jornalismo e comunicação de massa da Universidade Americana no Cairo, disse que uma sinergia se desenvolveu entre jornalistas cidadãos e a mídia de massa.

“Um exemplo é a horrível imagem da manifestante egípcia que foi despida, no chão, por soldados do exército enquanto eles, brutalmente, a espancavam e a humilhavam. Mesmo sendo essa uma foto da Reuters, apoiantes do Conselho Supremo das Forças Armadas afirmavam que ela era falsa. Então, um vídeo amador surgiu levando Scaf a admitir que, de fato, aquilo havia acontecido.”

Em 18 de dezembro, quando houve um apagão na cobertura de tv da ocupação do gabinete egípcio, no Cairo, Abdulla disse que as únicas imagens haviam vindo de um manifestante transmitindo online a partir de seu celular.

“Aquela transmissão estava sendo assistida por mais de doze mil pessoas na ocasião.” Lá se vai o tempo em que os governos eram capazes de esconder seus crimes, proibindo emissoras de tv e jornalistas de estar em cena. Todo mundo em cena é um jornalista cidadão e todo mundo está documentando enquanto protesta.”

Philip Trippenbach, editor-chefe do departamento da rede de mídia social Citizenside diz: “Houve uma mudança comportamental com ativistas se dando conta de que o interesse em suas imagens vai além do Facebook ou do Twitter.”

Ele diz que a chegada dos smartphones com câmeras entre 8 e 10 megapixels levou a um crescimento de três vezes no número de imagens que eles recebem.

Talvez, o mais importante seja a capacidade de vídeo dos telefones mais recentes. O vídeo de John Galliano [o estilista das declarações racistas] foi história nossa. Quem forneceu o vídeo ganhou dinheiro suficiente para comprar um Audi novo. Mas, para a maioria, se trata de compartilhar informação, como na Wikipedia.

Mas um dos chefes do setor de fotografia no The Guardian, Roger Tooth, diz: “O material captado com câmeras-fone tem grande valor em cenários onde se é complicado chegar, em furos de reportagem, mas geralmente vai para segundo plano quando fotojornalistas chegam na cena.

“A alta qualidade das câmeras-fone não significa um melhor jornalismo — o número de megapixels é, provavelmente, a coisa menos importante em fotos jornalísticas.”

“Outra coisa que eu questiono é por quanto tempo as pessoas simplesmente continuarão “doando” seu material para organizações comerciais de mídia.”

A proliferação e a crescente qualidade da mídia cidadã tem levado algumas da principais emissoras a demitir fotojornalistas profissionais. A CNN está mandando embora aproximadamente uma dúzia de fotojornalistas por causa do uso cada vez maior das mídias sociais, incluindo a iReport, graças ao seu próprio serviço de fotojornalimo cidadão.

A iReport, que tem aproximadamente um milhão de colaboradores registrados, recebeu cerca de 6300 imagens e vídeos nas revoltas do Egito e da Líbia, dos quais 450 foram publicados.

Tony Maddox, vice-precidente executivo da CNN internacional, diz que esses colaboradores não são substitutos para repórteres profissionais.

Jornalistas da CNN usaram smartphones durante a Primavera Arábe para “entrar no coração da história.”

Ele diz: “Durante os acontecimentos na praça Tahrir, nossos operadores estavam sob ataque e os smartphones nos permitiram ser consideravelmente mais discretos.”

McNally, do New York Times, diz que a mídia cidadã foi mais um um “registro instantâneo” de um evento do que um substituto do fotojornalismo qualificado. Ela diz: “A maior parte da cobertura amadora denota a falta da verdadeira interpretação inteligente de como é estar lá.”

Estética celular

O Guardian escreveu sobre como a estética dos vídeos e fotos feitos com celular entrou em nosso dia-a-dia de vez, ao ser abraçada pelo jornalismo em 2011:

“That’s largely because of the Arab spring”, said Michele McNally, assistant managing editor for photography at the New York Times. “Most of the reporters are carrying smartphones because of the image quality of the cameras. They like the style of cellphone filtered imagery and they’re less intrusive [to use] in conflict situations.”

She said citizen media was an “instant document” of an event rather than a replacement for skilled photojournalism. She said: “Most amateur footage does lack the real smart interpretation of what it’s like to be there.”

Al-Jazeera’s citizen media service Sharek received about 1,000 cameraphone videos during the Egyptian uprising against Hosni Mubarak.

Riyaad Minty, its head of social media, said: “Post Egypt, in places like Libya, Yemen and Syria, citizens posting online have been the primary lens through which people have been able to see what is happening on the ground.

“Now our main stories are driven by images captured by citizens on the street, it’s no longer just a supporting image. In most cases citizens capture the breaking news moments first. The Arab spring was really the tipping point when it all came together.”

Turi Munthe, founder of citizen journalism service Demotix, said there has been a cultural shift in the mainstream media.

“The main broadcasters are going out of their way to use cameraphones because the images look more authentic. In almost every image of Tahrir Square, there were people waving cameraphones.

Continue lendo lá no Guardian. Se alguém quiser traduzir, republico aqui.

Alan Moore + OccupyWallStreet

Finalmente Moore nos deu seu parecer sobre o movimento identificado por um ícone que ajudou a resgatar. Primeiro em entrevista ao Guardian:

“I suppose when I was writing V for Vendetta I would in my secret heart of hearts have thought: wouldn’t it be great if these ideas actually made an impact? So when you start to see that idle fantasy intrude on the regular world… It’s peculiar. It feels like a character I created 30 years ago has somehow escaped the realm of fiction.”

(…)

“That smile is so haunting. I tried to use the cryptic nature of it to dramatic effect. We could show a picture of the character just standing there, silently, with an expression that could have been pleasant, breezy or more sinister. (…) And when you’ve got a sea of V masks, I suppose it makes the protesters appear to be almost a single organism – this “99%” we hear so much about. That in itself is formidable. I can see why the protesters have taken to it.”

(…)

“I think it’s appropriate that this generation of protesters have made their rebellion into something the public at large can engage with more readily than with half-hearted chants, with that traditional, downtrodden sort of British protest. These people look like they’re having a good time. And that sends out a tremendous message.”

Na mesma entrevista, ele riu do fato da Time Warner – que é dona da DC Comics que é dona dos direitos de V de Vingança, o quadrinho que deu origem à máscara – faturar dinheiro com royalties nas vendas do ícone dos Occupy:

“I find it comical, watching Time Warner try to walk this precarious tightrope. It’s a bit embarrassing to be a corporation that seems to be profiting from an anti-corporate protest. It’s not really anything that they want to be associated with. And yet they really don’t like turning down money – it goes against all of their instincts. I find it more funny than irksome.”

Em outra entrevista, à revista Honest, ele diz o ele acha que deva mudar em nosso sistema político:

“Everything. I believe that what’s needed is a radical solution, by which I mean from the roots upwards. Our entire political thinking seems to me to be based upon medieval precepts. These things, they didn’t work particularly well five or six hundred years ago. Their slightly modified forms are not adequate at all for the rapidly changing territory of the 21st Century.

“We need to overhaul the way that we think about money, we need to overhaul the way that we think about who’s running the show. As an anarchist, I believe that power should be given to the people, to the people whose lives this is actually affecting. It’s no longer good enough to have a group of people who are controlling our destinies. The only reason they have the power is because they control the currency. They have no moral authority and, indeed, they show the opposite of moral authority.”

99% ou 99,99%?

O Guardian faz as contas.

O processo de composição de “The Bay”

Da seção How We Wrote, do Guardian. Uma das melhores músicas de 2011, dizaê.

A Vida de Brian, do Monty Python, não existiria no século 21

É o que disse o Terry Jones acha, como disse em uma entrevista:

But Jones told the Radio Times: “I never thought it would be as controversial as it turned out, although I remember saying when we were writing it that some religious nut case may take pot shots at us, and everyone replied: ‘No’.”

The 69-year-old said: “I took the view it wasn’t blasphemous. It was heretical because it criticised the structure of the church and the way it interpreted the Gospels. At the time religion seemed to be on the back burner and it felt like kicking a dead donkey. It has come back with a vengeance and we’d think twice about making it now.”

Asked whether he would make a similarly satirical film about Muslims, he said: “Probably not – looking at Salman Rushdie [whose controversial book The Satanic Verses forced him into hiding for 10 years].

“I suppose people would be frightened. I think it’s whipped up by the arms industry.”

Depret. Vi no Guardian.

A internet tornou o pós-modernismo obsoleto

Boa leitura esse artigo Postmodernism: from the cutting edge to the museum, do escritor inglês Hari Kunzru para o Guardian. Deixo esse clipe do Magic Machines como trilha (outro clipe inspirado em gifs animados – depois do VHS or Beta e do “Don’t Stop” do Foster the People feito por um fã):

Esta é a essência do pós-modernismo: a ideia de que não há essência, de que estamos nos movendo em um mundo de signos e maravilhas, onde tudo já foi feito antes e está ao redor como ruínas culturais, esperando para ser reutilizado, recombinado de novas e incomuns formas. Nada é direto, nada é novo. Tudo é já mediado. O real, seja lá o que for, não essa disponível. É um mundo estimulante, mas também estranho. Você vê sua bela casa e sua linda esposa e se pergunta, como o narrador da canção do Talking Heads: “Bem, como é que eu cheguei aqui?” Depois disto, é um passo curto decidir que esta não é sua bela casa ou sua linda esposa afinal. O mundo dos signos é rápido, líquido, delirante, disponível. Pessoas espertas o abordam com ceticismo. Sinceridade já era. Ironia é o que é. Estilo também. Se o modernismo tinha a ver com substância, com design sério resolvendo problemas sérios, o pós-modernismo era todo hábito, insolência e postura.

(…)

Para os designers, o pós-modernismo significava fazer coisas materiais que davam a sensação de signos, elas mesmas. Os cômicos italianos do grupo Memphis definiu a estética do fim dos 70 e do início dos 80 com objetos domésticos que pareciam materializações de desenhos animados, formas simples absurdamente justapostas, apresentadas em cores brilhantes e artificiais. Peter Shire, que morava em Los Angeles, criou uma mobília com cores de doces que parecia sempre à beira de retirar-se à bidimensionalidade. Sua cadeira Bel Air, de 1982, é o próprio avatar da ausência de peso pós-moderna, um objeto que poderia existir em qualquer escala, em casa do lado da piscina, em um aquário, no fundo de um coquetel. Mas o pós-modernismo, proteano, sempre difícil de apreender, não tinha a ver só com um futuro cartunesco. O gosto pelo pastiche histórico, por cozinhas campestres e pelo brega neo-georgiano, também era parte da mesma tendência. Laura Ashley, o Mercador de Marfim e o passado falso de Poundbury são (saiba o Príncipe Charles ou não) tão pós-modernos, a seu modo, quanto os designs fashion do Rei de Kawabo ou o massacre gráfico do prédio do Team Disney de Arata Isozaki.

Se o pós-modernismo podia ser divertido e brilhante, também era perturbador. Em um mundo sem fricção de signos, o que acontecia com os valores? Em nenhum outro lugar essa questão teve mais força do que nas campanhas publicitárias de Oliviero Toscani para a Benetton, na qual imagens propositadamente conflitivas de pacientes com AIDS e presos condenados à morte eram usados para vender malhas com tons pasteis. O cinismo do trabalho de Toscani parecia sugerir que vivíamos agora no mundo corporativo de Videodrome, filme de terror de 1983, de David Cronenberg, sobre um produtor franzino que descobre um canal a cabo anônimo que transmite violência sexual extrema. A marcha irrefreável de dinheiro pela paisagem cultural dos anos 1980, com figuras como Jena-Michel Basquiat e keith Haring descrevendo arcos breves e trágicos, parecia a muitos uma degradação fundamental da ideia de arte. Para outros, era apenas diversão.

Apropriadamente, para um momento cultural em que todos pareciam interpretar a si mesmos, performers pós-modernos como Grace Jones, Leigh Bowery e Klaus Nomi desenvolveram um estilo de auo-apresentação que, pela primeira vez, flutuava livre das limitações humanas. Na MTV (que foi ao ar em 1981) e nas páginas das revistas projetadas com os novos Apple Macs (à venda em 1984), eles pareciam ao mesmo tempo mais e menos humanos, como os replicantes do Blade Runner de Ridley Scott (1982). corpos pós-modernos com frequência sugeriam maquinários, como no totalitarismo cara-de-pau das bandas Krafwerk e Devo. Os atos mais humanos, como dançar e cantar, infectaram-se com algo robótico e assutador: a dança seca e o terno executivo gigante de David Byrne, a voz sintetizada de Laurie Anderson cantando canções de ninar sobre o Super-Homem e a ciência, a falência do gênero em Boy George, a sensualidade loira hiper-disciplinada de Madonna, que parecia mais próxima das máquinas humanas interpretadas por Arnold Schwarzenegger do que das pin-ups da geração anterior. As fotos de Grace Jones (pós-produzidas e manipuladas por Jean-Paul Goude), seus membros alongados, sua pele oleada sugerindo cromo e tinta em spray, estão entre os documentos mais poderosos do período. Jones estava apontando o caminho para algo ao mesmo tempo problemático e excitante, algo que, à medida que os 80 davam lugar aos 90, tornou-se codificado como o “pós-humano”.

(…)

Para muitos, o 11 de setembro marcou a morte do pós-modernismo como corrente intelectual. Naquela manhã, tornou-se claro que a “hostilidade às grande narrativas”, como Jean-François Lyotard definiu, era uma busca minoritária, um cubo mágico intelectual para uma diminuta elite metropolitana. Parecia que a maior parte do mundo ainda tinha uso para Deus, verdade e a lei, termos que estavam usando sem aspas. Graydon Carter, editor da Vanity Fair, foi amplamente ridicularizado por declarar que os ataques sinalizavam “o fim da idade da ironia”, mas seu uso do palavrório pós-moderno provou ser presciente. Se a ironia não desapareceu (embora durante o literalismo e a falsa sinceridade dos anos da guerra Bush-Blair ela tenha parecido uma mercadoria valiosa), o pós-modernismo em si pareceu de repente cansado e surrado.

Use oNgram Viewer do Google para ver a incidência da palavra “pós-modernismo” nos livros desde 1975 e encontrará um aumento agudo, com um pico por volta de 1997, e então um declínio igualmente agudo. Plote-o contra o uso da palavra “internet” e a comparação é impressionante. Quase não usada antes da metade dos anos 80, “internet” ultrapassa “pós-modernismo” em 2000, e continua a subir. Todos os avant-gardes estão no negócio do futurismo. Fazem uma tentativa de habitar o espaço que predizem, e ao fazê-lo trazem-no à luz. O pós-modernismo foi, crucialmente, um fenômeno pré-digital. Em retrospecto, todas as coisas que pareciam tão estimulantes aos seus defensores — o vertiginoso excesso de informação, o achatamento das velhas hierarquias, a mistura de signos com o corpo — tornaram-se reais através da internet. É como se a cultura estivesse sonhando com a rede e, quando ela chegou, não tínhamos mais necessidade nenhuma desses sonhos, ou melhor, eles se tornaram mundanos, parte de nossa vida diária. Vivemos o fim do pós-modernismo e o amanhecer da pós-modernidade.

Se alguém se dispor a traduzir, eu republico com os créditos.O Daniel Soares Duarte traduziu e me enviou o trecho acima, já em português (muito o agradeço). E vocês: discordam? Concordam? Foda-se? Dizaê.

Um crocodilo de 6 metros

Encontrado nas Filipinas. E o prefeito ainda quer tornar o feito uma atração turística!