“Ninguém me cutuca no Facebook!”

Os dramas da vida moderna.

Caetano e Criolo

Ganjaman avisou no Feice:

É esperar pra ver.

Zuckerberg reencontra um velho amigo…

Será que o Google + destrona o Facebook? Pra mim, são duas coisas diferentes

4:20

Link – 18 de julho de 2011

No tapetãoGoogle errou ao não dar importância a patentesA batalha por JavaFilmes de bolsoGoogle+ quer ser você você onlineFacebook esconde você das buscasO blogueiro que vai ao público ou o público que vai ao blogueiroPersonal Nerd: Mais do PlusVida Digital: Rumos Arte Cibernética e File 2011Link no Expo YServidor

Enquanto estive fora: Google +

Eu vou falar mais disso depois… Uma rede social sobre si mesma!

Planeta Terra trollando geral…

Ingressos esgotados em menos de 12 horas! É o poder dos Trouques – Lucio acompanhou de perto essa história toda.

O que a Apple quer com o iCloud?

Abaixo, uma análise sobre o que quer dizer esse iCloud que a Apple acabou de lançar, que fiz pro caderno de Economia do Estadão.

Apple quer dominar a internet como Google e Facebook

Em algum momento na virada do século, a Apple deixou de ser uma empresa que fabricava computadores para convencer seus consumidores a comprarem outras coisas. Tanto o iPod quanto a loja iTunes vieram no vácuo deixado pelas grandes gravadoras, que perderam o bonde da história ao processar quem baixava música de graça na internet. Steve Jobs percebeu a lacuna no mercado e correu para vender música via internet – e, de quebra, convencer as pessoas a comprar seu MP3 player.

Depois do iPod veio o iPhone, a App Store, o Macbook Air, a Apple TV e o iPad e, em menos de dez anos, a empresa tinha deixado de ser uma fábrica de computadores para criar sua estratégia digital que integra máquinas e rede num só ecossistema. Mas, comparando com seus dois maiores rivais neste universo – Google e Facebook –, a Apple ainda é uma empresa que fabrica aparelhos, mais do que uma marca que domina a internet propriamente dita. Nesse sentido, ela está mais próxima da Sony e da Microsoft (que dominam seus nacos de rede com suas máquinas de jogar – o PlayStation e o Xbox).
Por isso, o anúncio de ontem é um passo decisivo para a empresa. Afinal, o iCloud parece ser apenas um HD online em que você pode armazenar o que comprar via iTunes e acessar de qualquer aparelho, sem precisar carregar arquivos de um lado para o outro.

Mas é mais do que isso. É a tentativa da Apple de dominar a internet como nunca conseguiu – o jeito que fez Google e Facebook serem duas das maiores empresas do mundo hoje. Afinal, tudo que você precisa dessas duas marcas está online. Se você quer qualquer coisa dessas duas empresas, não importa em que computador ou celular você esteja – basta login e senha para ter acesso à grande parte dos serviços oferecidos pelas duas.

Para a Apple, o iCloud é um passo no escuro, pois quase tudo que a empresa propõe pressupõe dinheiro. Até criar uma conta para usar aplicativos gratuitos requer que você cadastre um número de cartão de crédito. Já Google e Facebook pedem, pelo menos a princípio, nome de login e e-mail para confirmação. Depois vão associar sua conta ao seu número de telefone, aos lugares de onde você acessa aqueles serviços, quem são seus contatos, com quais pessoas você se conecta com mais tempo… E, aos poucos, vamos “pagando” ambos com nossos dados. Será que a Apple conseguirá nos convencer disso? Resta acompanhar os próximos capítulos…

4:20

Jonathan Franzen: não existe amor nas redes sociais


Ilustração: Jairo

Mais uma da edição do Link de hoje, que está espetacular (modéstia não é uma qualidade que tenho – se é que isso é qualidade): conseguimos republicar o excelente ensaio do escritor norte-americano Jonathan Franzen sobre a mercantilização dos sentimentos na década do Facebook. Um trecho:

Falando numa perspectiva mais geral, o objetivo definitivo da tecnologia, a teleologia da techné, é substituir um mundo natural indiferente a nossos desejos – um mundo de furacões e dificuldades e corações partíveis, um mundo de resistência – por outro mundo que responda tão bem a nossos desejos a ponto de ser, com efeito, uma mera extensão do ser. Permita-me sugerir, finalmente, que o mundo do tecnoconsumismo é, portanto, incomodado pelo amor verdadeiro, restando-lhe como única escolha responder perturbando o amor.

Sua primeira linha de defesa é transformar seu inimigo em commodity.

Todos saberão citar seu favorito dentre os nauseabundos exemplos da mercantilização do amor. Eu mencionaria a indústria do casamento, os comerciais de TV que mostram lindas criancinhas e também a prática de oferecer automóveis como presente de Natal, e a particularmente grotesca equação que compara as joias com diamantes à devoção eterna. A mensagem, em cada um dos casos, é bastante clara: se você ama alguém, compre alguma coisa.

Um fenômeno relacionado a esse é a transformação do verbo “curtir” (“like”, em inglês) que, graças ao Facebook, deixa de ser um estado de espírito e passa a ser um ato que desempenhamos com o mouse – deixa de ser um sentimento para virar uma opção de consumo. E curtir é, no geral, o substituto que a cultura comercial oferece para o ato de amar. A característica mais notável de todos os produtos de consumo – e principalmente dos dispositivos eletrônicos e aplicativos – é o fato de terem sido projetados para serem imensamente curtíveis. Esta é, na verdade, a definição de um produto de consumo, em contraste com o produto que é apenas aquilo que é e cujos fabricantes não estão concentrados na possibilidade de o curtirmos ou não. (Estou pensando nos motores a jato, no equipamento de laboratório, na arte e na literatura em suas manifestações mais sérias.)

Mas, se pensarmos nisso em termos humanos, e imaginarmos uma pessoa definida pela ansiedade desesperada de ser curtida, qual é o quadro que vemos? O de uma pessoa sem integridade, descentrada. Em casos mais patológicos, vemos um narcisista – alguém incapaz de tolerar em sua autoimagem as manchas que seriam representadas pela possibilidade de não ser curtida e que portanto busca uma fuga do contato humano ou se dedica a sacrifícios cada vez mais extremos da própria integridade com o intuito de ser curtida.

O resto você continua lendo aqui.