Design

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A marca de amplificadores Marshall já havia se miniturializado ao focar sua produção também em fones de ouvido – e aproveitou a atual onda de roqueiros velhos pra capitalizar em cima deles fabricando seu próprio celular. O Marshall London é só um celular Android OK que, segundo o fabricante, é focado na experiência sonora, mas isso pode ser um grande papo furado apenas pra vender esse belo telefone com visual vintage.

Vi no Verge.

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Confesso que fiquei completamente por fora da polêmica e da realização do encontro de Ivete Sangalo com o Criolo para homenagear Tim Maia – muita informação inevitavelmente faz a gente deixar passar um monte de outras coisas -, mas não dá pra passar batido dessa capa horrorosa feita a partir de uma foto normal da dupla. Tem gente que pode achar que capa de disco é coisa do passado, que a era digital transformou o que era um pôster quadrado em um ícone de desktop, não-sei-o-quê e tralalá, mas não dá pra não lamentar que dois nomes tão importantes pra música brasileira lancem um disco com uma capa que parece uma coletânea genérica que a Paradoxx lançava no final dos anos 90…

Lindaça essa capa que o mestre Chris Ware fez pra matéria que a New Yorker escreveu sobre o Minecraft no mês passado.

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E por falar na nova temporada de True Detective (estão gostando? Demora pra pegar, mas vai bem…), o site do Creators Project conversou com o Raoul Marks, designer australiano que criou a abertura da primeira temporada e ganhou um Emmy sem ter saído de seu pequeno escritório em Sidney, sobre a variação das colagens em câmera lenta para a nova temporada da série:

“The more gloomy monotone vibes of the first season weren’t going to work… We needed some brighter turquoise and reds. We relied heavily on still photography for a lot of the locations and textural elements in the sequence. In fact, the majority of imagery comes from still images. So a large part of production was bringing the photography to life. It needed to reflect our new setting of fictional Vinci, California, and feel like a lucid dream—unsettling and full of Californian heat. The goal was to be recognizable, but also to take a new angle on the iconic aesthetic of California. We were lucky enough to have been given a whole bunch of work by photographer David Maisel. He has some beautiful photographs that we referenced: high contrast black-and-white imagery of all the snaking freeways in Los Angeles, wider California and the Lake District, and also abstract aerial photography.”

Dá pra ler a entrevista inteira aqui.

Com Wes Anderson a função do diretor parece envolver necessariamente a do diretor de arte, como reforça esse tumblr dedicado à suas paletas de cores:

Tem mais lá.

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Todo mundo já deveria conhecer e reconhecer a maestria do designer Saul Bass para apresentar filmes clássicos – mas o pessoal do Art of Title fez essa sequência para que mais uma vez possamos nos deslumbrar com algumas das mais incríveis aberturas da história do cinema.

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Nem lembro direito quando conheci a Babee – lembro que ela ainda era tímida, gordinha, baixinha, andava toda encolhida e usava óculos – mas com certeza foi aqui em São Paulo. Dois candangos expatriados na ainda cinzenta metrópole que gostavam de músicas que a maioria das pessoas nem conhecia – algumas conexões hoje óbvias foram sendo criadas, tanto que quando a chamei pra discotecar comigo numa das primeiras Noites Trabalho Sujo sabia que ela podia me ajudar a fazer a festa a crescer e que poderia deixá-la mais próxima – o que é um prazer especial de fazer as NTS (a convivência com esses três ♥). Hoje ela se despede das Noites Trabalho Sujo sem rumo certo em relação à festas, mas fecha mais um ciclo que inclui a volta de seu blog Boo Moster Bop, casa de um dos meus podcasts favoritos, o Boombop Shuffle, para o Fubap (com o fim dOEsquema), a pausa na festa De Puta a Madre e sua nova fase artista plástica – ela também faz altas colagens pra quem não sabe. E explica melhor:

“Logo que pausei a produção da festa De Puta a Madre, em que produzia e tocava, ganhei mais tempo para pensar em novos projetos pessoais, no trabalho de colagem e comecei a produzir e experimentar muito mais. Sair da NTS é o próximo passo para que eu possa me dedicar de verdade e tentar fazer uma coisa de cada vez, hehe”, ela ri, mas é sério – e aos poucos ela está fazendo ilustras (quem quiser chamá-la pra frilas, é so dar um alô) e vendendo prints de suas ilustrações em eventos pela cidade.

“Comecei porque queria fazer algo com as mãos, ficar um pouco mais offline e tinha um monte de revista velha em casa. Fui lendo sobre Surrealismo/Dada/Colagens – que já me interessava bastante -, conversando com amigos – principalmente o Laurindo mestre -, mostrando uma colagem aqui e ali e geral me incentivou bastante. Daí rolou exposição, convites pra trabalhos legais, para participar de feirinhas independentes e muitos contatos com gente talentosa. Agora estou criando um site pra expor todos os trabalhos (uso o flickr e não tem nem metade do que produzi) já com uma lojinha pra vender alguns prints e originais.” O site é esse e alguns exemplos vêm a seguir, dá uma sacada no nível.

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A nova fase também muda a pegada do blog: “Muda o ritmo. Ainda estou organizando a casa mas a ideia é produzir mais conteúdo, resenhar discos/faixas/EPs/shows e fazer cada vez mais mixtapes”, conta. “2015 tem sido um grande ano, na real. Me surpreendo diariamente com as mudanças e isso tem deixado a minha vida muito mais interessante e divertida. A minha trilha sonora desse ano – até agora – é Acessórios Essenciais – do Rio – e Ava Rocha. Tenho lido bastante sobre os Beats e sobre a história de Laurel Canyon.”

Por isso não perca a oportunidade de dar um beijo na Babee hoje à noite, porque a festa vai ser muito especial. E – spoiler – ela já escolheu a música da despedida:

Cinemarquitetura

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O arquiteto e ilustrador italiano Federico Babina reuniu suas duas paixões a uma terceira – o cinema – e criou essas casas fictícias pra vários diretores clássicos num projeto chamado Archidirector:

Tem várias outras lá no site dele.

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Favorito da casa, o ilustrador curitibano remixa clássicos do Banksy usando personagens da Disney e da Hanna Barbera

E os grafites viraram até até um livro de colorir! Fictício, por enquanto:

O velho 007 vai muito além do mítico Dry Martini, como vê-se nesse infográfico:

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Vi aqui.