Porque Ringo Starr é o melhor baterista de todos os tempos

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E nem sou eu quem está dizendo, mas outros bateristas – como Dave Grohl, Stewart Copeland, Questlove, Chad Smith, entre outros – que celebram o minimalismo lateral do beatle para este vídeo feito para a entronização do baterista ao Rock & Roll Hall of Fame deste ano.

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Joan Jett, Kim Gordon, Lorde e St. Vincent em tributo ao Nirvana durante a cerimônia de introdução da banda ao Rock and Roll Hall of Fame 2014

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O Nirvana foi um dos homenageados na vigésima nona cerimônia do Rock and Roll Hall of Fame, que aconteceu na noite de quinta pra sexta no Barclays Center of Brooklyn, em Nova York. E mesmo que esse prêmio, na prática, não signifique grande coisa, a noite de ontem serviu para reunir novas e velhas estrelas como Joan Jett, Kim Gordon, Lorde e Annie Clark (aka St. Vincent) para celebrar a importância da banda ao lado dos integrantes remanescentes da banda, Dave Grohl, Krist Novoselic e Pat Smear. Seguem os vídeos abaixo:

 

Nirvana + Beatles

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Paul McCartney voltou a se reunir com os integrantes vivos do Nirvana para mais uma sessão ao vivo, na sexta da semana passada, no bis do show de sua turnê Out There. Estava passando por Seattle e chamou Dave Grohl, Krist Novoselic e Pat Smear para repetir a versão da música que fizeram juntos no final do ano passado (a fraca “Cut Me Some Slack”) e tocar músicas dos Beatles (“Helter Skelter”, “Get Back”, “The End” e uma versão para “Long Tall Sally”, de Little Richards, que também foi gravada pelo quarteto inglês). Veja os vídeos aí embaixo:

 

Rush: Um monumento à autoimportância

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Sim, são os Foo Fighters celebrando a chegada do Rush ao Rock’n’Roll Hall of Fame na quinta-feira passada, fazendo cosplay do trio canadense e tocando nada menos que “Overture”, do icônico 2112:

A homenagem não ficou só em música. Dave Grohl empolgou-se e preparou um discurso daqueles para celebrar a importância da banda, explicando que a banda preferiu seguir fiel aos seus princípios mesmo que eles parecessem cafonas e datados. Ao destacar as qualidades nerds e cheias de autoimportância de cada um dos três músicos que são a única formação clássica do grupo (caso raríssimo na história do rock), Grohl também reforça a devoção dos fãs da banda, algo que, compara, só chega aos pés do Grateful Dead, chegando ao centro de sua argumentação disposto a listar, um a um, todos os títulos de discos da banda como clássicos imbatíveis que só os fãs de Rush sabem reconhecer.

Logo em seguida foi a vez do próprio trio foi agradecer a reverência, para, depois das falas de Geddy Lee e Neil Peart (que, além de reconhecer a honraria, saudaram o humor e a paciência dos companheiros de banda), terminar com um discurso peculiar do guitarrista Alex Lifeson, que caracteriza o quanto o Rush está fora dos padrões da história do rock. Talvez tenha a ver com o fato de eles serem canadenses…

E, pouco depois, fazer o que sabem fazer melhor:

Não dá para desmerecê-los. Por mais que o trio pareça caricato e brega para quem o vê de fora, é inevitável reconhecer o Rush como uma das forças mais emblemáticas da história da música pop. Dave Grohl comparou a seriedade da devoção de sua horda de fãs com as dos deadheads, o culto itinerante que persegue o Grateful Dead para onde ele for, mas que esse fanatismo tem parentesco com outro tipo de religião cultural, igualmente caricata e brega: o nerd clássico. Não esse nerd cool e digital de hoje em dia, que curte música eletrônica, se veste com roupas de grife e circula por agências de publicidade e casas noturnas. Mas aquele nerd anos 70, mais feio e desajustado que um personagem do Crumb e completamente obcecado com algum assunto invariavelmente chato e meticuloso: montar computadores, plastimodelismo, radioamadorismo, RPG, histórias em quadrinhos, ficção científica ou cards de beisebol. E Rush. Enquanto Led Zeppelin e Pink Floyd faziam o som que a geração pós-hippie descobria seu próprio hedonismo, o Rush convidava fãs a um universo particular, alheio ao resto do mundo, cerebral, em que ficção científica, música erudita, filosofia e sagas épicas serviam como fio condutor para riffs inesquecíveis, refrões memoráveis, solos arrebatadores (inclusive de bateria, claro).

Tive minha fase Rush na adolescência e ouvi até furar discos como Moving Pictures, Fly by Night, Exit… Stage Left, Hemispheres, Permanent Waves e 2112. Sei cantarolar riffs, solos e letras inteiras graças a horas ouvindo os três canadenses tocarem muito alto na sala de estar da casa dos meus pais ou nas caixas de som de um carro de algum amigo, seja parado em alguma paisagem pastoril brasiliense ou à toda sem rumo pelas avenidas intermináveis da minha cidade. Mas nunca havia os visto ao vivo. Afinal, houve um tempo em que “o show do Rush no Brasil” era o equivalente a “o show do Radiohead no Brasil”, uma utopia inalcançável, um grande amanhã.

Calhou dos três anunciarem finalmente sua vinda na época em que eu vivia minha fase frila, três anos sem patrão que me fizeram entender a amplitude do conceito de jornalismo e sua natureza artística (mas isso é outra conversa). Ao saber da confirmação da vinda do Rush ao Brasil, acionei o compadre catarinense Emerson “Tomate” Gasperin, que ainda morava em São Paulo, para celebrar nossa devoção adolescente do passado em forma de ganha-pão e vendemos para uma pequena editora que nem me lembro o nome (só do logotipo, uma silhueta de um caubói – !?!?!) um especial sobre a banda. Chamei outro chapa que também era afeito ao trio – o alagoano Fernando Coelho, ele sim fã de carteirinha -, e juntos escrevemos uma revista inteira dedicada ao Rush, suas diferentes fases, discografia comentada, dados sobre os instrumentos usados e até uma história em quadrinhos dedicada aos fãs do grupo (escrita e desenhada por outro broder, Zé Dassilva). A revista nos valeu a grana do frila e ingressos para o show – uma forma que nós encontramos para cumprimentar uma seriedade adolescente que encontrou no culto ao grupo uma forma de ser exercida. O único resquício digital dessa revista que encontrei foi esta imagem abaixo, no cache do Google de uma página do Mercado Livre que já não existe… Com certeza a tenho em algum lugar aqui em casa, quando encontrar conto a história completa.

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Mas ela é só um exemplo do tipo de determinação que é compatível àquela motivada pelas canções do grupo. Como escreve Neil Peart num dos clássicos do grupo, para a voz esganiçada de Geddy Lee cantar:

“You can choose a ready guide in some celestial voice.
If you choose not to decide, you still have made a choice.
You can choose from phantom fears and kindness that can kill;
I will choose a path that’s clear-
I will choose Free Will”

Nerdismo pesado.

Creedence Clearwater Foo Fighters

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E esse encontro do John Fogerty com a banda do Dave Grohl?

Fueda.

SXSW 2013: Dave Grohl e a busca de sua própria voz

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Como o discurso de Bruce Springsteen no ano passado, a grande palestra no SXSW em 2013 foi feita por um músico. Em quase uma hora, Dave Grohl falou sobre como ele foi fisgado pelo rock’n’roll quando era adolescente, como aprender a gravar música sozinho na sala de estar de sua casa, como descobriu que o punk rock graças a uma prima, como entrou no Nirvana, como o mundo mudou nos últimos 20 anos e sobre o amor pela música num discurso bem humorado e apaixonado que conclui em um grande desafio para a vida: a importância de cada um encontrar sua própria voz.

Peguei a transcrição da fala de Grohl na Rolling Stone e colei logo abaixo. Se alguém se dispor a traduzir ou achar o vídeo acima legendado em português, dá um alô aí. Valeu Aline, Marcio e Alex, que deram a dica do vídeo legendado.

 

Paul McCartney e o resto do Nirvana no Criança Esperança do Rock

Não foi uma reunião do Nirvana, não foi épico, não foi histórico, talvez, se muito, divertido (e mais pra quem tava no palco): o fato é que a colaboração de Paul McCartney com os integrantes ainda vivos do Nirvana, para tocar uma música chamada “Cut Me Some Slack”, foi só mais um temperinho pro enorme Criança Esperança do Rock que aconteceu ontem em Nova York. Exagero? Veja abaixo:

 

Dave Grohl expulsa fã: “Cai fora do meu show, seu merda”

Vi no Update or Die.

O novo Nirvana

O Terron postou sobre a foto que o Dave Grohl e o Krist Novoselic que foi postada via Twitter dos Foo Fighters e que mostra os dois num estúdio, indicando que alguma gravação vem por aí. E ao compartilhar a notícia em seu reader, Chico Barney cogitou:

Afinal, quem substitui o Rodolfo… E eis que o Albert E. obedeceu. Com isso, eis o novo Nirvana: