Centro do Rock 2017: The Baggios + Siba

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Seguindo a programação do Centro do Rock do Centro Cultural São Paulo, hoje é dia de receber os sergipanos The Baggios na Adoniran Barbosa – e eles tocam ao lado de ninguém menos que o mestre Siba, além de prometer algumas surpresas. O show começa às 21h e há mais informações sobre a apresentação aqui.

Centro do Rock 2017: E a Terra Nunca… + Ventre

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E a primeira semana do Centro do Rock no Centro Cultural São Paulo termina com uma noite que promete ser memorável: o encontro das bandas Ventre e E a Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante tocando juntas no palco da Adoniran Barbosa, uma apresentação que só aconteceu uma única vez. Os ingressos estão terminando (mais informações aqui), não dê mole!

Centro do Rock 2017: Garage Fuzz

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Pedra fundamental do hardcore brasileiro, o grupo santista Garage Fuzz é a atração deste sábado do Centro do Rock no Centro Cultural São Paulo, quando lançam seu DVD Celebrating 25 Years. O DVD foi gravado na própria Sala Adoniran Barbosa e o show deste sábado começa às 19h (mais informaçõe aqui).

Centro do Rock 2017: Maglore

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A banda baiana Maglore dá continuidade às atividades no Centro do Rock no Centro Cultural São Paulo nesta sexta-feira, quando despede-se CCSP de seu terceiro álbum, III, num show que já está com ingressos esgotados (mais informações aqui). O grupo também aproveita para lançar o vídeo (abaixo) da música “Ai Ai”, que acaba de entrar na trilha sonora do seriado Malhação, que agora está nas mãos no Cao Hamburger. Também acontece hoje um debate sobre crítica musical e rock, às 19h, com mediação de Cadão Volpato, diretor do CCSP, e participação dos jornalista Lucio Ribeiro e Alex Antunes.

Centro do Rock 2017: Rakta

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A atração de hoje do Centro do Rock no Centro Cultural São Paulo é a melhor banda de rock do Brasil hoje: uma banda só de meninas sem guitarra. Além do show das Rakta (mais informações aqui), também há um mesa sobre o papel da mulher no rock com a participação da Paula e da Carla (ambas do Rakta), Taciana Barros (ex-Gang 90 e atual Pequeno Cidadão) e Sandra Coutinho (Mercenárias), com a mediação feita pela Claudia Assef. Vamos lá? O debate, de graça, começa às 19h e o show às 21h.

Centro do Rock 2017: Test Big Band

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O evento concebido para diagnosticar o atual rock brasileiro, o Centro do Rock começa nessa terça no Centro Cultural São Paulo, com um show de graça da Test Big Band (mais informações aqui) e segue até o final do mês com filmes, audição comentada, shows e debates sobre o tema. A programação completa você encontra no site do CCSP. Abaixo, o texto que escrevi para o catálogo da atividade, falando das transformações no gênero e o que está acontecendo no país.

Novo rock brasileiro

O renovado Centro do Rock reúne novos artistas de diferentes vertentes estéticas e culturais que encaixam dentro do elástico parâmetro do gênero

O impacto do rock desde sua criação vem da transgressão, da subversão, do desafio ao status quo e da intensidade emocional de misturar realidades e expectativas. A ambiguidade sexual, a revolta política, a mistura de raças e nacionalidades e o culto à personalidade transformavam o que poderia ser apenas um novo gênero musical – com raízes idênticas em realidades distintas (o blues e o country, as duas metades que até hoje simbolizam os Estados Unidos) – em uma febre global. Baixo, guitarra e bateria equilibrando frases elétricas e refrões em forma de hino fizeram esta novidade norte-americana se espalhar pelo planeta à medida em que a adolescência ganhava voz pela primeira vez na história.

Mas ao tornar-se clássico, o gênero passou a cultuar símbolos e uma mitologia que aos poucos engessou suas principais qualidades apenas para firmar seus holofotes apenas no ego dos artistas. Logo o astro do rock era mais importante que sua mensagem e aos poucos as premissas que tornaram o gênero musical em transformação comportamental foi envelhecendo com seus primeiros protagonistas, que perderam o viço da juventude e tudo – de bom e de ruim – que o rock tinha relacionado àquela faixa etária. Aos poucos a música eletrônica, o hip hop e uma nova vanguarda foram suprindo aquela necessidade de extravasão que antes era proporcionada pelo gênero. O rock foi se transformando em algo reacionário, reativo e eminentemente conservador – autocelebratório e machista, indulgente e preconceituoso, intolerante e caricato. Até o indie rock – versão alternativa para esse rock dito clássico – repete tais erros.

Este retrato, no entanto, é impreciso. Talvez pelo excesso de atenção em alguns dos grandes vendedores de discos do passado, o gênero passe por esse envelhecimento grotesco, mas ele não mostra as transformações que eventualmente estão sendo propostas por artistas mais novos. Temos novas gerações desconstruindo o formato estabelecido entre os anos 60, 70 e 80 e reinventando um rock que muitas vezes transcende gêneros e outras desafiam as expectativas.

Não é diferente no Brasil. Presente em dois dos principais momentos de popularidade da música no país – nos anos 60 da Jovem Guarda de Roberto Carlos e do Tropicalismo de Gil e Caetano e nos anos 80 da safra estabelecida a partir do primeiro Rock in Rio -, o rock é a porta de entrada para a maioria dos músicos do país no mercado e no cenário artístico. Nomes que depois se estabeleceram na chamada MPB e até na axé music e no sertanejo deram seus primeiros passos na carreira fazendo versões de clássicos em bandas de salão, botecos sem glamour ou em casas de show minúsculas que insistem em sua existência pela pura perseverança.

Ao mesmo tempo, as novas tecnologias permitiram que a comunicação entre grupos diferentes de artistas pudesse criar uma cena musical que não necessariamente pertença a um bairro, uma cidade, um estado ou uma região do país, fazendo artistas de diferentes faixas etárias e locais de origem pudessem se reconhecer umas nas outras à medida em que passeavam por festivais e excursões pelo país. Este reconhecimento estético vem criando uma nova geração de rock que, por culpa de outro efeito das novas tecnologias (a pulverização da informação em micronichos), já pode ser considerada uma nova safra de rock com características próprias. Como cada um destes artistas vem trilhando seu caminho particular, não há uma sensação de movimento ou de transformação coletiva que era característica do gênero em outras épocas.

Mas é uma ilusão. Essa transformação está acontecendo, novos rumos estão sendo trilhados e aos poucos o rock vem recuperando suas características de contestação, de subversão e de protesto. É essa a força-motriz da transformação do antigo Sintonia do Rock, que o Centro Cultural São Paulo realiza desde os anos 90, em Centro do Rock. Um novo espaço para reinventarmos esta nova cena coletivamente, reunindo artistas de diferentes tendências e vertentes estéticas (do indie ao metal, do glam ao experimental, do hardcore ao noise) que se encaixem nesta casa da mãe Joana chamada rock’n’roll. Afinal, o Hard Rock Café é só um shopping center

Contrapedal no CCSP

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O festival uruguaio Contrapedal baixa neste fim de semana em São Paulo e toma conta do CCSP no sábado e no domingo, reunindo atrações musicais, mostra audiovisual, exposições e outras atividades que integram criadores de toda a América Latina. E tanto a feira de criadores quanto a gastronômica leva a assinatura do Jardim Secreto. Mais informações sobre o festival, que é de graça, no site do evento ou na página do Facebook deles.

Concertos de Discos: A História do Rock Brasileiro

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Depois do mês de apresentação da série Concertos de Discos, em que cada disco clássico de 1967 foi analisado por um especialista, a partir de julho, o programa continua com um professor por mês. E como o tema do mês é rock – por causa do Centro do Rock -, convidei o Ricardo Alexandre para dissecar a história do rock brasileiro a partir de oito discos, que não são os melhores nem os mais importantes, mas que sintetizam a história do gênero a partir de diferentes épocas. Outra mudança é que iremos testar os concertos semanalmente todo sábado, a partir das 15h30, dentro da Discoteca Oneyda Alvarenga e gratuitos, como sempre. A primeira aula, neste dia 8, é sobre a trilha sonora da novela Estúpido Cupido e o disco Jovem Guarda de Roberto Carlos. A segunda, sábado 15, é sobre o disco-manifesto Tropicália ou Panis et Circensis e o Krig-Ha Bandolo de Raul Seixas. A terceira aula, no sábado 22, é sobre Seu Espião do grupo Kid Abelha e os Abóboras Selvagens e Selvagem?, do grupo Paralamas do Sucesso. E a última, no dia 29, é sobre o disco de estreia dos Raimundos e o terceiro disco dos Los Hermanos, Ventura. Vai ser demais.

Centro do Rock 2017

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A partir do dia 11 de julho, o Centro Cultural São Paulo abre-se para o melhor do rock moderno brasileiro, reunindo nomes como Rakta, Garage Fuzz, Boogarins, Test Big Band, Meu Reino Não é Desse Mundo, Thiago Pethit, Luís E a Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante + Ventre, MQN, Maglore, Vermes do Limbo + Bernardo Pacheco, Thiago Nassif, Jonnata Doll e os Garotos Solventes, Labirinto e The Baggios, além de debates, filmes e uma edição do Concertos de Discos dedicada à história do rock brasileiro. Mais informações no site do CCSP.

My Magical Glowing Lens no CCSP

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Gabriela Deputski lança seu ótimo Cosmos, o primeiro disco da banda que lidera, nesta quinta-feira, de graça, no Centro Cultural São Paulo (mais informações aqui). O detalhe é que nesta apresentação a formação inclui a Larissa Conforto, do Ventre, na bateria… Vai ser demais!