18 de 2018: Cine Doppelgänger

cinedoppelganger

Eu não esperava que o Cine Doppelgänger se materializasse tão rápido. Conheci a Joyce Pais no tempo em que trabalhava no Estadão e vinha acompanhando o crescimento do trabalho dela no Cinemascope ao mesmo tempo em que começava a tornar o Trabalho Sujo mais central na minha carreira, por isso sempre falávamos sobre sustentar um canal de comunicação e cultura de forma independente que não traísse o que queríamos fazer. Falávamos em fazer algo que juntasse os dois canais num mesmo espaço e aproveitasse nossa dinâmica pessoal, que torna nossos papos tão agradáveis quanto construtivos. Até que a partir do encontro em uma premiação de cinema brasileiro, começamos a conversar mais a sério em trabalhar juntos e, depois de participar de um vídeo em seu canal sobre Twin Peaks, levamos a ideia do Cine Doppelgänger para a Casa Guilherme de Almeida, que acolheu a primeira temporada oferecendo-a de forma gratuita para o público. Cada um de nós escolhe um filme sob um determinado tema e dissecamos os dois após exibi-los no terceiro sábado de cada mês. Conseguimos reunir um público aplicado, uma pequena comunidade de entusiastas em cultura que sabe da importância do encontro presencial e de assistir a um filme numa sala de cinema em vez de estar no sofá da sala de estar de casa. Foram seis sessões e seis conversas ótimas, que resumiram a temporada com obras de nomes como Orson Welles, Stanley Kubrick, Woody Allen e Kleber Mendonça Filho. E, com isso, finalmente voltei a falar sobre cinema, que havia deixado em segundo plano quando determinei o novo foco da minha carreira especificamente em música.

E a partir disso reestruturamos a sessão para um novo formato, que anunciaremos logo no início do ano que vem.

Quando verdade e ficção se misturam

cine-doppelganger-realidade

Eis a íntegra do bate-papo que tive com a Joyce Pais, do Cinemascope, em outubro na quarta sessão do Cine Doppelgänger, quando falamos sobre os filmes Zelig e F for Fake em um sábado de graça na Casa Guilherme de Almeida. Houve um problema na captação do áudio, mas dá pra ouvir 😉

A próxima edição do Cine Doppelgänger acontece no dia 15 de dezembro e reúne dois filmes brasileiros: Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra, e O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho, sob o tema Brasil aos Pedaços (mais informações aqui). As inscrições podem ser feitas aqui.

Cine Doppelgänger: Autoria em Xeque

17 de novembro: 8 ½ (1963) e Adaptação (2002)

17 de novembro: 8 ½ (1963) e Adaptação (2002)

Neste sábado temos a quinta sessão do Cine Doppelgänger, que faço junto com a Joyce Pais do Cinemascope, na Casa Guilherme de Almeida: uma sessão dupla de cinema de graça seguida de um debate sobre os pontos em comum entre os dois filmes. Desta vez reunimos os filmes 8 ½ (1963), de Fellini, e Adaptação (2002), de Spike Jonze, que lidam com o tema da autoria em xeque. O primeiro filme, 8 ½, começa às 11h em ponto e o segundo, Adaptação, às 14h, para que o debate comece perto das 16h30. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site da Casa Guilherme (e tem mais informações sobre a sessão aqui). Vamos lá?

O mal está entre nós

cinedoppelganger-diabo-

Eis a íntegra do bate-papo que tive com a Joyce do canal Cinemascope em setembro na terceira sessão do Cine Doppelgänger, quando falamos sobre Corra! e O Bebê de Rosemary em um sábado de graça na Casa Guilherme de Almeida.

A próxima edição do Cine Doppelgänger acontece no dia 17 de novembro e reúne os filmes 8 e 1/2 de Fellini e Adaptação de Spike Jonze sob o tema Autoria em Xeque (mais informações aqui). As inscrições podem ser feitas aqui.

Cine Doppelgänger: O Diabo Mora ao Lado

15 de setembro: O Bebê de Rosemary (1968) e Corra! (2017)

15 de setembro: O Bebê de Rosemary (1968) e Corra! (2017)

Na programação da terceira edição da sessão Cine Doppelgänger, eu e a Joyce, do Cinemascope, vamos exibir dois filmes tensos na Sala Cinematógraphos da Casa Guilherme de Almeida: primeiro o clássico O Bebê de Rosemary, de Roman Polanski (às 11h), e depois o hit moderno Corra!, de Jordan Peele (às 14h) – dois filmes de terror que lidam com o aspecto corriqueiro da maldade e que levantamm questionamentos sobre feminismo e racismo, refletindo suas épocas. Eu e Joyce conversamos sobre os dois filmes logo em seguida do segundo filme, às 16h30, e as inscrições para o debate podem ser feitas no site da Casa Guilherme de Almeida (mais informações aqui). Abaixo, você assiste ao debate que rolou logo depois da última sessão, A Paranoia por Dentro, que exibiu Rede de Intrigas e De Olhos Bem Fechados.

Sociedades secretas e a sociedade do espetáculo

cine-doppelganger-paranoia

Eis a íntegra do bate-papo que tive com a Joyce do canal Cinemascope no mês passado na segunda sessão do Cine Doppelgänger, quando revisitamos De Olhos Bem Fechados do Kubrick e Rede de Intrigas do Lumet em um sábado de graça na Casa Guilherme de Almeida.

Lembrando que neste sábado, a partir das 11h, acontece a terceira sessão, reunindo os filmes O Bebê de Rosemary e Corra! As inscrições podem ser feitas no site da Casa Guilherme.

Sobre os Coen e Lynch

cine-doppelganger-la

Eu e Joyce, do site Cinemascope, começamos a sessão Cine Doppelgänger na Casa Guilherme de Almeida no último mês de julho com a dobradinha de filmes O Grande Lebowski e Cidade dos Sonhos e depois da exibição dos dois filmes conversamos sobre eles e aproveitamos para falar sobre a produção dos diretores destes dois clássicos, David Lynch e os irmãos Coen. A íntegra do bate-papo foi filmada e pode ser assistida no canal do Cinemascope no YouTUbe.

O Cine Doppelgänger acontece todo terceiro sábado do mês e a próxima edição chama-se O Diabo Mora ao Lado e reúne os filmes O Bebê de Rosemary e Corra! – e as inscrições, gratuitas, podem ser feitas no site da Casa Guilherme de Almeida.

Cine Doppelgänger: Paranoia por Dentro

18 de agosto: De Olhos Bem Fechados (1999) e Rede de Intrigas (1976)

De Olhos Bem Fechados (1999) e Rede de Intrigas (1976)

Neste sábado temos mais uma sessão do Cine Doppelgänger, que faço junto com a Joyce Pais do Cinemascope, na Casa Guilherme de Almeida: uma sessão dupla de cinema de graça seguida de um debate sobre os pontos em comum entre os dois filmes. Desta vez reunimos os filmes Rede de Intrigas, de Sidney Lumet (de 1976), e De Olhos Bem Fechados, de Stanley Kubrick (1999), dentro do tema A Paranoia por Dentro e falamos sobre teorias de conspiração descortinadas por protagonistas incautos. O primeiro filme, Rede de Intrigas, começa às 11h em ponto e o segundo, De Olhos Bem Fechados, às 14h, para que o debate comece perto das 17h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site da Casa Guilherme (e tem mais informações sobre a sessão aqui). Vamos lá?

Cine Doppelgänger

cine-doppelganger-2018

Vamos conversar sobre cinema? Finalmente materializo um velho projeto que venho acalentando há anos com a minha querida amiga Joyce Pais, do site Cinemascope, e juntos temos o prazer de apresentar a sessão de debates sobre cinema Cine Doppelgänger, que acontece mensalmente entre julho e dezembro, todo terceiro sábado do mês, na Sala Cinematographos, que fica no Museu Casa Guilherme de Almeida (Rua Cardoso de Almeida, 1943 – Sumaré, São Paulo). A ideia é exibir sempre dois filmes – um escolhido por mim e outro pela Joy – e, no final da exibição, conversar sobre a relação entre os dois. A estreia do Cine Doppelgänger acontece neste sábado com a sessão Los Angeles, Cidade Permitida em que exibimos O Grande Lebowski (às 11h), dos irmãos Coen, e Cidade dos Sonhos (às 14h), de David Lynch, para depois conversar sobre pontos em comum e divergentes sobre a temática dos dois filmes. A inscrição é gratuita, basta entra no site da Casa Guilherme de Almeida.

Segue abaixo a programação completa do Cine Doppelgänger até o final do ano:

Dia 21 de julho: Los Angeles, Cidade Permitida

21 de julho: O Grande Lebowski (1998) e Cidade dos Sonhos (2001)

O Grande Lebowski (1998) e Cidade dos Sonhos (2001)

Os irmãos Coen e David Lynch comentam sobre o mundo de ilusões criado a partir de Hollywood em dois novos clássicos da virada do milênio. Enquanto Cidade dos sonhos mergulha na dicotomia entre a dura realidade e a sétima arte, borrando os limites entre estes dois universos, O grande Lebowski escancara a fábrica de mentiras do mundo do entretenimento da costa oeste norte-americana.

18 de agosto: A Paranoia por Dentro

18 de agosto: De Olhos Bem Fechados (1999) e Rede de Intrigas (1976)

De Olhos Bem Fechados (1999) e Rede de Intrigas (1976)

O último filme de Stanley Kubrick e a obra-prima de Sidney Lumet vão às entranhas das sociedades secretas e dos sistemas de poder para mostrar sua abrangência e escopo, contrapondo-se à pequenez da individualidade humana.

15 de setembro: O Diabo Mora ao Lado

15 de setembro: O Bebê de Rosemary (1968) e Corra! (2017)

O Bebê de Rosemary (1968) e Corra! (2017)

Dois filmes de terror que lidam com o aspecto corriqueiro da maldade, as obras de Polanski e Peele refletem a época de suas produções, levantando questionamentos sobre feminismo e racismo, além de aprofundarem-se no estudo da vileza humana.

20 de outubro: Realidade de Mentira

20 de outubro: Zelig (1983) e Verdades e Mentiras (1973)

Zelig (1983) e Verdades e Mentiras (1973)

Em dois documentários falsos, Woody Allen e Orson Welles escancaram a fábrica de ficções que é a sétima arte em duas obras seminais, que já lidavam com os conceitos de pós-verdade e fake news muito antes do século 21.

17 de novembro: Autoria em Xeque

17 de novembro: 8 ½ (1963) e Adaptação (2002)

8 ½ (1963) e Adaptação (2002)

Dois cineastas confrontados por suas obras começam a colocar em questão suas próprias existências como autores. O mitológico 8 e 1/2 de Fellini e o complexo Adaptação de Spike Jonze contrapõem duas crises criativas inversas – a primeira, as motivações por trás do início da criação artística; a segunda, o dilema autoral de trazer uma obra alheia para seu próprio reino criativo.

15 de dezembro: Brasil aos Pedaços

15 de dezembro: O Som ao Redor (2012) e Trabalhar Cansa (2011)

O Som ao Redor (2012) e Trabalhar Cansa (2011)

Dois filmes nacionais contemporâneos jogam luzes sinistras sobre este país dividido que nos acostumamos a se referir como um só. Enquanto o primeiro longa de ficção de Kleber Mendonça Filho, O Som ao Redor, espatifa a noção de normalidade ao revelar a rotina complexa e movida pela culpa de um bairro rico no Recife, o primeiro longa da dupla Juliana Rojas e Marco Dutra, Trabalhar Cansa, entra em um microcosmo profissional para se aprofundar nas entranhas de um Brasil farsesco – de modo apavorante.