As 300 melhores músicas dos anos 00: 44) Cansei de Ser Sexy – “Let’s Make Love and Listen to Death from Above”

As 300 melhores músicas dos anos 00: 90) Cansei de Ser Sexy – “Move”

As 300 melhores músicas dos anos 00: 255) Cansei de Ser Sexy – “Music is My Hot Hot Sex”

Vida Fodona #187: Descansar entre aspas

Semaninha de férias e, como você deve ter suposto, mais um Vida Fodona Soundsystem, desses pra dançar. Shall we?

!!! – “Heart of Hearts”
LBCK – “Might Like Jeffer Better (Drus mashup edit)”
VHS or Beta – “Disco Paradise”
Marina + Soko – “Mum”
MSTRKRFT – “She’s Good for Business”
Cut Copy – “Lights & Music”
Weekend Warrior – “What U Want”
Cicada – “Falling Rockets (Just A Band Remix)”
David Bowie – “Rebel Rebel (Soulwax Club Mix)”
Cansei de Ser Sexy – “This Month, Day 10”
Gossip – “2012”
Basement Jaxx – “Plug It In (feat. JC Chasez)”
Junior Senior – “Take My Time”

Por aqui.

On the Run 60: JD TAKE BACK THE NIGHT MIX 2009

E aproveitando a deixa do Men, segue aí um setzinho bala da JD Samson. Se ela morasse por aqui, fatalmente a convidaria pra discotecar numa Gente Bonita – sente o astral do set.

JD TAKE BACK THE NIGHT MIX 2009 (MP3)

2 Unlimited/ “YMCA” (Intro)
Yelle – “A Cause De Garcons (Sta Remix)”
Deniece Williams – “Let’s Hear It For The Boy”
Simian Mobile Disco – “Hot Dog”
Cece Peniston – “Finally”
The Ting Tings (Calvin Harris Remix) – “Great Dj”
Cut Copy – “Far Away (Hundreds And Thousands Remix)”
Empire Of The Sun – “We Are The People (Shazam Remix)”
Lykke Li – “Breaking It Up (Punks Jump Up Remix)”
Debarge – “Rhythm Of The Night”
Justice – “D.A.N.C.E. (MSTRKRFT Remix)”
Daft Punk – “One More Time”
Gwen Stefani – “Hollaback Girl (Diplo Baltimore Hollertronix Remix)”
Santogold – “Creator (Scottie B Remix)”
N.A.S.A Featuring Sizzla, Amanda Blank & Lovefoxxx – “A Volta”
Treasure Fingers – “Cross The Dancefloor (Designer Drugs Remix)”
Black Kids – “I’m Not Gonna Teach Your Boyfriend How To Dance with You (Twelves Remix)”
The Presets – “This Boy’s In Love (Lifelike Remix)”
Busy P – “To Protect And Entertain”
Hercules And Love Affair – “You Belong (Riton Remix)”
Gossip – “Yr Mangled Heart (Linus Remix)”
Jeppe – “Johnny Come Home”
Pointer Sisters – “Send Him Back (Pilooski Remix)”
Littleboots – “New In Town (Fred Falke Remix)”
CSS – “Move (Frankmusik Remix)”
Lauren Flax Featuring Sia – “You’ve Changed”

Lovefoxxx! Há quanto tempo…

A Kátia linkou esse vídeo em que a vocalista do Cansei de Ser Sexy fala de suas novidades para a Bárbara do My Cool.

Justin Timberlake descobre o Brasil

O ex-N Sync postou semana passada em seu blog sobre as novidades musicais brasileiras que descobriu recentemente (e a especulação é por show do cara por aqui no segundo semestre) e listou nomes como Cansei de Ser Sexy, Bonde do Rolê, Bo$$ in Drama (que ele chamou de “o Chromeo em uma pessoa”) e Montage (que comparou com Prodigy misturado com Shiny Toy Guns). Talvez fosse a deixa pra algum deles – ou todos – remixarem algo do Justin e aproveitar essa onda.

Hoje só amanhã: a quinta semana de 2009

Amanhã não, segunda – nesse domingo não tem Trabalho Sujo.

A volta do Legião Urbana
Gravações raras de João Gilberto ressurgem na internet: tanto as gravações que fez na casa do fotógrafo Chico Pereira em 1958 (o técnico de som Christophe Rousseau fala mais sobre o assunto), quanto o show ao lado de Tom Jobim, Os Cariocas e Vinícius de Moraes em 1962 e as gravações do tempo do Garotos da Lua, em 1950 (que repercutem) •
Lost: Jughead
Sílvio Santos portátil
Dakota Fanning, 15 anos
Little Joy em São Paulo
Moleque chapa no dentista, é remixado e vira desenho
Entrevista: Matt Mason (Pirate’s Dilemma)
Vazou o disco de Lily Allen
Trailers novos: Transformers 2 e Jornada nas Estrelas (com menção ao Cloverfield) •
Rick Levy se aposenta da naite
50 anos do dia em que a música morreu
Banda Calypso é indicada ao Nobel da Paz
Lux Interior (1948-2009)
Legendas.tv fora do ar (e hackers sacaneiam o site da APCMdeu no G1) •
A história do Kraftwerk
Krautrock dance
Emma Watson, 18 anos
Paul’s Boutique comentado pelos Beastie Boys
Soulwax faz set só com introduções de músicas (uma idéia que o Osymyso já tinha tido) •
Alan Moore e a televisão do século 21 (que aproveita para falar de sua participação nos Simpsons) •
Phelps dá pala, devia ter respondido assim, mas é punido; Ronaldo sai em sua defesa
Um herói candango
Vocalista do Gogol Bordello já agitou feshteenha no Rio e vai tocar no carnaval do Recife com Mundo Livre e Manu Chao
Saiu a escalação do festival de Boonnaroo
Forgotten Boys sem Chucky
Comentando Lost: The Lie
A história do krautrock
Entrevista: Lawrence Lessig
Comentando Lost: Jughead
Kraftwerk 1970
Oito episódios para o fim de Battlestar Galactica
Of Montreal tocando Electric Light Orchestra
Fubap de cara nova
“Friday I’m in Love” sem palavras
Todas as mortes em Sopranos
Christian Bale estressa com produtor e é remixado
Montage papai
As calcinhas da Kate do Lost são brasileiras
Lykke Li 2009
Cansei de Ser Sexy x Chromeo
Visita à discoteca Oneyda Alvarenga
Moleque do dentista e Christian Bale são remixados

Chromeo x Cansei

E esse remix do Cansei de Ser Sexy pra um dos hits do Chromeo, vocês ouviram? Cheia de blips e mais sintética que o original, ela mexe pouco na estrutura da música e mais no arranjo robótico – o suficiente pra dar uma cara nova pra faixa. Curti.

Chromeo – “Fancy Footwork (CSS Remix)

Indiegraça

Um blog de MP3 começa a rascunhar um quadro da primeira década do século no pop brasileiro



Existe um pop brasileiro dos anos 00 como houve em décadas anteriores, que pode ser visto como uma geração? Além das viúvas da MPB, das bandas intermináveis dos anos 80, dos jingles da TV vendidos como música e das sobras da axé music, do pagode e da música sertaneja, existe sim uma cena independente sólida, com protagonistas (e até antagonistas), escalões, referências, discos clássicos, shows históricos, momentos de catarse e modelos de negócios e gestão. Por mais que pareça estar às brechas do grande mercado, todo esse cenário se comunica, se freqüenta e se conhece a ponto de não serem mais encarados como movimentos esparsos e isolados. Pra mim é cada vez mais evidente que veremos, nos próximos dez anos, estas mesmas bandas que começaram a dar seus primeiros passos no século 21 fazendo a história da música brasileira e, aí é mais torcida minha, tirar o vínculo de pop com a adolescência que ainda existe no país.

Porque, não sei se você já percebeu, se você faz, ouve ou gosta de música pop depois dos, hmm, chutando…, 28 anos, no Brasil, é automaticamente rotulado de imaturo. Toda rebeldia juvenil e graça descartável que movem o melhor pop desde seu nascimento são usadas como forma de rebaixar o ouvinte como tendo um gosto musical infantil – e que isso pode ser refletido no resto de suas ações. O estereótipo do roqueiro velho sem ter onde cair morto é rogado em discussões de boteco como se fosse praga e inevitavelmente são evocadas a rudeza, a simplicidade, a selvageria e o ruído do gênero como forma de denegri-lo. Seu interlocutor provavelmente se considera um “amante da boa música” e desfila discos de jazz e MPB como se exibisse vinhos, gravatas, charutos – enquanto você sabe muito bem o que ele poderia fazer com esse charuto.

É claro que esse elitismo chinfrim do “bom gosto adulto” existe fora do Brasil, mas aqui ele atende pela singela sigla de MPB. O “gênero”, inventado nos anos 70, é responsável por engessar a expansão de consciência da música brasileira entre o virtuosismo jazzista e o formato voz e violão, tratando a bossa nova como se fosse o segundo sopro de Deus. A partir dali, qualquer manifestação fora deste formato era visto como “primitiva” e “rústica”. Se ainda lembramos que, nos tempos da ditadura, a MPB era a trilha sonora de uma geração que se opunha fortemente à “dominação cultural” dos Estados Unidos, o pop ainda era rotulado de “produto capitalista” e “alienante”. E tome aspas.

Ou seja: ou você faz música pop ou você faz MPB. Ou faz música descartável, desimportante, de fácil aceitação mas de difícil retenção ou deixará seu legado para a história. Papo furado. Quem acompanha a produção musical brasileira sabe que o som que menos tem importância – e que é mais facilmente aceito – hoje em dia é a própria MPB. A onipresença de cantores de barzinho inclusive nas paradas de sucesso (afinal de contas, o que são artistas como Seu Jorge, Ana Carolina ou Jorge Vercilo?) é só a ponta do iceberg deste problema chamado MPB – se formos além, perceberemos que o número de combinações de regravações, parcerias e discos ao vivo é finito e teremos uma geração inteira que cresceu ouvindo mais músicas regravadas do que compostas em sua época.

Por outro lado, onde ouvir essa tal produção musical pop brasileira que eu digo que é tão madura e sofisticada quanto a MPB? Primeiro: ela não é tão madura e sofisticada quanto a MPB – nem sequer aspira a isso. Essa geração dos anos 00 junta dois aspectos do pop produzido na década anterior – a vontade de experimentar com todo os generos musicais que reuniam em um denominador comum bandas tão diferentes como Chico Science & Nação Zumbi, Raimundos, Skank, Planet Hemp e Graforréia Xilarmônica e a tentativa romântica e heróica de criar um mercado independente na marra que unia selos e bandas com nomes e refrões em inglês. Esse segundo ponto especificamente foi crucial na consolidação de um pop em caráter nacional graças à forma como esta cena abraçou a internet. Se muita gente ainda se empolga ao descobrir o funcionamento de redes sociais como o MySpace, saiba que a raiz disso já acontecia no Brasil há mais de dez anos – incluindo aí até a troca de MP3.

O que nos leva ao assunto que deu origem a todo esse meu blábláblá – o blog Freak To Rock You, que reúne apenas discos do pop dos anos 00 para download gratuito. Com uma longa carta de intenções em forma de um disclaimer, os quatro autores – que também tocam outro blog de discos em MP3, o Glamourous Indie Rock’n’Roll – pintam uma paisagem que claramente valida o que eu disse no primeiro parágrafo, tirando toda interferência do caminho. E assim, resgatam discos que nem sequer existem mais – pois saíram com tiragem pequena, foram lançados de forma caseira ou foi material retirado da internet – e os colocam ao lado de discos que muita gente só ouviu falar de seu lançamento, mas nunca pode ouvi-lo de fato.

Está tudo lá, desde nomes que freqüentam o mainstream (Nação Zumbi, Pitty, Los Hermanos e Cansei de Ser Sexy), a outros que já estão estabelecidos neste mercado independente (como Jumbo Elektro, Mombojó, Cascadura, Superguidis, Móveis Coloniais de Acaju, Vanguart, Gram, Lucy & the Popsonics, Cachorro Grande, Júpiter Maçã e Ludov), diversos coadjuvantes esforçados e até uns EPs, como o King of the Night do Copacabana Club, o Pra Onde Voam Os Ventiladores de Teto no Inverno? do Bidê ou Balde, o Onda Mortal do Cansei (com os mashups tocados ao vivo, hits dance mal-tocados e uma versão inacreditável pra “Humanos” do Tókyo) e um “fan pack” da Mallu Magalhães, com músicas que ela gravou antes de lançar o disco (além de “10 fotos em HD” – uia). Dá até pra tentar adivinhar o gosto de cada um dos quatro a partir de seus posts (me corrijam se eu estiver errado): o Henrique é mais completista indie um tanto conservador, a Hay curte o som quando dá pra dar uma dançadinha, o Lucas é mais pop e curte canções e o мaяv é o gaúcho da história.

Pode até ter alguém que chie para tirar seu disco do blog (eu bem que queria saber quem…), mas é como pedir para sair de uma foto oficial da década, que já está quase chegando à sua pose final. Olha a responsa, hein!