O último “Doce de Coco”

Emocionante esse vídeo feito pelo Eduardo Escorel dois dias antes da morte de Paulo Moura, em que ele toca “Doce de Coco” de Jacob do Bandolim em público pela última vez, acompanhado de Wagner Tiso. Vi lá no Bruno.

Tudo fica mais bonito em câmera lenta

Menos a música desse vídeo, mas aí você põe outra pra tocar por cima. Vi lá no Bruno.

A real sobre a seleção brasileira, por Marcelo Adnet

Vi no Bruno.

Snooooooooooooooooooooooooooooooooooo…ooop!

Não é só com a Katy Perry: Snoop Doggy Dogg segue como um verdadeiro operário padrão da indústria do entretenimento, trabalhando sem parar. O Bruno compilou algumas novas do malaco e eu selecionei essa trombada que o Mayer Hawthorne deu nele.

O fim de Lost por Bruno Natal

Lost terminou e deixou perguntas e mais perguntas sem resposta. E poderia ser diferente? O programa se baseou no mistério e no realismo fantástico, sempre oferecendo questões, nunca soluções. Não seria nem coerente mudar agora.

A compilação de questionamentos em aberto feita pelo College Humor faz piada com a ânsia por resultados de boa parte dos fãs da série. Taí um ponto positivo de ter acompanhado Lost sem tanto fervor: fica mais fácil aceitar a trama proposta pelos criadores, em vez de se frustrar por não ver suas próprias teorias confirmadas.

Não daria nem tempo de explicar tudo que se esperava (e olha que se apelassem pra esse expediente ao longo da temporada, certamente a decrescente audiência na TV dispararia outra vez) e a verdade é que não precisava mesmo. Todo maníaco por Lost, conhecendo os caminhos e descaminhos de cada personagem, pode deduzir sozinho o que aconteceu com eles após Jack fechar os olhos pela última vez.

Foi o melhor final possível. Aberto, possibilitando que a série possa ser reassistida sem perdas na segunda volta, como acontece, por exemplo, nos filmes de mistério-pipoca de M. Night Shyamalan.

Vivemos a era da internet, em que programas de TV não tem mais horários fixos, discos não tem data de lançamento, em que a informação está fragmentada em diversos lugares, sendo processada de acordo com a buscas e os interesses de cada um. As pessoas se conectam e criam suas próprias verdades e realidades. Não existe mais lugar para nada pronto e embrulhado. Lost estaria totalmente na contramão se entregasse respostas prontas. E o seriado nunca esteve a favor do fluxo de obviedades.

2001 não é tido como um dos melhores filmes da história por conta da sua objetividade, pode ter certeza. Num mundo cada vez mais sedento por respostas curtas, o final de “Lost” foi uma ode as metáforas, a imaginação, as livres interepretações.

* Bruno escreveu este texto em seu blog.

Lost por Bruno Natal

Lost é um fenômeno cultural, não apenas uma série de TV. A narrativa cortada, os desdobramentos online e principalmente a maneira com que a estratégia do mistério foi capaz de engajar uma audiência global e simultânea é um marco. Se você não é fã da série e não aguenta mais esse assunto, prepare-se: é um acontecimento que será estudado e analisado por muito tempo ainda. É exatamente por isso que acompanhar a derradeira temporada tornou-se obrigatória não apenas para os maníacos pela ilha, mas por qualquer um com o mínimo de interesse nas muitas áreas do entretenimento.

Foi exatamente essa última porta que me trouxe ao último capítulo nesse domingo. Tendo acompanhado boa parte da primeira temporada e desistido de Lost por absoluta falta de paciência para ocupar a cabeça tentando desvendar a intrincada trama. Escaldado com a frustração da conclusão da trilogia Matrix, preferi deixar passar. Porém, antes da ducha de água fria, naqueles seis meses entre Matrix Reloaded e Matrix Revolutions qualquer encerramento da saga de Neo era possível. Em meio as intermináveis discussões sobre o que poderia acontecer, uma única certeza resistia: após o lançamento do terceiro filme provavelmente ninguém viveria esse período de especulações. A resposta estaria, para sempre, a um clique de distância.

Bombardeado pela apreensão dos fãs de Lost antes do início da sexta temporada, percebi que algo parecido estava acontecendo. Com a diferença de que era algo com alcance ainda maior, afinal Lost é um programa de TV. Se quisesse viver esse momento cultural histórico com o mínimo de envolvimento, incrementando a experiência social, a última chance era essa, nem que fosse entrando pela janela, através de resumos e mais resumos de cada uma das temporadas anteriores.

Seja como for, tornou-se impossível escapar do assunto, até quem não assistiu um episódio da série sabe um bocado sobre ela. Sugado pelos segredos da ilha, não demorou muito para entrar em rota de colisão com os fãs mais radicais. Um dia, ao fazer um comentário sobre a fotografia do episódio na noite anterior no Twitter (imaginando que se até eu já havia assistido, todos deveriam ter assistido também), falei mais do que devia e tive uma fatwa decretada em meu nome. Havia cometido o mais vil dos pecados, um spoiler, e questão de segundos estava chovendo xingamento para mim.

O ocorrido serviu para ilustrar como são delicados os tempos atuais em termos de informação. Ao mesmo tempo que os episódios são disponibilizados na rede menos de um hora após serem exibidos nos EUA, as pessoas continuam tendo cada uma o seu tempo para assistir. Tem os apressados que correm pra ver, tem gente que espera até final de semana, tem gente que espera acumular para assistir vários episódios em sequência. A mudança na distribuição do conteúdo interefere inclusive na maneira como algo tão banal quanto um programa de TV é conversado nas ruas. O fato de Lost, tão dependente da expectativa, ter conseguido prender atenção de milhões de pessoas nessas circunstâncias é uma vitória por si só.

Nesse domingo a série chega ao fim e estaremos todos finalmente livres para falar o quanto quiser sobre Lost e finalmente poder discutir o final dessa história. Isso é, se as respostas vierem. O que aliás, pouco importa e pouca gente quer. O segredo da longevidade de Lost promete mesmo ser o eterno mistério.

* Bruno Natal foi quem teve a idéia dOEsquema.

OViolão por aí

Nossa querida coletânea segue se espalhando por aí. A versão que Céu gravou de seu “Cangote” para a gente foi parar no programa da Patrícia Palumbo (que além de passar na Eldorado aqui em São Paulo também é retransmitido em Belo Horizonte, Curitiba, Salvador e no litoral paulista) e saiu em uma matéria no Segundo Caderno do Globo (não achei o link pra lá, depois eu ponho). O Léo, que fez a matéria, falou com outras iniciativas de juntar novos artistas em coletâneas online e conversou comigo e com o Bruno sobre o nosso disco.

Por que fazer um projeto como OViolão? E por que só voz e violão?
BN:
Não tinha muita pretensão, era mais pra juntar num mesmo projeto artistas independentes que fazem parte do dia-a-dia das notícias dos nossos blogues. A idéia do voz e violão é o batido “valorizar a composição”. Alguns desses artistas tem trabalhos experimentias, o que as vezes dificulta o entendimento por um público menos paciente.
AM: Queríamos também registrar essa geração como tal – não é um “movimento” ou uma “cena”, mas uma safra de compositores que nasceram na mesma época, aprenderam a gostar de música de um jeito parecido e teve que aprender como lidar com a música pós-MP3. A própria natureza do projeto – das gravações informais ao fato de ter sido lançado em dois blogs, sem dinheiro envolvido – acaba abordando esse ponto também.

Qual a importância (documental, cultural) de um projeto desse tipo?
BN:
Apresentar esses artistas de uma maneira mais intimista, o que raramente eles fazem, é interessante.
AM: E mostrar que não importa se um é DJ, o outro é do rock ou da MPB. É tudo música.

Há o desejo de lançá-la fisicamente?
BN:
A coletânea não foi feita com essa intenção, sequer foi masterizada apropriadamente. Poderia ser legal até, porém acho que o público de um projeto desses é forte online mesmo.
AM: O apelo é imediatista, é quase uma polaróide, enquanto registro…

Quantas composições são inéditas, quantas são novas versões?
BN:
Todas são versões inéditas de músicas já compostas e gravadas com outros arranjos.

Vocês se inspiraram em outras iniciativas do tipo? Aliás, quais são as outras iniciativas do tipo (gringas e daqui)?
BN:
Esse formato acústico não é exatamente uma novidade, mas também não tivemos essa preocupação. Foi mais pela curtição mesmo, pra ver no que dava. Uma iniciativa parecida, só que em vídeo, muito bacana são os “Les Concerts A Emporte”, do blogue francês La Blogoteque (www.blogotheque.net). Tem também o Música de Bolso, de São Paulo e o Pitchfork promove algumas coisas inéditas em vídeo.
AM: Estamos testando esses formatos não como uma gravadora ou um selo, mas como jornalistas mesmo. Jornalistas podem lançar discos? Outro dia o New York Times botou o disco do National inteiro pra ser ouvido no site do jornal – não era widget de gravadora nem embed do MySpace, tava hospedado no jornal. Tá tudo mudando, né? Não dá pra ficar parado, esperando o que vai acontecer…

Que critérios vocês usaram para escolher os artistas?
BN:
Gosto pessoal e relevância artística em sua geração.
AM: E a amizade. Somos amigos de quase todos os envolvidos – um abraço a eles, aliás.

Conversamos sobre a proximidade que há entre esse tipo de projeto (canções lançadas sozinhas, sem um álbum a uni-las) e os antigos compactos. Mas a lógica não é exatamente a mesma, não? Que diferenças e semelhanças você vê entre um projeto como OViolão e, os singles atuais e os velhos compactos de vinil?
BN:
No caso do OViolão, apesar de todos os artistas terem contribuído com músicas avulsas, todos obedeceram o mesmo critério, de experimentar e brincar com arranjos mais crus para suas canções.
AM: Acho que também nenhuma música se propõe “single” no sentido “música de trabalho”. São músicas que cairiam bem no meio do disco, numa roda de violão, no meio do show.

Maconha no Rio e em São Paulo

Enquanto o Bruno filma a Marcha da Maconha no Rio de Janeiro, a Folha noticia a recente seca de maconha em São Paulo.

Coachella 2010, por Bruno Natal


LCD Soundsystem…


…Xx…


…Flying Lotus…


…Yo La Tengo…


…Mayer Hawthorne…


…Phoenix…


… Atoms For Peace e muito mais na resenha que o Bruno fez do Coachella desse ano. Confere lá!

O gato de botas

E bem que o Bruno comentou que só faltava fantasiar o bichano

Valeu, Lilian!