Vida Fodona #519: Júpiter Maçã (1968-2015)

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Réquiem para um mestre da psicodelia.

Júpiter Maçã – “A Sétima Efervescência Galáctica”
Júpiter Maçã – “Pictures and Paitings”
Júpiter Maçã – “Modern Kid”
Jupiter Apple + Bibmo – “(Sometimes) Fire-Heading Man”
Júpiter Maçã – “Walter Victor”
Júpiter Maçã – “Little Raver”
Jupiter Apple – “Collector’s Inside Collection”
Júpiter Maçã – “Tropical Permanent Holidays”
Júpiter Maçã – “Eu e Minha Ex”
Júpiter Maçã – “A Marchinha Psicótica de Doutor Stu”
Júpiter Maçã – “Sociedades Humanóides Fantásticas”
Júpiter Maçã – “Exactly”
Júpiter Maçã + Os Pereiras Azuis- “As Outras Que Me Querem”
Jupiter Apple – “Head Head”
Júpiter Maçã – “Um Lugar do Caralho”
Júpiter Maçã – “Base Primitiva”
Jupiter Apple – “The True Love of the Spider”
Júpiter Maçã – “The Homeless and the Jet Boots Boy”
Jupiter Apple – “Bridges of Redemption Park”
Júpiter Maçã – “As Tortas e as Cucas”
Júpiter Maçã – “Over the Universe”
Jupiter Apple + Bibmo – “Seventy Man”
Júpiter Maçã – “The Freaking Alice (Hippie Under Groove)”
Jupiter Apple – “Metrópole”
Júpiter Maçã – “Um Sorvete Com Vocês”
Júpiter Maçã – “Essência Interior”
Júpiter Maçã – “As Mesmas Coisas”
Jupiter Apple + Bibmo – “Any Job”
Júpiter Maçã – “Samby-Groovy Theme”
Júpiter Maçã – “Miss Lexotan 6mg Garota”

Saca-me…

Bitter – Jupiter Apple and Bibmo

Resenha do disco novo do Júpiter, na mesma edição…

Jam session, baile de máscaras e aperitivo

Enquanto cria a mística em torno de seu quarto álbum – Uma Tarde na Fruteira, dizem, sai ainda este ano por um selo europeu -, Júpiter Maçã encontra tempo para alimentar sua mitologia pessoal com um disco quase bastardo, composto ao lado da parceira Bibmo, e gravado praticamente ao vivo. Em um clima de jam session (algumas músicas passam dos cinco minutos, a psicodelia californiana de “Deep” chega a 14!), Bitter é um baile de máscaras em que Flávio Basso veste suas fantasias prediletas (beatlemania, Sgt. Pepper’s, David Bowie, Roberto Carlos, Nuggets, Syd Barrett) e algumas novas – ao menos, para nós: “Exactly” é puro rock de Detroit (com Bo Diddley na veia), “Any Job” é um clone perfeito da fase Gram Parsons dos Stones, “Lovely Riverside” o coloca em pastos irlandeses. Mesmo assim, o disco tem mais cara de registro corrido do que propriamente de um álbum e faz as vezes de aperitivo para o aguardado próximo disco de Júpiter, sucessor do estranho Hisscivilization, que já tem algumas versões correndo na internet. Tudo para aumentar a lenda. Júpiter pode parecer maluco, mas, em alguns sentidos, ele sabe o que faz.