Os melhores discos de 2017: 29) Tatá Aeroplano & Bárbara Eugenia – Vida Ventureira

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“Vamo viver”

17 de 2017: 5) Virada Cultural no CCSP

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Outro senhor desafio foi levar a Virada Cultural para a Sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo, fazendo-a girar 24 horas com shows gratuitos que contemplavam a nova fase da música brasileira. Um desafio interno, principalmente, para convencer a produção do CCSP que era possível fazer trocas de palco em menos de uma hora, que havia público para assistir a shows às quatro da manhã e que todos os shows estariam lotados. Dito e feito: Juçara Marçal, Anelis Assumpção, Mariana Aydar, Cidadão Instigado, Mahmundi, Bárbara Eugenia, Siba, Karina Buhr, Curumin e Tiê transformaram a arena do Centro Cultural em um palco intenso e vivo, reflexo da ótima fase que atravessa nossa música.

25 discos brasileiros para o segundo semestre de 2017

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Eis os 25 brasileiros escolhidos na categoria melhor disco do segundo semestre deste ano pelo júri da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), do qual faço parte.

1) Apanhador Só – Meio Que Tudo é Um
2) Baco Exu do Blues – Esú
3) Barbara Eugenia e Tatá Aeroplano – Vida Ventureira
4) Chico Buarque – Caravanas
5) Djonga – Heresia
6) Edy Star – Cabaré Star
7) Far From Alaska – Unlikely
8) Flora Matos – Eletrocardiograma
9) Guilherme Arantes – Flores e Cores
10) João Bosco – Mano Que Zuera
11) Letrux – Em Noite De Climão
12) Linn da Quebrada – Pajubá
13) Maglore – Todas as bandeiras
14) Nação Zumbi – Radiola NZ
15) Negro Leo – Action Lekking
16) Nina Becker – Acrílico
17) Os Paralamas do Sucesso – Sinais do Sim
18) Otto – Ottomatopeia
19) Pato Fu – Música de Brinquedo 2
20) Paulo Miklos – A Gente Mora No Agora
21) Rimas & Melodias – Rimas & Melodias
22) Rodrigo Ogi – Pé no Chão
23) Tiê – Gaya
24) Tim Bernardes – Recomeçar
25) Vitor Ramil – Campos Neutrais

É a segunda lista de discos que soltamos este ano – a do primeiro semestre pode ser lida aqui. O júri é composto por mim, José Norberto Flesch e Marcelo Costa e o Pedro a publicou em primeira mão linkando todos os discos para ouvir em seu blog no Estadão.

Vida Fodona #561: Até Agora Tudo Certo

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Continuando o combinado.

Led Zeppelin – “In the Light”
Evinha – “Esperar Pra Ver”
Bárbara Eugenia – “Vou Ficar Maluca”
Pere Ubu – “Modern Dance”
Mr. Twin Sister – “In the House of Yes”
Durutti Column – “Jacqueline”
Rodrigo Ogi – “Nuvens”
Rimas + Melodias – “Origens”
Coruja BC1 – “Modo Foda-Se”
Racionais MCs – “Você Me Deve”
Curumin – “Boca de Groselha”
Letrux – “Coisa Banho de Mar”
Courtney Barnett + Kurt Vile – “Over Everything”
Far from Alaska – “Cobra”
PJ Harvey – “The Community Of Hope”
PJ Harvey – “The Ministry Of Defence”
PJ Harvey – “The Words That Maketh Murder”
PJ Harvey – “Down by the Water”
PJ Harvey – “50 ft Queenie”

Fora da Casinha 2017

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Mancha chega ao terceiro ano de seu festival com um avanço considerável: depois de dois anos cobrando ingresso para a entrada do público, em 2017 ele realiza seu Fora da Casinha gratuitamente, montando dois palcos no Largo da Batata neste sábado para apresentar mais uma safra de bandas independentes que passaram pela mítica Casa do Mancha, que completa uma década de atividade este ano, como Giovani Cidreira, Ema Stoned, Glue Trip, Tagore, Negro Leo, Bárbara Eugena e Tatá Aeroplano, entre outros. Como nas duas edições anteriores, o festival começa com a tradicional discotecagem Sussa – Tardes Trabalho Sujo deste que vos escreve (ao lado do Danilo), puxando para o tom do festival (bandas independentes brasileiras), e com o show do padrinho do festival, o mestre Maurício Pereira (os horários dos shows estão no final deste post – além de mais informações que você encontra aqui). Conversei com o Mancha sobre a edição do Fora da Casinha deste ano a seguir.

qual o principal desafio desta terceira edição do festival?
Acredito que nosso desafio desse ano é se manter eficaz na função de apontar novos nomes da música independente nacional desta vez pra um público mais heterogêneo. Até então o festival acontecia dentro de um local controlado e por mais que o público fosse amplo, existia um denominador comum a todos que se dispuseram a comprar um ingresso para ver um festival de música independente.
Agora com o festival gratuito na rua amplificamos a reverberação da nossa proposta chegando em um público que não necessariamente viria até nós. E conquistar esse público que não foi atrás de você é tão complexo quanto prazeroso. A música tem essa função de surpreender, estamos olhando pra isso com um brilho especial desta vez.

E em relação ao elenco, comente sobre os artistas que escolheu.
O Maurício Pereira é nosso padrinho, então dispensa comentários. Todos os outros artistas vem com trabalhos recentes que acabaram de sair ou estão prestes a sair. Alguns com uma caminhada mais longa que outros, mas todos passando por um momento fértil justamente para serem apresentados para esse público heterogêneo que a rua proporciona.
A programação desse ano privilegiou esse diálogo com a rua como um todo.

O festival encerra a programação de dez anos da Casinha. Fale sobre essa comemoração.
Completar uma década nessa empreitada com música já é uma vitória fabulosa. O mês de setembro foi todo dedicado a isso com shows que marcaram a história da casinha, artistas que tem uma relação super íntima e começaram junto aqui conosco. É um orgulho imenso ver todos esses frutos, bandas crescendo, publico interessado, novas bandas surgindo com vontade de tocar aqui.. tudo isso derivou de 10 anos persistência nossa e de muitas outras pessoas que caminharam juntas.
Terminar isso com o festival dessa forma, gratuito na rua, me pareceu a melhor forma de concluir um ciclo que acima de tudo está sendo enriquecedor pra todos que estão envolvidos.

Quais os próximos planos para a Casinha e para o festival no ano que vem?
Uma das coisas que 2017 me ensinou foi de controlar os planos, diminuir as expectativas e prestar mais atenção no processo. Enxergar tudo que foi feito e que já é motivo de muitas felicidades, sentir prazer nisso e no hoje, não enlouquecer com o amanhã e estar sujeito às supresas da vida. Essa lição me deixou mais leve.
Mas claro, pode ser que tudo mude num piscar de olhos. Tudo certo.

13h: Discotecagem Sussa | Trabalho Sujo
14h: Mauricio Pereira
14h40: Bárbara Eugênia + Tatá Aeroplano
15h35: Vitreaux
16h20: Giovani Cidreira
17h05: Aloizio e a Rede + Bratislava
17h50: Ema Stoned
18h30: Raça
19h10: Glue Trip
19h55: Tagore
20h40: Negro Leo

Vida Fodona #559: Um upgrade, né?

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Retomando a periodicidade…

Holy Fuck – “Red Lights”
Angel Olsen – “Specials”
Electrelane – “The Valleys”
Maglore – “Quando Chove no Varal”
Metá Metá – “Angoulême”
Hüsker Dü – “Pink Turns to Blue”
Hüsker Dü – “She Floated Away”
Hüsker Dü – “Never Talking to You Again”
Hüsker Dü – “Green Eyes”
Hüsker Dü – “She’s A Woman (And Now He Is A Man)”
Hüsker Dü – “Turn on the News”
Deee-Lite – “Deee-Lite Theme”
BaianaSystem + Titica – “Capim Guiné”
Glue Trip – “La Edad Del Futuro”
Tatá Aeroplano + Bárbara Eugenia – “Luz no Fim do Mundo”
Tim Bernardes – “Ela Não Vai Mais Voltar”
Rimas & Melodias – “Origens”
Baco Exu do Blues – “Te Amo, Disgraça”
Flora Matos – “Perdendo o Juízo”
Bonifrate – “Lei de Remédios”
Depeche Mode – “Heroes”
Courtney Barnett + Kurt Vile – “Continental Breakfast”
Gus Gus – “Polyesterday”
Neil Young – “Ride My Llama”
The National – “Nobody Else Will Be There”

Vida Ventureira no CCSP

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Tatá Aeroplano e Bárbara Eugenia mostram seu disco feito em parceria ao vivo nesta quinta-feira, no Centro Cultural São Paulo (mais informações aqui). Abaixo os dois comentam faixa a faixa este novo trabalho, que pode ser baixado tanto no site de um como do outro.

Tatá Aeroplano & Bárbara Eugenia caem na estrada

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Tatá Aeroplano e Bárbara Eugenia caem na estrada. Esse é o mote de Vida Ventureira, o road album que a dupla lança esta semana, gravado e produzido ao lado dos parceiros Dustan Gallas, Junior Boca e Bruno Buarque, banda que acompanha Tatá desde seu primeiro disco solo. O filme sonoro tem influências dos épicos sentimentais automobilístico e viagens intimistas dos cinemas norte-americano e europeu, mas raízes debruçadas sob as rodovias estaduais curvilíneas do nosso país, pelo interior de Minas, Paraná, São Paulo e Bahia, entre São Tomé das Letras e a Serrinha. É um extensa mas ágil crônica sobre um relacionamento tênue e inusitado como a própria estrada e utiliza a faixa cinzenta de asfalto como ponto de partida para uma viagem física e metafórica que, mesmo com doses consideráveis de psicodelia, deixa transparente sentimentos que ficam à flor da pele como o sol e o vento no rosto, neste que é o disco mais bonito tanto de Tatá quanto de Bárbara.

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Vida Ventureira já pode ser ouvido nas plataformas digitais e eu pedi para que os dois dissecassem o álbum e quis o destino que os dois estivessem num carro quando gravaram as respostas:

Bárbara Eugenia: “Vem comigo…”

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Bárbara Eugenia está nos finalmentes dos trabalhos de seu ótimo Frou Frou, lançado em 2015, e começa a despedir-se lentamente do disco – o último show do álbum em São Paulo aconteceu durante a Virada Cultural e ela tem passagens agendadas para Brasília, Porto Alegre e Florianópolis nos próximos meses – e depois dedicar-se ao disco Vida Ventureira, gravado ao lado de Tatá Aeroplano, que deve chegar às plataformas digitais no início de junho. E para marcar o fim desta fase, ela lança o clipe de “Só Quero Seu Amor”, dirigido por sua amiga Yera Dahora, que estreia com exclusividade aqui no Trabalho Sujo.

O CCSP na Virada Cultural 2017

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Eis a programação de música da Virada Cultural no Centro Cultural São Paulo​. É a primeira vez que o CCSP vira 24 horas durante a programação da Virada e esse foi o pessoal que a gente escolheu pra tocar nesse fim de semana- e tudo é de graça.

Sala Adoniran Barbosa
18h – Juçara Marçal​
19h30 – Mariana Aydar​
23h – Bárbara Eugênia​
1h – Tiê​
2h30 – Anelis Assumpção​
4h – Cidadão Instigado​
12h – Mahmundi​
14h – Curumin​
16h – Karina Buhr​
18h – Siba​

Jardim Suspenso – lado 23 de maio
11h – Lucas Vasconcellos​

Além de música tem teatro, dança, cinema, infantil, circo, artes visuais e até ioga com música indiana quando o sol raiar (mais informações aqui). O restaurante e o metrô vão funcionar direto. Nada mal, hein?