Built to Spill no Brasil!

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Built to Spill, a mítica banda indie liderada pelo guitar hero Doug Martsch finalmente vem ao Brasil, quando apresenta-se em Belo Horizonte no dia 8 e em São Paulo no dia 9 de novembro, em mais um golaço da Balaclava em parceria com a Powerline do Leandro Carbonato – mais informações aqui.

Eita! Primal Scream no Brasil em 2018!

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Os caras da Balaclava não param! Desta vez trazem o Primal Scream pra mais um show em São Paulo, no Tropical Butantã, no dia 28 de fevereiro do ano que vem (mais informações aqui). Imagina isso!

Conquistando o território europeu

sensibesoccers

A gravadora paulistana Balaclava Records continua expandindo seu pequeno império indie e depois de lançar artistas norte-americanos em seu catálogo, resolve invadir o território europeu. E começa por Portugal, de onde trouxe o disco Villa Soledad do grupo Sensible Soccers, uma grata e instigante surpresa instrumental. Baixo, guitarra, teclados e computador compõem a base instrumental do grupo da região do Porto, que mistura elementos de pós-punk pós-rock a doses cavalares de música eletrônica, seja da contemplação ambient aos ciclos repetitivos do trance. Conversei com a banda por email sobre sua formação, apresentações ao vivo e a aproximação com o Brasil.

Conte um pouco sobre a história da banda. Qual o background de cada um de vocês para fazer este tipo de som?
Já tínhamos algum trabalho em várias vertentes da música – rádio, DJ, outras bandas, projectos a solo… – quando nos juntamos em 2009/2010, primeiro como um duo, depois como um trio e por fim como um quarteto. Lançámos alguns EPs, demos vários concertos que acabaram por ser míticos e que ajudaram a criar uma espécie de culto à volta da banda. Em 2014 saiu o nosso primeiro disco, 8, que foi muito bem recebido pela imprensa e público em geral e nos catapultou para outro patamar e nos levou a sítios como o palco principal do Festival Paredes de Coura ou o Boom Festival. Já este ano ficamos reduzidos a trio novamente e lançámos o nosso segundo disco, o Villa Soledade, que tem sido igualmente bem recebido e que nos vai levar a festivais como o Primavera Sound do Porto, o Neo Pop ou o Rock in Rio Lisboa.

Como são as apresentações ao vivo? Vocês variam formatos?
Em estúdio somos mais cuidados e calmos e ao vivo mais desbragados. Somos quatro em palco com sintetizadores, drum pads, guitarra, baixo e programações. As músicas ganham outra dimensão ao vivo e está quase sempre presente uma ideia – bem vaga – de viagem ao longo do concerto.


O grupo Sensible Soccers apresentando-se na versão lusitana do Boiler Room:

O público português acompanha o que acontece na música brasileira, mas o contrário não ocorre. Por que acha que os brasileiros não acompanham a música portuguesa?
É verdade que a música brasileira penetra o mercado português e o contrário não se verifica. Sempre houve espaço cá para receber desde a Roberta Miranda ao Caetano, da Ivete Sangalo, ao Vinicius, dos Mutantes ao Chitãozinho e Xóróró. O mercado brasileiro é maior e mais dominante e o povo português sempre muito aberto, atento e permeável ao que vem de fora. Talvez os brasileiros estejam mais interessados em saber o que se passa nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Que nomes vocês indicariam para quem quer entender a música portuguesa atual?
Não somos as pessoas mais indicadas para sugerir novos nomes da música portuguesa… Podíamos indicar algumas bandas de amigos nossos ou uns nomes mais genéricos para o pessoal aí ficar com um apanhado do que se faz mas estaríamos provavelmente a dar uma imagem errada do que por cá se faz por isso não vamos arriscar.

Como vocês se encaixam nessa cena? Fazem parte de algum recorte específico da música portuguesa atual ou são um caso isolado?
Desde o nosso inicio que nos mantivemos independentes e a traçar o nosso próprio caminho. Somos um caso isolado, mas não os únicos a olhar o céu.

Por que o nome da banda é em inglês? De onde vem o nome?
O nome vem do jogo de computador de futebol dos anos 90. Foi escolhido por brincadeira antes sequer de termos músicas feitas e ficou até agora… Não estamos intimamente ligados ao jogo mas na altura em que foi escolhido o nome, o Emanuel Botelho, que entretanto saiu da banda, jogava muitas vezes e gostávamos muito do visual dos jogadores de futebol ingleses e alemães dos anos 70 e 80 e isso inclinou-nos para a escolha do nome.

E como aconteceu o contato com a Balaclava? Vocês já conheciam algo sobre a cena independente brasileira?
O contacto com a Balaclava partiu da nossa agência, a Azul de Tróia. Não conhecíamos muito da cena independente brasileira e continuamos a não conhecer. Vamos tocar com os Boogarins no Rock In Rio Lisboa e talvez eles nos dêem umas dicas.

Conhecem o Brasil? Há planos de tocar por aqui?
Gostamos muito da ideia que temos do Brasil mas não passa disso. Temos que visitar para gostarmos a sério. Esperamos tocar aí o mais breve possível.

A ascensão da Balaclava

balaclavafest

É impressionante o ritmo de crescimento da Balaclava. A antiga “gravadora dos Single Parents” afirma-se cada vez mais como um dos principais agentes do novo cenário independente brasileiro, apostando num cânone alternativo que estava se tornando cada vez mais nichado: o indie. A produtora e gravadora aposta em shows internacionais e artistas brasileiros que fazem parte dessa formação que une tradições inglesas e norte-americanas de fugir do mainstream tanto em termos de sonoridade quanto de atitude e aos poucos reacende um interesse do público que já está formado há duas décadas quanto um de outro que está acabando de começar. Fernando Dotta e Rafael Farah coroam um ótimo 2015 trazendo dois artistas de peso internacional dentro da área de escopo do selo. Realizam o segundo Balaclava Fest no ano com a presença do mesmo Mac DeMarco que trouxeram minutos antes de ele explodir lá fora, no início do ano passado, e realizando a primeira vinda brasileira da banda Thee Oh Sees, uma das maiores bandas de rock desta década. Tudo sem abraçar a lógica do crescimento pelo crescimento puro e simples, apostando nessa referência estética da cultura indie como espinha dorsal. Conversei com o Dotta por email sobre a situação atual do selo/produtora.

Segundo Balaclava Fest em um ano? Vai ser assim, vão fazer o festival sempre que der vontade?
O conceito do Balaclava Fest surgiu por acaso, numa informalidade que gostamos e abraçamos de vez. Na primeira edição, em abril deste ano no CCSP, a ideia era simplesmente produzir um show do The Shivas – que trouxemos para turnê pelo país – com uma banda do nosso casting. Na mesma época, estávamos em conversa com Mac McCaughan e veio a possibilidade de lançar seu álbum Non-Believers no Brasil, então não queríamos perder esse timing ideal e decidimos trazê-lo também. Duas noites seguidas, mesmo formato e espaço… Nasceu então nosso minifestival. Chamarmos de Fest vem duma intenção de desmistificar essa ideia de que festival precisa ser longo, cansativo, muitas atrações, preço inacessível. Não depender de um formato único torna viável realizar quando é conveniente, num período e condições boas para todos.

MacDeMarco

Vocês trouxeram o Mac DeMarco algumas semanas antes do hype dele estourar la fora. Foi mais complicado trazer dessa vez? O fato de ele conhecer o trabalho de vcs ajudou na negociacao?
Trazer o Mac DeMarco ano passado foi uma aposta, nossa primeira experiência em produção internacional, junto com nosso parceiro Bruno Montalvão, da Brain Productions. Tínhamos uma noção de que um bom público acompanhava o trabalho dele por aqui, mas não tínhamos como prever shows esgotados, com o público cantando todas as músicas, inclusive as do até então não-lançado álbum “Salad Days”, que vazou dois meses antes.
A turnê toda ter corrido muito bem e termos criado uma ótima relação com a banda e empresária, com certeza foram pontos essenciais na negociação de uma nova vinda deles ao país. É mais complicado agora porque os valores são outros, dado a dimensão do sucesso dele, e a agenda de shows complicada, tendo que achar um período exato que funcionasse tanto para eles quanto para nós e todos produtores aqui.

Como eh trazer bandas gringas para o Brasil em tempos de dólar alto?
É muito complicado e o risco é grande. Por mais que a Balaclava mantenha um ritmo constante de shows internacionais, cada produção é estudada com muita atenção e alternamos entre bandas mais consolidadas e apostas menores. Uma produção tem muitos custos fixos e necessários, então é difícil quando o público não entende que não é mais possível cobrar ingresso barato sem grandes incentivos ou patrocínios, que sempre são muito disputados e difíceis de conseguir. Todo mundo acaba se prejudicando com esse dólar alto. Explicar a um agente gringo que o dólar está explodindo no Brasil e que os valores não podem ser os mesmos negociados há meses atrás pode arruinar uma longa relação. As bandas, empresários e agentes que entendem nosso mercado e essa situação atual são as bandas que escolhemos trabalhar, que apostam numa vinda para ampliar seu alcance, seu público, vender mais merchandising, estar presente na imprensa, que gera um efeito dominó de bons resultados.

TheeOhSees

E como foi negociacao com pra trazer os Thee Oh Sees?
Desde que começamos a produzir shows, trazer o Thee Oh Sees já era uma vontade, mas tínhamos outras prioridades e a agenda da banda sempre foi muito difícil. O grande estalo veio em maio deste ano, quando participamos do Primavera Sound em Barcelona e assistimos o show deles na Sala Apolo – talvez melhor casa de show do mundo? -, numa noite extra do festival um dia após o encerramento. Eu sempre falo que a sensação de estar ali é igual ver aqueles vídeos épicos de shows do Nirvana e Mudhoney em 91. Era um mar de crowdsurfing, mosh, todo mundo pulando ou mexendo a cabeça, som alto pra cacete com pressão, dois bateristas no palco em sincronia, John Dwyer incansável, uma música atrás da outra quase sem pausa. Cara, fiquei realmente impressionado. Eu e o Rafael, meu sócio, saímos dali querendo assinar contrato na mesma hora. Foi até que rápido o processo todo, porque uma agente no Chile já estava em conversa com a banda e nós estávamos 100% dispostos a fazer acontecer aqui.

O que mais voces vao fazer em 2015? Mais shows? Bandas novas? Discos novos?
Temos alguns lançamentos nacionais e gringos planejados para esse ano, alguns já anunciados como Homeshake, Yonatan Gat, Meneio e Supercordas, além de outras novidades. Nós além de lançarmos, nos envolvemos em produzir shows e turnês para a maioria das bandas que trabalhamos aqui no Brasil, então isso demanda um bom tempo também. Além do Thee Oh Sees em outubro e Mac DeMarco em novembro, pode surgir algum outro show internacional, estamos negociando.

Quais os planos de vcs para 2016? Alguma coisa que vocês ainda nao fizeram?
Nós nos esforçamos diariamente a produzir cada vez mais conteúdo e novidades, já estamos pensando no primeiro semestre de 2016. Uma nova edição da Sacola Alternativa, mais shows, novos projetos com música e produção, novas turnês e lançamentos. Há muita coisa encaminhada e outras possibilidades que vão surgindo no caminho. Não temos ainda um patrocinador para entregar um certo número de shows num período de tempo, o que nos dá uma insegurança financeira, mas também abre espaço para improvisar e trabalhar em oportunidades mais imediatas. Estamos nos estruturando mais internamente e fortalecendo boas parcerias, 2016 já vai começar no gás total pra nós.

Instigando

Meneio

Depois de lançar a banda potiguar Mahmed, o heróico selo Balaclava parece ter pego gosto por bandas instrumentais e emenda outra banda sem vocal: desta vez é o Meneio, que lança seu primeiro single com exclusividade aqui no Trabalho Sujo, e mistura pós-rock, eletrônica e um toque de jazz. A banda se apresenta neste domingo de graça na Casa do Mancha.

O presente de natal da gravadora Balaclava

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E por falar nos Supercordas, vale brindar o belo 2014 feito pela gravadora e produtora Balaclava do Fernando Dotta. A gravadora do guitarrista e vocalista do Single Parents ampliou seu elenco lançando os novos discos do Holger, Bonifrate e Soundscapes, além de apostar em nomes como Terno Rei, Câmera e Séculos Apaixonados e trazer para o Brasil as turnês do Sebadoh, do Mac DeMarco e do Real Estate. Para comemorar o ótimo ano, prepararam uma coletânea comemorativa para download gratuito em seu site – ou através desse link.

Bonifrate 2014: Aldebaran

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Pedro Bonifrate já começou 2014 à toda – e numa parceria com a gravadora Balaclava Records, irá disponibilizar seu Museu de Arte Moderna, lançado no ano passado, em diferentes plataformas digitais, além da versão em vinil. A parceria é selada com o lançamento do EP Toca do Cosmo, de onde o Boni antecipa a faixa “Aldebaran” exclusivamente pro Trabalho Sujo. “O EP Toca do Cosmos é uma pequena coleção de releituras, uma de autoria própria e outras quatro de compositores amigos meus e suas bandas, ativas ou não”, explica Bonifrate. “‘Aldebaran’ é uma canção de Simplício Neto e Fred Coelho, e era tocada pela banda Filme, que existiu no Rio do início do século até 2009, se não me engano. Sempre fui um grande fã das canções do Simplício, que é mais conhecido como cineasta – Onde a Coruja Dorme e Carioca era um Rio – do que como compositor. Tenho tocado “Aldebaran” desde 2007 em apresentações solo”. O EP sai no final do mês e ainda conta com três outras versões para músicas alheias de amigos de Pedro e uma música inédita. Segue “Aldebaran”, que ele descolou pra cá:

Ruído/mm ao vivo

Mais uma da Balaclava Filmes, que registrou a apresentação do grupo curitibano ruído/mm no Teatro Paiol, mostrando toda a amplitude musical em uma apresentação de responsa. Resta saber quando é que eles virão a São Paulo.


ruído/mm – “Novíssima”

Tem vídeo pra outras duas músicas logo abaixo:

 

Madrid em Curitiba

A produtora curitibana Balaclava filmou a apresentação que o Madrid fez na cidade-natal de Marina Vello.

Eles também entrevistaram a dupla Adriano e Marina, que falam abaixo sobre a história da parceria e como o recente passado dance music foi crucial para reinventarem-se na canção tradicional.