As 75 Melhores Músicas de 2016 – 50) BaianaSystem- “Lucro: Descomprimindo”

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“Tire as construções da minha praia…”

Os 75 Melhores Discos de 2016 – 5) BaianaSystem – Duas Cidades

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Salvador enquanto Kingston.

Música nova do BaianaSystem pra fechar 2016

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O grupo baiano BaianaSystem encerra o ano oficializando a gravação “Forasteiro”, instrumental que abre e fecha o show do disco Duas Cidades.

Guitarra baiana lascada, ela fica bem mais intensa – óbvio – no show:

Eis os vencedores do prêmio APCA 2016

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Estes foram os contemplados com os prêmios na categoria Música Popular escolhidos pela comissão julgadora da Associação Paulista de Críticos de Arte, da qual faço parte. A novidade este ano é que além dos sete prêmios que são dados tradicionalmente, ainda teremos uma homenagem póstuma a Fernando Faro, entidade que carregou o programa Ensaio por décadas, que morreu no primeiro semestre deste ano.

Grande Premio Da Crítica: Rita Lee
Artista: Céu
Álbum: Metá Metá – MM3
Produção e Direção Artística: Rica Amabis, Daniel “Ganjaman” Takara e Tejo Damasceno (“Sabotage”, Sabotage)
Revelação: Mahmundi
Projeto Especial: SIM São Paulo
Show: BaianaSystem
Homenagem: Fernando Faro (In Memorian)

BaianaSystem no Coquetel Molotov: “Junto, junto!”

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BaianaSystem fez um dos melhores shows que vi este ano no festival Coquetel Molotov no Recife: Russo endiabrado, grave batendo pesado, participação da Larissa Luz e a plateia completamente entregue à banda. Filmei quase tudo, aumenta o som:

Vida Fodona #546: E segue o baile

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Pedra que rola…

O festival mais alto astral do Brasil

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Em sua décima terceira edição, o pernambucano Coquetel Molotov se consolida como um dos melhores do país – escrevi sobre o festival no meu blog do UOL.

Conheço Recife desde os tempos em que o mangue beat ainda era uma novidade recebida com estranhamento pelos próprios pernambucanos, que demoraram para reconhecer que aquela mistura de tradição e modernidade encabeçada por Chico Science aos poucos colocaria a cidade não apenas no mapa musical do Brasil como no atlas da cultura mundial. A natureza tradicionalmente cosmopolita da cidade – resquício da colonização holandesa liderada por Maurício de Nassau no século 17 – havia entrado em estado de hibernação durante os anos 80 e a turma dos caranguejos com cérebro sonhava em voltar a respirar uma cidade que fosse reconhecida por sua rica cultura e mentalidade aberta, não pelos índices de violência e de pobreza.

Um quarto de século depois dos primeiros rascunhos do mangue beat, a décima terceira edição do festival pernambucano Coquetel Molotov foi a materialização daquela utopia imaginada no início dos anos 90, quando os primeiros agitadores culturais que criaram aquele movimento hoje histórico começaram a se conhecer. Eles imaginavam uma Recife conectada ao resto do estado, do país e do mundo sem fazer escalas pela ponte Rio-São Paulo, refletindo a atmosfera naturalmente moderna da capital pernambucana em uma conversa internacional e moderna, colocando artistas e público numa sintonia alheia às demandas ou exigências do mercado.

E foi isso que aconteceu na ampla fazenda colonial Coudelaria Souza Leão, neste sábado, dia 22, que recebeu a melhor safra do pop brasileiro deste ano, desfilando entre os dois principais palcos do dia final do evento, que desta vez teve etapas realizadas nas cidades de Belo Jardim (no interior do Pernambuco) e Belo Horizonte nas semanas anteriores. Quase dez mil pessoas assistiram a shows de artistas de diferentes estados brasileiros e de outros países, mas mais do que as atrações musicais o que realmente determinava a atmosfera do festival era o público.

Um púbico completamente misturado – de diferentes etnias, classe sociais, faixas etárias e gêneros -, respeitoso e exigente, entregues à música fosse ela a hipnose psicodélica dos goianos dos Boogarins, o groove sintético da paulistana Céu, o ativismo dance da curitibana Karol Conká ou a pista pesada dos soteropolitanos do BaianaSystem. Em cada um dos shows o público reagia de forma diferente, mas sempre entrando em sintonia completa com a realidade musical proposta por cada atração. Era uma pequena multidão que ia do transe reverente ao baile apaixonado, da surpresa empolgada ao êxtase corporal, deixando os artistas à vontade para fazer o que melhor sabiam.

Isso potencializou shows naturalmente fortes, como o de Céu e do BaianaSystem, donos de dois dos melhores discos e shows deste ano. Frente ao público do palco principal do festival (dentro de um enorme casarão colonial), os dois suaram sorrindo para fazer apresentações irrepreensíveis, conduzindo a platéia na mão ao mesmo tempo em que se entregavam a ela. Já artistas como o paranese Jaloo, a banda carioca Ventre e os norte-americanos do Deerhoof souberam aproveitar as dimensões menores do palco aberto e fizeram shows de pura adrenalina: Jaloo entregue aos braços da audiência, a baterista Larissa Conforto da Ventre mais uma vez roubou a cena com uma intensa intervenção política e os norte-americanos descarregando eletricidade e ritmo. Shows intensos em que parte dessa energia vinha da cumplicidade quase instantânea entre bandas e público.

Entre os dois palcos, este público também circulava entre um mercado de compras, o terceiro palco do festival (a Rural do Rogê, uma velha caminhonete que abriga shows itinerantes pelo Recife, capitaneada pelo Rogê da antiga Soparia, eternizado na música “Macô” da Nação Zumbi) e um quarto palco, bem menor e sem iluminação, quase uma ocupação, que foi colocado entre os dois palcos principais para receber bandas instrumentais. Música para todo o lugar que você ouvisse, cercando um público que começou a frequentar shows exatamente quando o mangue beat começou a ser incorporado ao mainstream da cidade e o Coquetel Molotov começava a dar seus primeiros passos, ainda sob o epiteto de “o festival indie do Recife”.

Treze anos depois o festival cresceu e seu público também, bem como suas ambições culturais e estéticas. E o que viu-se neste sábado no Recife foi justamente a maturidade completa de uma cena local, aberta para o novo e disposta a se reinventar constantemente, uma vez que a cena já entendeu esta realidade. Para o ano que vem eles tentam um desafio ainda maior: trazer o festival para São Paulo. Não apenas alugar uma casa noturna e desfilar algumas atrações que também levarão para o Recife, mas reproduzir em São Paulo a atmosfera deste que é o festival mais alto astral do Brasil. Um desafio e tanto.

Como foi a segunda edição do #SpotifyTalks

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Conversei com Joana Mazzucchelli, Thiago Pethit, Filipe Cartaxo e Anna Turra sobre a importância do visual na música pop em mais uma edição do Spotify Talks, série de encontros que o Spotify me chamou para idealizar, curar e apresentar neste fim de 2016. Foi a primeira vez que o encontro foi transmitido ao vivo (você pode assistir à íntegra no final deste post) e mais uma vez teve cobertura do Update or Die, que entrevistou os convidados antes do debate sobre o tema em questão:

Joana Mazzucchelli

Anna Turra

Thiago Pethit

Filipe Cartaxo

Vida Fodona #542: Trazer o sol

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Concentração.

#SpotifyTalks: Som e Imagem

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Acontece nesta terça-feira a segunda edição do Spotify Talks, a série de debates que idealizei, faço a curadoria e apresento junto ao Spotify desde o mês passado. O foco da conversa agora é em direção de arte e reunimos quatro grandes nomes da cena atual brasileira para falar da importância da imagem na carreira do artista hoje. A discussão conta com a presença de Thiago Pethit, Filipe Cartaxo (que cuida do visual do BaianaSystem), Joana Mazzucchelli (que dirigiu grande parte dos Acústicos da MTV brasileira) e Anna Turra (responsável pelos palcos de Elza Soares, Arnaldo Antunes, entre outros) e esta edição será transmitida online a partir das 20h. Siga a página do Trabalho Sujo no Facebook que eu compartilho o link da transmissão, que será feita pelo Update or Die.