Storm Thorgerson (1944-2013)

Storm_Thorgerson

Mais do que o capista do Pink Floyd ou o comandante do estúdio Hypgnosis, Storm Thorgerson deve ser lembrado como um visionário da associação da música com o design. Ele não apenas escolheu a capa de disco como sua emblemática tela, como não se furtou a transitar por diferentes gêneros e artistas, deixando suas distinções estéticas em segundo plano para criar fotografias surrealistas que brincava com a expectativa do público em relação à imagem da banda ou músico. Suas primeiras capas para Peter Gabriel são implacáveis, seu trabalho com o Led Zeppelin transcende a epicidade do som do grupo para um universo quase zen, os Wings de Paul McCartney tornam-se plásticos e um disco do Black Sabbath exibe pornografia robô. Além de, claro, seu trabalho com o Pink Floyd, uma parceria entre música e som indissociável à identidade da banda. A cada novo disco lançado por Gilmour, Mason, Wright e Waters, Thorgerson paria tirava uma série de imagens para o sons e sensações friamente capturadas por uma psicodelia no limite do normal, um surrealismo com um pé em Salvador Dali e outro em Norman Rockwell, um Man Ray techicolor. A vaca no campo, o close na orelha, o porco na fábrica, o aperto de mãos em chamas – são imagens que transcendem a música da banda e viraram ícones de uma década. Mas seu trabalho não parou nos anos 70 e ele continuou trabalhando com artistas completamente diferentes como Biff Clyro, Muse, Mars Volta, Ween e Audioslave. Morreu vítima de câncer. Abaixo, uma pequena amostra de seu trabalho.