Sophie Ellis-Bextor x Arcade Fire

Lembram dela? Reapareceu regravando uma das duas músicas que eu gosto do Arcade Fire. Ela não mexeu em nada, o que só ressalta o elemento coxinha da musicalidade dos indies canadenses. Podia ser uma música boa do Coldplay, caso eles conseguissem fazer uma.


Sophie Ellis-Bextor – Rebellion (Lies) (MP3)

Vida Fodona #288: Duas horas de programação pra recapitular 2011 até aqui

Dose dupla e um balanço do semestre, antecipando duas semanas fora do ar. Volto em julho, não morram de saudades. Eu volto.

Radiohead – “Staircase”
Washed Out – “Amor Fati”
Cansei de Ser Sexy + Bobby Gillespie – “Hits Me Like a Rock”
Marcelo Camelo + Hurtmold – “Acostumar”
Domenico Lancelotti – “Cine Privê”
Céu + Tulipa + Gui Amabis + Curumin – “Sal e Amor”
Mr. Little Jeans – “The Suburbs”
Metronomy – “The Look”
Vetiver – “Can’t You Tell”
Circo Motel – “Sunshine”
Mopho – “Dani Rabiscou”
Danger Mouse + Danielle Lupi + Norah Jones – “Black”
Destroyer – “Kaputt”
Dorgas – “Loxhanxha”
Junior Boys – “Banana Ripple”
Is Tropical – “The Greeks”
Foster the People – “Color the Walls (Don’t Stop)”
Criolo – “Lionman”
Weeknd – “What You Need”
Chet Faker – “No Diggity”
Toro y Moi – “New Beat”
Architecture in Helsinki – “That Beep”
Beth Ditto + Simian Mobile Disco – “Open Heart Surgery”
Banda Uó – “O Gosto Amargo do Perfume”
Leandro Correa – “One More Avassalador”
Cut Copy – “Take Me Over”
Beastie Boys – “Multilateral Nuclear Disarmament”
Tom Vek – “World of Doubt”
Bonifrate – “Cantiga da Fumaça”

Come with me.

Vida Fodona #285: Grande Gil Scott-Heron

E segue a vida…

Gil Scott-Heron – “The Revolution Will Not Be Televised”
Foster the People – “Warrant”
Caribou – “Sun (Pyramid Remix)”
SBTRKT – “Wildfire”
Chet Faker – “No Diggity”
Holy Ghost – “Wait & See”
Yuksek – “On a Train (The Magician Remix)”
Is Tropical – “The Greeks”
Mr. Little Jeans – “The Suburbs”
Dorgas – “Loxhanxha”
Bonifrate – “Naufrágios”
Architecture in Helsinki – “Escapee”
Tom Vek – “World of Doubt”
Generationals – “You Say It Too”
Association – “Never My Love”

Vamos.

Dando um jeito no Arcade Fire

“The Suburbs”, faixa-título do último disco do Arcade Fire, é uma das melhores coisas que a banda canadense já fez (não gosto deles, pra quem não sabe), mas essa versão feita pela norueguesa Mr. Little Jeans consegue melhorar ainda mais a faixa.


Mr. Little Jeans – “The Suburbs”

Indies antes da fama

Post roubado do Stereogum quase todo, na caruda, em que o site compila vídeos de personalidades da cena indie atual nos tempos em que eles ainda estavam tentando um lugar ao sol.

O curta acima é o fatídico Vampire Weekend, filme adolescente feito por Ezra Koenig muitos anos antes de ele ter a idéia de batizar sua banda com o título de seu filme teen de terror.

Depois, Robin Pecknold, bem antes dos Fleet Foxes, manda um cover de Radiohead com um amigo.

Alexis Krauss, hoje no Sleigh Bells, aparece rapidamente nesse comercial da revista do Nickelodeon (ela aparece lendo a revista aos 0m07s e 0m14s).

E o Dan Rossen, hoje no Grizzly Bear e no Department of Eagles, encarnando Elvis aos cinco anos de idade?

E que tal o Arcade Fire, em 2002, tocando no apartamento de um amigo da banda?

Tem também o Ben Gibbard, do Death Cab For Cutie, há quase vinte anos, mandando um Sex Pistols.

O MGMT ainda assinava The Management quando gravou esse cover de Talking Heads.

E aqui temos a Robyn com… 13 anos!

E a Feist que, anos antes de assumir o indiesmo, flertava com, er, electro e fez figuração num clipe da Peaches alisando uma bicicleta?

E a menina de vestido azul nesse comercial de pizzaria é ninguém menos que a Bethany Cosentino, do Best Coast.

Será que tem desses vídeos com artistas brasileiros?

Vida Fodona #266: Cheio de música nova

Lá vamos nós de novo…

Holy Ghost – “Do It Again”
Blow – “Babay (Eat A Critter, Feel Its Wrath)”
Akron/Family – “A AAA O A WAY”
James Dean Bradfield – “The Card Cheat”
Studio – “Self Service (Short Version)”
Cold War Kids – “Mine is Yours (Yeasayer Remix)”
Grouplove – “Colours (Captain Cuts Remix)”
Architecture in Helsinki – “Contact High”
Arcade Fire – “The SUburbs”
Edward Sharpe & the Magnetic Zeros – “40 Day Dream”
Peter Bjorn & John – “Breaker Breaker”
Phoenix – “Girlfriend (McArove Remix)”
LeeDM101 – “Feeling Good, Getting Nowhere”
Alex Winston – “Locomotive”
Plan B – “The Recluse (Nero Remix)”
Mitten – “Similar Sense”
Javiera Mena – “Luz de Piedra de Luna”

Vem!

Vinteonze: Cedemos ao digital

Muitos shows, muitas novidades, muitas elocubrações sobre o sentido da vida e muita falta do que fazer! O programa não rolou na semana passada porque o lançamento do disco novo do Radiohead nos atropelou – por isso jogamos para esta semana o papo que devia ter rolado antes, com um detalhe: disco do Radiohead ouvido! E mais: Ronaldo não tinha ouvido, por isso faz sua resenha em tempo real falada! No som, um clássico do Yussef Lateef e, claro, The King of Limbs.


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0002“ (MP3) (link alternativo pro MP3)

Vida Fodona #255: Será que em 2011 o Vida Fodona vai dobrar a sua periodicidade?

Questões que ainda estão no ar.

Mulatu Astatke – “Yegelle Tezeta”
Isley Brothers – “That Lady”
Los Angeles Negros – “El Rey y Yo”
Amandou + Mariam – “Sabali (Miike Snow Remix)”
Chiddy Bang – “Rebel”
Scanners – “Bombs (Rene Goulet’s Dollar Slot Bump)”
Fujiya & Miyagi – “Collarbone”
Sounds – “Better Off Dead”
Lykke Li – “I Follow Rivers (Dave Sitek Remix)”
Radiohead – “Jigsaw Falling Into Place”
Bloody Beetroots + Robyn – “Cobrasnake”
Human Beinz – “Nobody But Me”
Human Beinz – “Nobody But Me (Pilooksi Remix)”
Katy Perry + Kanye West – “E.T.”
Architecture in Helsinki – “Contact High”
Arcade Fire – “Rebelion (Lies) (Tronik Youth Edit)”

Por aqui.

Preguiça de Grammy

A marginal Tietê no horizonte foi um programa mais interessante

Não costumo ver o Grammy: acho chato e sem graça, como qualquer premiação de qualquer indústria. “E o prêmio de melhor radiologista do ano vai para…”. Poizé, bem nessas. Mas, depois de todo alarido sobre a edição deste ano (fãs do Arcade Fire em puro delírio Double Rainbow, que porra), me deparei com a reprise da premiação ontem à noite e, de vacilo, assisti. E nem precisava ter visto para saber que era uma premiação da indústria chata e sem graça como sempre. Lady Gaga agradecendo Whitney Houston? Cee-Lo Bornay com o hit da autocensura, Muppets e a mulher do Coldplay querendo abrir uma carreira de cantora? Norah Jones é um remédio pra dormir? E a Rihanna com o Eminem (zero química, música insuportável)? Katy Perry é tipo Hole disfarçado de pop. Mick Jagger soulman depois de velho? Nem Bob Dylan depois da tosse conseguiu segurar cantando sua própria “Maggie’s Farm” com os Avett Brothers e os Mumford & Sons (estes, vale frisar, fizeram bonito em seu momento). Não é nem que tudo estivesse errado – e esse era o problema -, tudo estava certo DEMAIS.

O grande momento da noite foi a apresentação de Justin Bieber e Usher, a própria indústria lustrando suas engrenagens e colocando dois jovens talentos do showbusiness pra exibir seus dance moves. É o momento Off the Wall/Thriller de Justin Bieber sendo preparado a fogo brando, mas se o moleque tem carisma o suficiente para sobreviver à sua falta de talento (Bieber é, basicamente, ensaio, ensaio e ensaio), ele devia não assumir o paralelo tão evidente com Michael Jackson, imitando vários de seus trejeitos no palco. Tudo bem que Michael ajudou a inventar este gênero, afinal toda coreografia teen pós-Take That é descendente direta do livro escrito por Michael, Prince e Madonna nos anos 80, mas é só ver Usher (ou lembrar de outro Justin – Timberlake), para lembrar que não é preciso citar o rei do pop para reverenciá-lo. Bieber ainda serviu de escada pro Jaden Smith, o filho do Will, brilhar. Enquanto preparam a maturação de Bieber, que aos poucos, er, “engrossa” a voz, esquentam a chegada desse mini Will Smith, que é um geninho do showbusiness. Sério, quando chegar a vez dele, aí sim temos um candidato ao trono de MJ em ação.

E entre estes medalhões e sumidades, um monte de prêmios sem graça pra artistas sem graça que só dizem respeito ao mercado norte-americano. Nesse sentido, o grande vencedor da noite não foi o Arcade Fire e sim o tal Lady Antebellum (quem?) e a dualidade entre artistas tão diferentes (quem porra é esse tal de Arcade Fire?, perguntam-se ouvintes por todos os EUA) mostra o verdadeiro tom da premiação. Desculpem-me os fãs, mas Arcade Fire é tão mingau de música quanto o Lady Antebellum ou qualquer outra cantora country desconhecida que subiu para receber seus prêmios. Não é à toa que ganhou o prêmio de álbum do ano.

Não me impressiona, porém, o fato de a decadente indústria da música recorrer ao indie rock para tentar preservar alguns de seus valores, muitos celebrados na festa de domingo. Na verdade, estão mordendo a própria língua. Afinal, o rock alternativo só começou a existir enquanto gênero e indústria depois que as grandes gravadoras se voltaram para um formato mais palatável e massificado para a música que merecia ser vendida, deixando para trás referências como autoria, arranjo, letras, personalidade e sensibilidade (qualidades que tiveram que fugir para um mercado menos competitivo para sobreviver). Começou com a disco music, teve o auge com Michael Jackson e Madonna nos anos 80, colidiu com o grunge (motivo da existência de nulidades como Nickelback e Creed) e depois misturou tudo com o caldo do hip hop.

No topo do pop, a música é cada vez menos personalizada e mais genérica, reduzindo-se a um meio-termo entre o ringtone, o jingle e o grito de torcida. Basta um refrão insistente com uma frase idiota repetida mil vezes sobre uma batida reta e coberta de efeitos especiais e, pronto, eis um hit, um popstar, um fenômeno, uma carreira, uma discografia. “Baby Baby”, de Justin Bieber, é o melhor exemplo do fundo do poço autoral em que se encontra a indústria musical. Então o jeito é apelar pros indies, para não ter que prever um futuro em que os principais hits da semana serão “ÔÔÔÔÔÔ”, o nome de um refrigerante repetido mil vezes e a regravação daquela música que já foi regravada tantas vezes que você nem mais lembra de quem era.

E, no meio da reprise do Grammy, lembrei que perdi o programa ao vivo porque estava na estrada, voltando da praia. Me pareceu um programa mais interessante – a Carvalho Pinto de noite, aquele monte de pedágios, a marginal surgindo no horizonte – e não tive dúvida: mudei de canal pra assistir o Land of the Dead, que também estava passando na TV. Show de horror por show de horror…

Vida Fodona #245: A contagem regressiva das 75 melhores músicas do ano passado

Por que 75? Porque eu quis. Feliz ano novo!

Bo$$ in Drama – “I’ve Got Tonight”
Lucy & the Popsonics – “Multitarefa”
Garotas Suecas – “Olhos da Cara”
Miami Horror + Kimbra – “I Look to You”
Franz Ferdinand + Marion Cotillard – “The Eyes of Mars”
Florrie – “Call 911 (Fred Falke Remix)”
Karina Buhr – “Plástico Bolha”
80Kidz + Lovefoxxx – “Spoiled Boy”
Maquinado – “Pode Dormir”
ZZT – “ZZAfrika”
Eli “Paperboy” Reed – “Name Calling”
Arcade Fire – “The Suburbs”
Sleigh Bells – “Infinity Guitars”
Vampire Weekend – “Giving Up the Gun”
Duck Sauce – “Barbra Streisand”
Bidê ou Balde – “Me Deixa Desafinar”
Mombojó – “Papapa”
Sebastien Tellier – “Look”

Vem junto.