Cine Ensaio: Novos Clássicos – John Wick 4

Tanto eu quanto André Graciotti fomos impactados pelo quarto capítulo da série John Wick, o ápice de uma fórmula desenvolvida em vários filmes pelo dublê de ação Chad Stahelski, que assumiu a direção de um filme apenas para escrever esta franquia. Com Keanu Reeves no papel do matador de aluguel do título, o diretor foi moldando um formato de filme de ação que começou a desenvolver quando trabalhou na trilogia original Matrix e atingiu a perfeição neste filme mais recente, esmerilhando em cenas impecáveis com um elenco de cair o queixo. Foi a deixa para elegermos mais um novo clássico e falarmos sobre a má reputação que o cinema de ação tem na história do cinema, algo que já se abateu sobre a ficção científica e o cinema de horror mas que ainda persiste, mesmo que seja uma das espinhas dorsais da sétima arte.

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Tudo Tanto #147: Juliano Gauche

O mineiro tornado capixaba sentiu o impacto do mar. Juliano Gauche refugiou-se no litoral do Espírito Santo logo no início da pandemia, onde passou boa parte da quarentena e perdeu pessoas queridas – entre elas, seu próprio pai -, quando abriu seu inconsciente para conectar-se com o que estava acontecendo. Compôs uma série de canções neste período e separou algumas delas para exorcizar estas sensações no disco Tenho Acordado Dentro dos Sonhos, que acabou de lançar. Conversei com ele sobre este processo e como ele tem se envolvido cada vez mais com espiritismo e sonhos lúcidos e como isso dialoga com sua criatividade e… com o mar.

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Todo Mundo Quer Mandar no Mundo: Pra que polícia?

Em mais um episódio do programa que faço com Tomaz Paoliello sobre política internacional, desta vez escolhemos falar sobre o momento em que as forças armadas passam a circular entre a sociedade civil e surge a figura do policial. Criada no final do século 19 como uma forma de conter problemas que surgiam com o crescimento das grandes cidades, a polícia entra na rotina do século passado como uma espécie de agente comunitário mais do que repressor, mas a forma como um novo imperialismo criou novos antagonistas para justificar o uso da violência para com a parte mais baixa da pirâmide social transformou esta força civil em militar começou a impor o clima das guerras à urbanidade. E discutimos, claro, o caso específico brasileiro, que, para variar, tem uma história bem específica em relação ao tema.

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Nesta quinta-feira, no Picles

Encerro a festa desta quinta-feira no Picles, discotecando pela primeira vez no fantástico empreendimento noturno conduzido pela dupla Rafael Castro e Juka Tavares. Toco após o show da Abacaxepa, que já está quase com ingressos esgotados, e varo o resto da madrugada tocando o que der na telha, desde que faça todo mundo se acabar de dançar. O Picles fica na Rua Cardeal Arcoverde, 1838, em Pinheiros. Bora?

Bom Saber #096: Verônica Oliveira (Faxinaboa)

Demorou mas finalmente retomo as atividades com meu programa de entrevistas Bom Saber, que estava parado desde o ano passado, e volto com uma entrevistada que venho tentando conversar há um bom tempo: Verônica Oliveira era empregada doméstica e influenciadora digital antes da pandemia se abater sobre nós, há três anos, e passou a ter uma importância ainda maior quando entramos em quarentena e tivemos que lidar com a realidade deste trabalho que é descendente da escravidão e que não existe com tanta naturalidade quanto no Brasil. Ela fala sobre os preconceitos sofridas como faxineira e a recente consciência de classe que vem surgindo nesta categoria, em que seu trabalho como influenciadora acabou exercendo uma importância considerável. Neste período ela apenas consolidou sua presença online (seja no Twitter ou no Instagram) como lançou até um livro contando sobre sua trajetória.

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Um pulo no Página Não Encontrada

E já que estou ressuscitando participações em podcasts alheios, desta vez puxo aqui minha participação no Página Não Encontrada, programa que o Pablo Miyazawa toca com o Pedro Só e com o Marcelo Ferla, em que fui convidado para falar do trabalho que fizemos conjuntamente na edição impressa mais recente da revista Rolling Stone, quando nós quatro dissecamos a discografia de quatro ícones da música brasileira que completaram 80 anos em 2022: Ferla foi de Caetano, Pablo foi de Milton, Pedro de Paulinho e eu fui de Gil. E conversamos sobre a vida e obra destes quatro pensadores brasileiros enquanto falamos sobre o processo de realizar esta edição.

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Altos Massa: Envelhecer é mais fácil do que parece

Com o fim do Carnaval, podemos finalmente comemorar o início de 2023, mas a cada ano que se passa o “adeus ano velho” também é um “olá você velho” e no segundo programa do ano, eu e Pablo Miyazawa nos dispusemos a falar sobre envelhecer no século 21 – e o quanto que este paradigma vem sendo quebrado à medida em que o tempo passa, tornando os velhos menos velhos com o passar do tempo e fazendo a gente repensar os limites da adolescência, da vida adulta e da dita melhor idade. Aproveitamos para falar sobre o Carnaval deste ano e do próprio Altos Massa (sempre assim), além de falar dos primeiros shows que vamos fazer com a nossa banda (como assim???? Pois é).

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Falando sobre Crumb

Esqueci de linkar aqui no Trabalho Sujo um papo que tive com o pessoal do Lasercast sobre o senhor Robert Crumb, ainda no ano passado. Os compadres do podcast do site Raio Laser, ótima iniciativa brasiliense de acompanhar as transformações do quadrinho mundial, Ciro Marcondes, Marcio Jr. e Lima Neto me chamaram para falar sobre um dos principais nomes da história do quadrinho mundial dentro da seção Quadrinistas Além pois traduzi alguns livros deste mestre no início do século. Um papo excelente que inevitavelmente falou sobre a influência do sujeito inclusive no quadrinho nacional.

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História Crítica da Música Brasileira

A partir da próxima quarta-feira começo mais um curso sobre música brasileira, desta vez em parceria com o Sesc Av. Paulista. Durante seis aulas, História Crítica da Música Brasileira repassa nosso consagrado cânone questionando escalões, hierarquias, apagamentos e sumidades ao comparar a história desta manifestação cultural e como ela passa para a posteridade. Em três semanas, sempre às quartas e sextas, das 19h às 21h30, repasso como essa transformação acaba moldando nosso entendimento do que é bom e o que é ruim, o que é representativo ou não e até mesmo o que seria essencialmente brasileiro dentro deste novo contexto. Para isso, convoquei os pensadores e agitadores culturais Rodrigo Faour, Pérola Mathias, Bernardo Oliveira e Rodrigo Caçapa, cada um deles especializado em um aspecto específico desta trajetória, para discutir como parâmetros como classe social, raça, gênero, orientação sexual e distâncias geográficas acabam determinando não apenas o sucesso comercial de cenas inteiras como sua posterior classificação – ou desclassificação – histórica. As inscrições para o curso já estavam abertas para quem tinha a credencial plena do Sesc e agora as vagas estão abertas para todos neste link – por isso, quem chegar primeiro leva. Abaixo, a ementa do curso e a divisão sobre quem fala sobre o que em casa uma das aulas.  

Aparelho: Pela volta da música lenta

Começamos o ano de fato nessa estranha coincidência entre o fim do carnaval e Twin Peaks e comentamos as inúmeras tentativas de abordagem românticas, desde as contemporâneas do mundo digital (como usar o Letterboxd como uma nova versão do clássico “venha conhecer minha biblioteca”) até as decadentes, como a hora da música lenta, que clamamos pela volta – sem contar as mais esdrúxulas – e nichadas – como levar um livro do Thomas Pynchon debaixo do braço. E que tal um programa de rádio tipo correio elegante chamado New Romantic com “Stairway to Heaven” como música de abertura? E no meio disso tudo falamos de carros que saíram de moda, de uma importante agente cultural e política brasileira, a sobreposição entre as danças do TikTok, a Macarena e É o Tchan e a rede social do Aparelho. E nos perguntamos sobre a volta do horário de verão!

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