Desaniversário | 16.3.2024

Tá com saudade daquela pistinha, né? Nesse sábado, reunimos a turma mais uma vez pra nossa acabação saudável de todo mês, quando eu, Clarice, Claudinho e Camila comemoramos mais um Desaniversário ali no Bubu. O clima é aquele que você já conhece: todo mundo dançando sorrindo músicas que vocês nem lembravam que gostavam. E dessa vez oficializamos a hora da música lenta, quem foi na última teve essa experiência. A festa segue aquele padrão adulto: começamos às 19h pra acabar um pouco depois da meia-noite e garantir o domingo de todos. O Bubu fica ali no Pacaembu, Praça Charles Miller s/n°, do lado de fora do estádio. Vem dançar com a gente!

#desaniversariobubu #desaniversario #noitestrabalhosujo

Encerrando a primeira fase do Inferninho Trabalho Sujo

O Inferninho Trabalho Sujo despediu-se das quintas-feiras na festa desta semana e daqui a no fim deste mês – justamente na sexta-feira da PAIXÃO – começamos a incendiar o hospício do Picles às sextas… e quem é esperto já sabe quem traremos pra brilhar no primeiro sextou oficial do nosso Inferninho, dia 29 de março. A despedida começou com a dupla Mundo Vídeo, que despejando guitarras desenfreadas sobre bases de dance music começou a esquentar a noite…

Assista a um trecho aqui.

Depois foi a vez do Varanda fazer a casa cair. Depois de seis meses de sua primeira apresentação em São Paulo (justamente neste mesmo Inferninho), a banda de Juiz de Fora participou do momento de encerramento desta primeira fase da festa mostrando uma evolução considerável desde o primeiro show no Picles, que já tinha sido foda. Mas depois de um semestre rodando bastante (o que a constância do palco não faz com um grupo de músicos, não é mesmo?), o quarteto voltou tinindo, tanto na coesão entre seus músicos, quanto em sua presença de palco. Todos os quatro – Augusto Vargas (baixo), Amélia do Carmo (vocal), Mario Lorenzi (guitarra) e Bernardo Mehry (batera).- conversam com o público, brincam entre si, contam piadas de tiozão sem ironia e cantam parte das músicas, mas o foco da atenção não tem como não ser a presença magnética de Amélia, que personifica a fusão de MPB com indie rock do grupo para muito além do que o os clichês que a miserável mistura parece inspirar, encarnando o espírito livre, o humor infame
e o alto astral que são a essência da banda. Os quatro ainda chamaram o homem Irmão Victor, o gaúcho Marco Benvegnú, para tocar sax (!) no hit “Gostei”, além de mostrar várias músicas inéditas. Depois, eu e a Fran apelamos e ganhamos a pista, como de praxe. Que noite!

Assista a um trecho aqui.

#inferninhotrabalhosujo #mundovideo #varanda # #noitestrabalhosujo #trabalhosujo2024shows 37 e 38

Da bossa aos livros

A segunda aula de Bibliografia da Música Brasileira, curso que estou ministrando com a Pérola Mathias no Sesc Avenida, aconteceu nesta quinta-feira quando escolhemos a bossa nova como ponto de partida para falar sobre como nossa música é representada por nosso mercado editorial. Começamos pela onda do final dos anos 50 que tomou o mundo na década seguinte pois, desde sua incepção, ela inspirava não apenas a discussão sobre sua natureza como via isso traduzido em livros, a começar pelo clássico O Balanço da Bossa e Outras Bossas, de Augusto de Campos. Também mostramos como os livros acabaram, num segundo momento, colocando o baiano João Gilberto no centro deste período, algo que antes era difuso como um movimento que não era propriamente um movimento, mas que foi crucial para que pensássemos em nossa música de forma ensaística, jornalística, crítica, acadêmica e cronista, usando justamente os livros como ponto de partida. Esqueci de tirar foto, então fica aí a lombada de alguns livros que discutimos nesta aula. A próxima é sobre samba.

#bibliografiadamusicabrasileira #sescavenidapaulista

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Varanda e Mundo Vídeo

Atenção que este é o último Inferninho Trabalho Sujo às quintas-feiras. A partir da próxima edição, nossa acalorada celebração noturna encontra a hashtag sextou para embalar inícios de fins de semana maravilhosos, aguarde e confie. E para marcar esse novo momento, chamamos de volta os queridos Varanda, que fez seu primeiro show em São Paulo num Inferninho do ano passado e agora volta às vésperas de lançar seu primeiro álbum. Evolução, povo, evolução! E o grupo que abre a noite, o Mundo Vídeo, também não deixa barato. Depois da meia-noite você sabe que eu e Fran tomamos conta do fervo, que, como sempre, acontece no Picles (Rua Cardeal Arcoverde, 1838) a partir das 20h da noite (e quem entrar até às 21h não paga!). Bora que a noite vai ser boooooa…

Meus votos de melhores de 2023 no Scream & Yell

Demorou, mas foi. Finalmente Marcelo Costa publica sua tão aguardada lista de melhores do ano reunindo, desta vez, 128 convidados que elegeram os melhores discos, filmes, séries, canções, livros, podcasts e shows de 2023. A minha lista (sem livros – porque só tô lendo livro velho – e sem podcasts – porque não consigo escutar) segue abaixo:  

Música em livros

Começamos o curso Bibliografia da Música Brasileira nesta quinta-feira no Sesc Avenida Paulista. Eu e Pérola vamos atravessar março e abril falando de livros que nos ajudam a compreender o papel da música brasileira em nossa história, mas nessa primeira aula, em vez de falarmos sobre livros e autores específicos, preferimos falar sobre como o mercado editorial brasileiro praticamente dava de ombros para esse tipo de literatura e como a partir da redemocratização esse cenário foi mudando com a publicação de vários livros que questionam a história oficial da música no Brasil ao trazer novos pontos de vistas para diferentes épocas da música no país.

Neste sábado, o Alberta #3 renasce no Redoma

E lá vamos nós celebrar o Alberta #3 mais uma vez pela cidade. Desta vez o mítico clube dos anos 10 reaparece encarnado no Redoma, que era o antigo Estúdio Mundo Pensante, que fica na rua Treze de Maio, 825, no coração do Bixiga (em frente à Praça Dom Orione). Começo a noite a partir das 23h e depois de mim ainda tocam o André Marcondes, o Furmigha e a Neiva Silva, uma das responsáveis pela sobrevivência do velho nome. Vamos lá?

Inferninho torto

Não podia ser diferente: quando marcamos o Inferninho Trabalho Sujo nessa quinta-feira 29 de fevereiro sabia que teria que buscar atrações ímpares para que a noite fizesse jus ao dia bissexto. E quem começou a destruição foi o Odradek, cuja dinâmica musical explora ângulos tortos e andamentos improváveis ao mesmo tempo em que fazem isso com muito barulho – e a simbiose entre Caio Gaeta, Fabiano Benetton e Tomas Gil faz todo mundo ficar grudado no que eles fazem no palco. Impressionante e barulhento pacas, como de praxe. Quem fechou o palco foi o papa do math rock Patife Band, liderado pelo icônico Paulo Barnabé, ele por si só uma instituição da música brasileira. Como seu irmão Arrigo, Paulo também trabalha entre a música erudita e a música popular, só que essa segunda vertente, ao contrário do irmão, trafega mais pelo rock, seja pós-punk, noise ou progressivo, tornando a colisão entre as duas linguagens ainda mais complexa. Liderando uma versão quinteto do grupo, com Elvis Toledo na bateria, Gustavo Boni no baixo, Paulo Braga no piano e Arthur Sardinha na guitarra, ele começou a apresentação nos vocais, depois pegou a guitarra para cantar o hino punk “Vida de Operário”, dos Excomungados, foi para a bateria quando tocou peças tortas que ameaçou dizer que não estavam ensaiadas (imagina se estivesse!), além de, claro, as faixas imortais de seu disco-símbolo, Corredor Polonês. O atordoo foi generalizado e depois sobrou pra mim e pra Fran fazer as almas da madrugada derreterem-se na pista. Que noite!

#inferninhotrabalhosujo #noitestrabalhosujo #odradek #patifeband #picles #trabalhosujo2024shows 25 e 26

Assista a trechos aqui e aqui.

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Odradek e Patife Band

Um Inferninho Trabalho Sujo literalmente bissexto nesta quinta-feira, pois além de cair no dia 29 de janeiro ainda juntamos uma banda contemporânea (o Odradek, de Piracicaba) com uma clássica (a paulistana Patife Band), que entortarão as almas dos presentes com suas versões torta e angulosa para esse bicho chamado rock. Depois, da meia-noite em diante, eu e Fran assumimos o comando da pista e incendiamos os corações e quadris que estiverem derretidos em nossas boas vibrações. O Inferninho, você sabe, acontece no meio de Pinheiros, neste portal interdimensional chamado Picles, que abre às oito da noite e vai até… Vamos?

Bibliografia da Música Brasileira

Fevereiro chegando ao fim e começo com as novidades de março, quando faço mais um curso no Sesc Avenida Paulista, desta vez em parceria com a minha comadre Pérola Mathias. No curso Bibliografia da Música Brasileira, apresentamos livros básicos para o entendimento da nossa história musical. Desde obras publicadas no início do século passado a livros que começaram a ser publicados no final do século 20 a partir do fim da ditadura militar que se dedicam a pesquisas mais profundas sobre a música brasileira e seus principais artistas e agentes sociais, vindas de profissionais de diferentes áreas de atuação, como jornalistas, historiadores, sociólogos e pesquisadores. São oito aulas que abordarão diferentes momentos de nossa identidade musical a partir de livros como O Samba Agora Vai… de José Ramos Tinhorão, Nada Será Como Antes de Ana Maria Bahiana, Samba – O Dono do Corpo de Muniz Sodré, Chega de Saudade de Ruy Castro, Eu Não Sou Cachorro Não de Paulo César de Araújo e Da Lama ao Caos de Lorena Calábria, entre outros. As inscrições podem ser feitas neste link.