Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Na moda

Mediei essa semana o debate O Futuro da Mídia, que aconteceu dentro do ciclo Pense Moda, que rolou na Faap. No palquinho do auditório que acabara de receber a Cecilia Dean, fiz com que pessoas de background tão diferentes quanto a Andrea Bisker (do WGSN), o Fernand Alphen (da F/nazca), o Paulo Caruso (da O2), Alexandra Farah (do Filme Fashion) e Sebastian Orth (da Surface to Air) conversassem sobre mídia, moda, internet, negócios, marcas e propaganda – temas que poderiam render papo por horas (fora que a visita à Faap sempre é válida). Normalmente aviso com antecedência, mas essa semana foi corridaça, então fica aqui o registro. As fotos acima são do Flicrk do Filme Fashion (eu tou ali, à esquerda da Andrea, que está à direita na foto) e essa debaixo é do próprio Pense Moda (tem outras ).

Cabra bonito, dizaê.

Amor Só De Mãe, de Dennison Ramalho

E se você não conhece Dennison Ramalho pelo nome, deveria conhecer – então é hora de assistir Amor Só de Mãe (2003), um dos melhores filmes de terror já feito no Brasil (e não é a primeira vez que eu o recomendo aqui). O filme ainda não foi para o YouTube e pode ser assistido na íntegra no PortaCurtas, da Petrobrás. Aos incautos, vale dizer que o média metragem é livremente inspirado no trágico samba-canção “Coração Materno”, de Vicente Celestino, que o Caetano regravou no Tropicália. Pra quem já conhece a faixa, vale ouvi-la de novo antes de entrar no clima bad vibe do filme de Dennison. Quem não a conhece pode deixar para ouvi-la depois do filme.

Bateman

Daqui.

Suéter Sweet Jane

Mas até eu que sou fã do Velvet não conseguiria usar isso

Glo-fi: vintage 80s

A Babee me indicou esse texto do Sean T. Collins, do Savage Critic, sobre o Cavaleiro das Trevas 2, de Frank Miller, e como ele se relaciona com a época em que vivemos. Repasso a dica:

But golly, it sure seems prescient now, huh? Here we are, in the post-electroclash, post-Neptunes, post-DFA era. The hot indie-rock microgenre is glo-fi, which sounds like playing a cassette of your favorite shiny happy pop song when you were three years old after it’s sat in the sun-cooked tape deck of your mom’s Buick for about 20 years. And my single favorite musical moment of last year, as harrowing as those songs are soothing, was the part of the universally acclaimed Portishead comeback album that sounded exactly like something from a John Carpenter film score.

É quando ele aponta para ouvirmos o seguinte trecho de “Machine Gun”, do Portishead, aos 4 minutos do vídeo abaixo:

É um ponto, realmente. Perceba como as trilhas de Carpenter (compostas pelo próprio diretor, diga-se de passagem), têm a ver com artistas atuais tão diferentes quanto Daft Punk, Chromeo, Midnight Juggernauts, Kanye West, Cut Copy, Mystery Tapes, Washed Out, Justice ou o revival da space disco.

É como se os anos 80, no finzinho de seu revival, finalmente pudesse ser visto como uma época de estética específica, sem juízo de valor, que pode ser definida como uma espécie de vintage 80s, sem canções infantis, tecnopop, hits românticos. Houve um momento, entre o cyberpunk e Doom, que havia uma espécie de psicodelia robô, uma mistura de design futurista com cores neon, como se o Hans Donner ou o design de um Gol GTi pudessem ser apreciados artisticamente. Bem bom.

4:20

4:20

Se você acha que a blogosfera daqui é ruim…

…Imagina a do Peru.

(“Ryan started the fire…”)

Lulina x Tom Zé

Mais uma boa sacada do Ronaldo, que inaugura a segunda fase de suas Conexões na Galeria Olido (todas as quartas de novembro) mashupando as realidades estranhas e doces de Lulina e Tom Zé.

Ainda não falei do disco oficial da estréia de Lulina, mas já adianto: é outro dos grandes discos de 2009.

Você já entrou no novo Orkut?

Ele já.