Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Instituto versions

Falei com o Ganja sobre as versões que o Instituto tem mandado ao vivo, mas você já ouviu?

Atente pro próprio Ganjaman cantando. Fiquei de cara.

E por falar em Lost…

“Ninguém sai”, já avisaram os produtores da série: ou seja, cenas inéditas da próxima temporada, só quando ela começar. Nada de promos, comerciais ou previews com imagens que ainda não vimos. Mas se você tá seco por spoilers, sugiro começar o ano dando uma passada no Carlão. Além de várias novidades que não sabemos sobre Lost, ele ainda linka a imagem acima, pescada no DarkUfo, que resume com o seguinte o texto:

Nos primeiros 11 episódios da temporada haverá um diálogo entre Jacob e Richard Alpert no qual o conceito-chave de ‘Lost’ será ‘explicado’ através de uma analogia“.

Uma dica que Andy dá é: não pensem em vulcões. E nem em xadrez. E nem em…champanhe.

Ã?

Instituto toca Pink Floyd

É isso aí: os caras são os primeiros a abrir o projeto Toca Aí, do Sesc Pompéia, nesta quinta-feira. Além deles, o mês ainda inclui os Forgotten Boys tocando Stones (quinta que vem), a banda paralela do Cidadão Instigado (Clayton, Régis e Ryan atendem como The Mockers) tocando Beatles pós-66 e o Vanguart tocando Dylan. Mas confesso que, de todos, é o Instituto tocando Pink Floyd que mais me chamou atenção. Corre logo pra comprar o ingresso, que já tá acabando. Conversei com o Ganja sobre o que dá pra esperar desse show.

De onde veio a idéia desse show, hein: ela é parente do Dub Side of the Moon ou tem alguem na banda que é megafã do The Wall ou do Syd Barrett?
Na verdade, esse show faz parte de um projeto do Sesc chamado Toca Aí!. Serão quatro bandas tocando o repertório de outras bandas. Nos chamaram pra fazer o Pink Floyd e como o Instituto abre espaço pra eu montar a banda que eu quiser, chamei músicos amigos de outras bandas que são mega fãs do Pink Floyd como eu.

Quem tá na banda?
A formação será Fernando Catatau na guitarra e Regis Damasceno na guitarra e vocal – ambos do Cidadão Instigado -, Marcos Gerez -do Hurtmold – no baixo, Samuel Fraga – de uma das formações do Instituto – na bateria e eu nos teclados, piano e vocal. Montei um repertório bem lado B, focando na fase mais progressiva e de canções da banda. A idéia é seguir fiel aos arranjos do próprio Pink Floyd, mas é claro, tocando do nosso jeito.

O Instituto está há um tempo fazendo versões de outros artistas. Vem mais um projeto aí?
Olha, temos feito alguns laboratórios no Studio SP com shows temáticos e chamando vários convidados. É um formato que me agrada muito fazer, um exercício no que diz respeito a arranjos e direção musical. Dentre esses laboratórios, fizemos uma noite dedicada a música africana que foi incrível! Acredito que levaremos esse projeto adiante.

E o tão aguardado segundo disco, sai em 2010? Ou vocês já desistiram do formato disco?
Fazem 6 anos que dizemos em entrevistas “esse ano sai!”. Fico até com vergonha, mas a idéia é realmente sair esse ano. Eu sou fã do formato disco e acho um absurdo as pessoas quererem acabar com esse formato por conta de total incompetência da indústria fonográfica de grande porte. Acho que todos os formatos devem continuar existindo e o principal deles ainda é o disco – seja CD, vinil ou digital.

4:20

Vida Fodona #193: O primeiro dos anos 10

Pilhas recarregadas? Vamo começar tudo de novo?

JJ – “Ecstasy”
Little Boots – “Stuck on Repeat”
Zémaria – “Hit do Porto”
Passion Pit – “The Reeling (Calvin Harris Remix)”
Grizzly Bear – “Knife (Girl Talk Remix)”
Miike Snow – “Animal”
Mayer Hawthorne – “Maybe So, Maybe No”
La Roux – “Fascination”
Julian Casablancas – “11th Dimension”
Juan McLean – “A New Bot”
Tegan & Sara – “Alligator”
Muse – “Knights of Cydonia (The Integrals Remix)”
Portishead – “Chase the Tear”
Duck Sauce – “ANYway”
Tarântula – “Saiba Ser Feliz”

Então bora.

Todas as 300 melhores músicas dos anos 00

Com preguiça de dar uma geral nas últimas páginas? Eu facilito:

Do 1 ao 100:

Do 101 ao 200:

Da 201 ao 300:

(Algumas faixas não aparecem na relação porque são justamente aquelas que o YouTube não deixa embedar, por isso, pra ver tudo de um jeito mais fácil, tem que ir no link de casa uma das playlists mesmo…)

Feliz ano novo, Bortolotto


Foto: Fernanda Serra Azul, no Balangandans

Boa notícia, Bortolotto já retomou o blog:

Muita gente me pergunta quais são meus sentimentos em relação aos caras que dispararam 4 tiros em mim. Eu queria mesmo era querer que esses filhos das putas se fodessem, mas eu sinceramente não consigo pensar nisso. Não consigo cultivar sentimentos de ódio ou vingança. Não consigo nem pensar nisso. E não é bom mocismo não. É natural. Eu só quero me recuperar logo, ficar sem essa dor filho da puta no braço, voltar a mexer os dedos com desenvoltura (os da mão esquerda estão atrofiados) e voltar a escrever que é o q mais me faz falta. Afinal é muito ironico, né? Levo tres tiros ( o cara disparou 4, mas só acertou tres, o quarto pegou de raspão) e eu tô aqui me fodendo por causa do braço quebrado. Se tivessem sido só os tiros, já tinha corrido na São Silvestre ontem. Um bom começo de ano pra todos vcs. Tô ouvindo Stones com a minha irmã e agora vou tomar aquele banho de tres horas com uma mão só. Reinaldo Moraes veio me visitar e acabou de sair daqui. Queria agradecer a imensa solidariedade dos amigos que fazem até rodizio pra ficar aqui comigo. Não tinha noção. Não tinha mesmo. Os amigos me emocionam.

Sintonizando as boas vibrações do ano que se anuncia.

Paul McCartney & Wings – “Bluebird”

Falando nisso…

Gm
Late at night, when the wind is still
Fm Bb6
I’ll come flying through your door
Fm Bb
And you’ll know what love is for
I’m a bluebird

Ebmaj7
I’m a bluebird
I’m a bluebird Ab
I’m a bluebird yeah yeah yeah

Ebmaj7
I’m a bluebird
I’m a bluebird Ab7
I’m a bluebird yeah yeah yeah

Gm
Touch your lips with a magic kiss
Fm Bb6
And you’ll be a bluebird too
Fm Bb
And you’ll know what love can do
I’m a bluebird

Ebmaj7
I’m a bluebird
I’m a bluebird Ab6
I’m a bluebird yeah yeah yeah
Ebmaj7
I’m a bluebird
I’m a bluebird Ab6
I’m a bluebird yeah yeah yeah

Cm Cm/Bb Dm7 G7
Bluebird aha
Cm Cm/Bb Dm7 G7
Bluebird aha
Ab Ebmaj7
Bluebird

Gm
Fly away through the midnight air
Fm Bb6
As we head across the sea
Fm Bb
And at last we will be free

You’re a bluebird
Ebmaj7 Ab
You’re a bluebird, yeah yeah yeah
You’re a bluebird

Cm Cm/Bb Dm7 G7
Bluebird aha
Cm Cm/Bb Dm7 G7
Bluebird aha
Ab Ebmaj7
Bluebird

Cm Cm/Bb Dm7 G7
Bluebird aha
Cm Cm/Bb Dm7 G7
Bluebird aha
Ab Ebmaj7
Bluebird

Gm
All alone on a desert island
Fm Bb6
We’re living in the trees
And we’re flying in the breeze
Ebmaj7
We’re the bluebirds
We’re the bluebirds Ab6
We’re the bluebirds

Cm Cm/Bb Dm7 G7
Bluebird aha
Cm Cm/Bb Dm7 G7
Bluebird aha
Ab Ebmaj7
Bluebird

Você viu antes no Link: 2009 via Google Wave

Demais, não?

2009: o ano do Twitter


Foto: Aditi Jain Chaves, do WikiAves

Artigo que escrevi para a retrospectiva que fizemos de 2009 no Link, na semana do natal.

Hype ou barômetro emocional do planeta?

Twitter mudou o conceito de “agora” a partir da fusão de rede social e autopublicação online

“Rede social de microposts”. Assim o Twitter era apresentado a uma comunidade digital disposta a testar novos serviços e ferramentas online que começaram a se tornar regra a partir de metade da década que termina agora. Eram duas tendências da década que pareciam finalmente chegar a um consenso.

De um lado, a web 2.0, que permitia a autopublicação online sem que fosse preciso ter noções técnicas de programação. Do outro, as redes sociais, que tornavam possível a comunicação instantânea e online de comunidades de pessoas que se conheciam fora da internet. Os dois pilares do novo site (ou seria um serviço?) só funcionaram como ponto de partida para a criação de algo que ainda não tem nome, mas que mudou a internet em menos de um ano – justamente este, que se encerra.

Mas por que 2009? Criado em 2006, o site já vinha sendo usado por early-adopters desde o primeiro ano e já havia causado algum ruído em nichos específicos, como entre gente que trabalha com comunicação e tecnologia – a ponto até de o próprio Google ter comprado no mesmo ano um concorrente parecido, o Jaiku. Mas o fato é que, por mais barulho que o serviço (ou seria um site?) tenha feito até o início deste ano, foi só um pequeno alarido comparado com o papel central assumido pelo site desde o início do ano.

Já vínhamos falando do Twitter aqui no Link desde que ele começou a virar notícia, em 2007, mas nossa primeira capa relacionada ao tema só apareceu no início deste ano, no dia 9 de março, o que causou desconforto em alguns de nossos leitores – que acharam que havia um certo exagero na cobertura que começamos a fazer relacionada ao site. Não era um hype, como queriam parecer que fosse, e o Twitter atravessou 2009 mudando a história de muitas pessoas – e, por que não, a História propriamente dita. É um novo jeito de se portar online.

Pois o Twitter mistura os dois elementos citados no início – autopublicação e rede social –, criando um híbrido que absorve outras tendências da primeira década deste século. É uma rede social, sim, mas também é uma enorme conversa online em que pessoas, marcas e instituições conversam simultaneamente, usando linguagens formal, informal e até mesmo cifrada, criando um enorme mosaico de informação rápida que funciona como um mashup de MSN, SMS, RSS e sala de bate-papo. E, diferente das redes sociais antes dele, o Twitter permite que você siga apenas quem você quiser – e não necessariamente quem também te segue.

A grande mudança, no entanto, não diz respeito à interface, mas a uma noção nova de um jargão que ficou banalizado desde a popularização da web, nos anos 90 – o chamado “tempo real”. O Twitter não apenas se organiza por fatos e opiniões que acontecem neste exato momento. Ele também amplia o tempo do “agora” para uma escala quase pessoal – e não tão rígida quanto uma transmissão ao vivo de TV. Uma entrevista, uma notícia, uma campanha publicitária – tudo pode ser assimilado sem pressa, de acordo com a velocidade de cada usuário.

E é na força do impacto da novidade nos diferentes conceitos de “agora” que faz surgir outro superpoder do Twitter. Quando muitas pessoas começam a twittar sobre determinado assunto, ele aparece nos chamados “trending topics” (a lista dos assuntos mais discutidos na rede), que funciona como uma enorme nuvem de tags emocional de uma rede cada vez mais global. É como se o site funcionasse como um barômetro da pressão do inconsciente coletivo.

Foi essa força que tornou o Twitter o principal protagonista digital deste ano: da posse de Barack Obama na Casa Branca à morte de Michael Jackson, passando pelos protestos contra o resultado da eleição do Irã, a gripe suína e futilidades como as cantoras Lady Gaga e Susan Boyle, o serviço Google Wave e os filmes Atividade Paranormal, Avatar e Lua Nova, tudo foi registrado via Twitter. Resta saber se o site continuará desequilibrando nos próximos anos – ou se será apenas o principal “modismo” de 2009.