Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Estes são os Mockers

E por falar no Régis, nas horas vagas do Cidadão Instigado, os três elementos acima (Régis, Clayton e Ryan, que são 3/5 da banda de Fernando Catatau), atendem como The Mockers, uma banda especializada em tocar Beatles pós-66. Eles tocam quinta que vem, dia 21, no Teatro do Sesc Pompéia, no mesmo projeto em que o Instituto tocou Pink Floyd, o Toca Aí. Nesta quinta agora, dia 14, é a vez dos Forgotten Boys tocando Rolling Stones, mas acho que eu nem vou nesse…

4:20

Régis Damasceno + Julia Debasse


Quem conhece o guitarrista cearense Régis Damasceno apenas como integrante do Cidadão Instigado, só sabe de uma parte da história. Régis tem uma já consolidada carreira como cantor e compositor, em que, apenas empunhando seu violão, apresenta-se como Mr. Spaceman e aventura-se por melodias tristes e canções bucólicas. Seu novo registro apareceu antes do natal e desta vez é uma parceria com a cantora carioca Julia Debasse. O disco chama-se Work for Idle Hands to Do e pode ser baixado aqui.

4:20

O Sherlock Holmes de Robert Downey Jr.

…é o Tony Stark! Ele pode ser excêntrico, fumar o cachimbo e morar no número 221-B da Baker Street, mas o personagem do novo filme de Guy Ritchie passa longe do Sherlock Holmes clássico. O filme é bem bom, mais por méritos do diretor e do roteiro (Jude Law também está bem bom, rejuvenescendo o pacato Watson sem tirar a identidade do personagem). E Downey Jr. também funciona, mas esse personagem não é o melhor detetive de todos os tempos antes da aparição do Batman. Aliás, quase não dá pra reconhecer o ar britânico no personagem, fora o sotaque. Cadê a austeridade? Cadê a fleuma? A sutileza? Nem tou reclamando da agilidade da história, do Sherlock correr mais em um filme do que em todos os livros do Conan Doyle juntos e nem da cena (desnecessária, mas bem resolvida) da luta livre. Mas esperava um pouquinho mais de wit e menos tiração de onda. Quem sabe, no segundo (afinal, é óbvio que o filme inaugura – mais – uma série).

E por falar em Homem de Ferro 2…

Little Boots e seu brinquedo

Vi lá na Bia. Que música boa…

Sapinhôôô!

Statuesque – um curta dirigido por Neil Gaiman

Vi no Omelete.

Os banheiros de Kubrick

Já reparou que os filmes clássicos do Kubrick sempre têm uma cena crucial no banheiro? O trauma pós-estupro no Laranja Mecânica, o suicídio em Nascido Para Matar, os encontros sobrenaturais de Jack em O Iluminado e por aí vai. O blog português O Homem Que Saiba Demasiado linkou o texto Stanley Kubrick: An Indoor-Plumbing Luddite, que trata desta questão:

Kubrick presented to us the following: The downfall of civilization was predicated by the advent of indoor plumbing. In other words, as soon as the excrement was permitted in the home, it’s stench began to permeate every aspect of society. There is no need to look that far for the cause to society’s ills – simply look towards your spacious bathroom.

Kubrick’s earliest attempt to convey this message under the studio system failed miserably. For decades, lost on the cutting room floor, was a scene in “Spartacus” where Tony Curtis was giving Spartacus a bath. This was a slave/master relationship that would later shift the balance of power and become a nice piece of “lost footage” for the special edition. I believe this early attempt by the studios to censor Kubrick was the first sign that he was onto something that the establishment wanted quieted right away.

Bem foda.