Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

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Link – 26 de abril de 2010

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Impressão digital #0007: George Lucas e o sonho de Hitchcock

Coluninha do 2 de domingo.

Uma nova trilogia
George Lucas e o sonho de Hitchcock

No fim de semana passado, na convenção C2E2 em Chicago, nos EUA, o diretor de relações com fãs da Lucasfilm, Steve Sansweet, deixou escapar uma ponta de esperança para os fãs da maior saga da história do cinema, Guerra nas Estrelas. Ao responder a questões de fãs sobre os lançamentos dos filmes em Blu Ray, ouviu uma pergunta sobre possíveis “novas aventuras depois do Retorno de Jedi (o terceiro filme da série) com nossos personagens favoritos, Luke, Han e Leia”. Sem pestanejar, ele respondeu: “E você verá, com um novo tipo de animação.”

Guerra nas Estrelas (1977) mudou completamente a história do cinema e do entretenimento do fim do século passado ao colocar o fã como prioridade. Assistente de Francis Ford Coppola, seu criador George Lucas começou a chamar atenção quando seu segundo filme, American Graffiti (1973), recebeu indicações para o Oscar de melhor filme, direção e roteiro original. Foi o suficiente para que o estúdio Fox o contratasse e lhe desse liberdade para fazer o filme que quisesse.

Lucas não deixou barato. Imaginou um filme que tivesse a sensação de ficção científica sem que necessariamente fosse cientificamente verossímil. Sua intenção era recuperar a excitação que tinha ao frequentar as matinês de sua infância, em que sagas espaciais como Flash Gordon, aventuras de capa e espada como as de Robin Hood e filmes sobre a Primeira Guerra Mundial faziam crianças e adolescentes delirar na sala escura.

Depois da nouvelle vague francesa nos anos 60, o cinema tornou-se sério e adulto e perdeu o encantamento daqueles dias. Lucas recuperou estes elementos em uma história que muitos achavam que ia dar com os burros n’água. Gastou a maior parte do orçamento de US$ 10 milhões em efeitos especiais e deu maior ênfase a naves, alienígenas e robôs do que a atores. De quebra, conseguiu os direitos de marketing dos filmes e – com o sucesso da saga – fatura alto até hoje com a venda de produtos licenciados.

Tímido, George Lucas enfrenta até hoje a crítica de que é um péssimo diretor por não saber lidar com pessoas. A atriz Carrie Fischer, que vive a princesa Leia, ironizava nos bastidores que o elenco humano era conhecido como “efeito especial de carne”.

E desde o segundo filme, O Império Contra-Ataca (1980), começou uma lenta mudança ao transformar bonecos em atores, ao criar o guru alien Yoda. Quando resolveu fazer a segunda trilogia de filmes (1999- 2005), criou outros tantos personagens em animação computadorizada e, com a anunciada nova trilogia, deve levar isto às últimas consequências, dispensando atores para usar apenas computação gráfica.

Não é apenas um capricho de um nerd que se tornou ícone de várias gerações. Filmes sem atores remetem à máxima de Alfred Hitchcock, que dizia invejar Walt Disney. “Quando ele não gosta de um ator, simplesmente o apaga.” Agora George Lucas pode tentar realizar a tão sonhada utopia do mestre do suspense.

Foals 2010

Já o novo do Foals, Total Life Forever, menos frenético que o disco de estréia Antidotes, ainda não bateu. Normal, a banda é como uma bomba-relógio e só começa a fazer efeito depois de um tempinho…

Stephen Hawking e os alienígenas

Conselho de um dos caras mais inteligentes do mundo: “Humanidade deve evitar contato com alienígenas“.

Vocês foram avisados.

Jeff Mangum ao vivo em 2010

Lembra que ele gravou uma faixa pro tributo ao Chris Knox? Pois é: o homem-Neutral Milk Hotel deve pintar na terra-natal de Knox – a Nova Zelândia – para uma rara aparição ao vivo, justamente divulgando o disco recém-lançado, em homenagem ao dono dos Tall Dwarves, cuja grana revertida no projeto ajudará o músico a se manter depois de ter sofrido um derrame. O show acontece no dia 6 de maio e, sem dúvida, esse show aparecerá online de algum jeito.

Patti Smith + Keith Richards

Ficou pequeno agora hein, acabaram de me passar essa carta por baixo da mesa. E o papo nem é “gata” – Patti Smith é outro escalão de mulher.

Tua vez, Vinícius.

O manuscrito de “While My Guitar Gently Weeps”

Cortesia do Fuck Yeah Beatles.

E por falar no Chromeo…

Eles já estão com o próximo disco engatilhado: Business Casual sai em agosto, mas antes disso, em junho, a dupla canadense se apresenta no Bonnaroo justamente com o Daryll Hall do post abaixo. Enquanto o disco novo não vem, mais um remix de “Night by Night”, desta vez do Midnight Conspiracy.


Chromeo – “Night by Night (Midnight Conspiracy Remix)

Hall & Oates + Chromeo

Esse é mais antigo mas vale rever: é o Chromeo com o próprio Darryl Hall.

Ah, que sonzeira…