O primeiro samba de Luedji Luna

, por Alexandre Matias

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“Sede”, colaboração entre Luedji Luna e Maurício Tagliari, começou bem despretensiosa. “Foi um poema hai-kai que eu postei no meu Facebook e virou meu primeiro samba”, lembra a cantora e compositora baiana. Maurício Tagliari, que estava caçando material para o que viria a ser seu futuro disco Maô: Contraponto e Fuga da Realidade, lançado no ano passado, viu o post na madrugada de uma sexta, logo depois que Luedji publicou, e comentou: “Isso dá samba”, propondo, para ser respondido quase em tempo real: “Faça”, disse a cantora do outro lado. No dia seguinte, ele apresentou a versão, vertida em samba, e Luedji perguntou se não queria mais letra e o produtor e guitarrista disse que não precisava, brincando que queria bater o recorde do Dorival Caymmi e do Rodrigo Campos e fazer o samba mais curto da história.

“São dezessete sílabas!”, comemora Maurício, lembrando que ela, que ainda conta com as participações de Maurício Pereira no sax, Igor Caracas, Ariane Molina e Victoria dos Santos na percussão e Guilherme Kafé no baixo e é a música mais ouvida de seu disco, a partir dos números nas plataformas digitais. Uma amiga de Maurício, a diretora Milena Correia, que está morando em Portugal, ofereceu-se para gravar o clipe, que fez com a performer Izabel Nejur, no início deste ano. Coincidiu de lançá-lo neste período de quarentena que atravessamos, o que ressaltou a atmosfera solitária da canção, desde sua letra até seu clipe, que estreia em primeira mão aqui no Trabalho Sujo.

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