Lunático

, por Alexandre Matias

Essa também saiu na Folha de hoje, mas pelo jeito, só na edição paulistana, porque não tá online. Enfim, segue…

Marcelinho Da Lua mostra seu set hoje no Studio SP

“É quase o final do ciclo”, explica o DJ carioca Marcelinho Da Lua, que discoteca hoje no noite Coleta Seletiva, do coletivo Instituto, no Studio SP. “Só não é o final ainda porque tem essa etapa que começa hoje”, continua. Ele fala do lançamento do terceiro clipe extraído de seu disco de estréia, “Tranqüilo”, lançado em 2004, e de seu próprio site oficial, o www.marcelinhodalua.net. Na verdade, mais uma desculpa para tocar na cidade com seu trabalho solo do que motivos para reaparecer com um show.

“Mesmo porque não é um show, é um set de DJ com um MC”, explica Da Lua, chamando a atenção para a presença do MC Ângelo, único integrante de sua banda a o acompanhar nesta vinda a São Paulo. “A idéia desta noite de quarta é fazer o meu set tradicional, com um pouco de jungle, um pouco de reggae, umas coisas latinas e outras brasileiras”.

Set que é responsável por manter o nome de Da Lua como um dos principais DJs do gênero na atividade: há quase oito anos, ele comanda, ao lado do DJ Yanay e do jornalista Calbuque, a noite Febre, dedicada ao jungle e drum’n’bass e que hoje acontece todas as quintas-feiras na Casa da Matriz, em Botafogo.

Da Lua também é integrante do trio Bossacucanova, que tempera a bossa nova clássica com pitadas digeríveis de música eletrônica, o que tem garantido mais apresentações no exterior do que no Brasil. “Estamos conseguindo equilibrar isso melhor”, continua o DJ, “porque realmente estávamos fazendo mais shows lá fora do que aqui. No ano passado, talvez um pouco antes, conseguimos chegar mais perto do nosso público daqui”.

Foi a conexão Bossacucanova que o aproximou do cantor e compositor Marcos Valle, ícone da MPB for export, com quem toca na quinta e na sexta-feira, em apresentações no Bourbon Street e no Tom Brasil. O show de quinta é apenas para convidados, mas o de sexta é aberto ao público, com ingressos que vão de R$ 30 a R$ 200.

“Conheço o Marcos desde 94 e ele é parceiro do Bossacucanova”, lembra o DJ, “chegamos até a compor juntos, na faixa ‘Queria’ do nosso último disco, além de tocarmos músicas dele”. Além de Da Lua, os shows de Marcos Valle contam com a participação da cantora Roberta Sá, do músico e compositor João Donato, do cantor Ed Motta e do músico Celso Fonseca. A curadoria deste show foi de Nelson Motta.

Mas voltando para a carreira solo de Da Lua, ele já fala em um segundo disco. “Mas comecei agora, vou lançar, se tudo der certo, depois do carnaval do ano que vem”, conta, explicando que já está pensando em parceiros para o CD, a exemplo do primeiro. “Vou repetir um pessoal, como a Mart’nália e o Black Alien, mas quero incluir o BNegão, o Fred Zeroquatro, os caras do Ultramen, o João Donato…”, enumera, “na verdade, o disco ainda tá muito no começo, por isso só pensei em duas coisas: ter mais brasileiros do que gringos como convidados e ter uma atmosfera setentona, aquela sonoridade entre 70 e 74, que é a época que eu mais curto em termos de som. Claro que há excessões, mas aquele som é demais”.

DJ Marcelinho Da Lua na noite “Seleta Coletiva” – Hoje, a partir das 23h, no Studio SP (R. Inácio Pereira da Rocha, 170, Vila Madalena, São Paulo. Tel: (11) 3817 5425). Ingressos: R$ 15,00 (com nome na lista, R$ 10,00 – lista@studiosp.org)