Hoje no Prata da Casa: Dorgas

, por Alexandre Matias

Hoje é dia de chillwave à brasileira, no Prata da Casa. Os cariocas do Dorgas, que filmei ano passado num show no Beco, também no meio da semana, são a terceira atração do mês de abril no festival que, esse ano, conta com a minha curadoria. O show começa às 21h, mas os ingressos só começam a ser distribuídos (sim, é de graça), uma hora antes, na bilheteria do Sesc Pompéia. Vamo lá? Abaixo, o texto de apresentação que escrevi pro Sesc.

“Dorgas, manolo!” é o meme inventado online para designar qualquer coisa – fotografia, links, vídeos – que tendam para a loucura pura e simples. A palavra “drogas” é escrita propositalmente errado como se pudesse separar o elemento lúdico do tóxico, enfatizando a natureza destrambelhada daquilo que está sendo destacado. Uma banda com esse nome pode causar uma sensação de estranheza que passa pelo humor abobalhado, mas o Dorgas – mesmo rindo de si mesmo a partir do batismo – passa à distância de qualquer tentativa de ser engraçadinho. Pelo contrário, são dos primeiros brasileiros a se enveredar pela praia da chillwave, subgênero da música eletrônica que recicla a dance music dos anos 80 com uma abordagem mais zen, que ganhou destaque ano passado com o lançamento dos primeiros álbuns de produtores solitários que se escondem atrás de nomes enigmáticos como Memory Tapes, Washed Out, Toro y Moi e Neon Indian. O Dorgas, no entanto, é uma banda de formação rock, mas que aborda essa tendência à música quase instrumental e hipnótica.

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